Os Serviços de Saúde diagnosticaram, sabado, 6 de Abril, mais um (1) caso de sarampo importado, perfazendo, em 2019, um total de 31 casos, dos quais 13 são casos de sarampo importado (tiveram um registo de viagem no período de incubação) e 18 casos são casos relacionados com sarampo importado ( casos em que as pessoas infectadas estiveram em contacto com os casos de sarampo no período de incubação). De entre estes 18 casos, 8 são profissionais de saúde do Hospital Kiang Wu e 2 são profissionais no Centro Hospitalar Conde de São Januário.
Dos 31 casos, 27 já tiveram alta. Os Serviços de Saúde apelam ao pessoal médico, instituições médicas, residentes e pais de bebés que não foram vacinadas contra o sarampo para tomar precauções.
De acordo com a investigação epidemiológica, o novo caso foi diagnosticado numa trabalhadora não residente de Macau, 55 anos de idade, proveniente do Interior da China e que mora em Macau. No dia 1 de Abril apresentou sintomas de febre e nos dias 1, 3 e 4 de Abril respectivamente, a família levou-a, de carro, a uma clínica privada para consulta médica. No dia 5 de Abril, a paciente apresentou sintomas de exantema (erupção cutânea) na cara e no pescoço, tendo recorrido a tratamento médico, durante a tarde,no Serviço de Urgência do Hospital Kiang Wu.
A 6 de Abril, após a realização de testes de PCR contra o sarampo, no Laboratório de Saúde Pública dos Serviços de Saúde, os resultados foram positivos para a presença de sarampo.
Durante o período de incubação da paciente, a mesma deslocou-se muitas vezes a Zhuhai, com uma frequência de cerca de 3 vezes por semana. Actualmente, a paciente já não apresenta febre, sendo o seu estado clínico considerado normal. A paciente nasceu no Interior da China e a sua história de vacinação contra o sarampo é desconhecida.
Os familiares que moram com a paciente não apresentaram sintomas semelhantes. Os Serviços de Saúde estão a monitorizar o estado de saúde das pessoas que tiveram contacto com esta paciente durante a fase inicial da doença.
O Sarampo é uma doença transmissível aguda por tracto respiratório, causada pelo vírus do sarampo, as vias de transmissão são as gotículas de saliva expelidas, podendo, todavia, ainda ser transmitidas por contacto directo com as secreções infectadas e objectos contaminados de doentes. De um modo geral, o período de incubação é de 7 a 18 dias, podendo ocorrer um período mais longo de 21 dias.
Uma pessoa com o vírus do sarampo é contagiosa entre 2 e 4 dias antes que a erupção cutânea apareça e continua a sê-lo até ao seu desaparecimento.
Os principais sintomas são febre prodrómica (superior a 38ºC), mancha bucal (Koplik spot), erupção cutânea (exantema manuculopapular) generalizada, conjuntivite (vermelhidão dos olhos), tosse e corrimento nasal. Em geral, a erupção cutânea aparece três dias após a ocorrência de sintomas. A face e atrás das orelhas são o local de início do exantema, que afecta depois o pescoço, o corpo, os quatro membros e no fim, palma das mãos e planta dos pés, com a duração de 4 a 7 dias. Durante o desaparecimento a pele fragmenta-se e ocorrem sedimentos.
O sarampo é altamente contagioso, sendo uma doença muito comum em crianças em zonas com baixa taxa de cobertura vacinal.
O sarampo é uma doença que causa prostração, sendo a maioria dos sintomas considerados ligeiros. Sem tratamento o Sarampo pode causar complicações como encefalite, pneumonia. A taxa de mortalidade é de 1/1000 a 1/100.
Para proteger a saúde das crianças, os Serviços de Saúde apelam aos pais para que cumpram o Programa de Vacinação da RAEM, levando os seus filhos periodicamente para vacinação, chamando a atenção do público para:
1. A vacinação é a medida mais eficaz para prevenir a infecção do sarampo. Todas as crianças devem receber duas doses de vacinas, para efeito completo de imunidade, contra o sarampo, após o 1.º aniversário;
2. Não viaje com crianças que não tenham completa imunidade para viajar ao exterior ou para lugares lotados com visitantes;
3. As pessoas que cuidam de bebés e crianças, como cuidadores domésticos e trabalhadores de creches devem ser vacinados contra o sarampo;
4. Peste atenção à cortesia do tracto respiratório, não toque nos olhos, nariz e boca antes de lavar as mãos;
5. Pessoas imuno-comprometidas devem evitar deslocar-se aos locais lotados ou instituições médicas;
6. Caso apareçam sintomas suspeitos, devem usar máscara e recorrer à consulta médica.
Caso tenham dúvidas, os residentes podem ter acesso à página electrónica dos Serviços de Saúde (http://www.ssm.gov.mo) ou ligar para a linha verde n.o28700 800.