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Serviços de Saúde: dois novos casos de Sarampo


Os Serviços de Saúde foram notificados, a 7 de Maio, para o diagnostico de dois novos casos de Sarampo, apelando a todo o pessoal de saúde, instituições médicas, residentes e pais de bebés que não foram vacinadas contra o sarampo para tomar as precauções necessárias.

O primeiro caso foi diagnosticado numa criança com 19 meses de idade, turista filipina, sendo filha da paciente confirmada com sarampo no dia 1 de Maio. A criança, com a sua mãe, deslocou-se a Macau, no dia 24 de Abril, para visitar a sua família. No dia 3 de Maio, a doente apresentou sintomas de febre, no dia 6 de Maio manifestou erupção cutânea recorrendo ao Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário para tratamento. No dia 7 de Maio, após a realização de testes através de PCR no Laboratório de Saúde Pública dos Serviços de Saúde, os resultados das amostras de tracto respiratório foram positivos para a presença de sarampo. Actualmente, a doente ainda apresenta febre, sendo o seu estado clínico considerado normal. O seu historial de vacinação é desconhecido. De acordo com o tempo do aparecimento dos sintomas, a paciente foi considerada ter infectada nas Filipinas. Além da mãe da paciente, os restantes membros da família foram vacinados de emergência contra o sarampo nos dias 2 e 3 de Maio, não apresentando sintomas semelhantes.

O segundo caso foi detectado num homem com 45 anos de idade, residente de Macau que trabalha na Piscina Olímpica do Centro Desportivo Olímpico da Taipa. No dia 5 de Maio, manifestou sintomas de febre e dores na garganta. Em 6 de Maio manifestou erupção cutânea na face que alargou a todo o corpo e aos quatro membros. Na manhã do dia 7 de Maio recorreu ao Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário. Após a realização de testes através de PCR no Laboratório de Saúde Pública dos Serviços de Saúde, os resultados das amostras de tracto respiratório foram positivos para a presença de sarampo. Durante o período de incubação, o paciente viajou para a Tailândia. Actualmente, já não tem febre, sendo o seu estado clínico considerado normal. O paciente nasceu no Interior da China e o seu historial de vacinação é desconhecido. Os familiares que moram com o paciente não apresentaram sintomas semelhantes. Os Serviços de Saúde estão a acompanhar o estado de saúde das pessoas que tiveram contacto com os dois pacientes em causa durante o início da doença.

O Sarampo é uma doença transmissível aguda por tracto respiratório, causada pelo vírus do sarampo, as vias de transmissão são as gotículas de saliva expelidas, podendo, todavia, ainda ser transmitidas por contacto directo com as secreções da boca e do nariz e objectos contaminados de doentes. De um modo geral, o período de incubação é de 7 a 18 dias, podendo ocorrer um período mais longo de 21 dias.

O período de transmissão é de 4 dias antes do aparecimento de exantemas e pode continuar por mais de quatro dias até ao seu desaparecimento. Os principais sintomas são febre prodrómica (superior a 38ºC), mancha bucal (Koplik spot), exantema manuculopapular generalizado, conjuntivite, tosse e corrimento nasal. Em geral, o exantema maculopapular aparece três dias após a ocorrência de sintomas. A face e atrás das orelhas são o local de início do exantema, que afecta depois o pescoço, o corpo, os quatro membros e no fim, palma das mãos e planta dos pés, com a duração de 4 a 7 dias e, ao desaparecer, há fragmentos de pele e sedimentos.

O sarampo é altamente contagioso, as pessoas que nunca foram vacinadas ou não infectadas são susceptíveis à infecção, sendo uma doença muito comum em crianças na época com baixa taxa de cobertura vacinal.

O sarampo é uma doença auto-limitante, sendo a maioria dos sintomas considerados ligeiros. Contudo, o Sarampo pode causar complicações como encefalite, pneumonia. A taxa de mortalidade é de 1/1000 a 1/100.

Para proteger a saúde própria e das crianças, os Serviços de Saúde apelam aos pais para que cumpram o Programa de Vacinação da RAEM, levando os seus filhos periodicamente para vacinação, chamando a atenção do público para:

  1. A vacinação é a medida mais eficaz para prevenir a infecção do sarampo. Todas as crianças devem receber duas doses de vacinas, para efeito completo de imunidade, contra o sarampo, após o 1.º aniversário;
  2. Não viaje com crianças que não tenham completa imunidade para viajar ao exterior ou para lugares lotados com visitantes;
  3. As pessoas que cuidam de bebés e crianças, como cuidadores domésticos e trabalhadores de creches devem ser vacinados contra o sarampo;
  4. Peste atenção à cortesia do tracto respiratório, não toque nos olhos, nariz e boca antes de lavar as mãos;
  5. Pessoas imuno-comprometidas devem evitar deslocar-se aos locais lotados ou instituições médicas;
  6. Caso apareçam sintomas suspeitos, devem usar máscara e recorrer à consulta médica.

Caso tenham dúvidas, os residentes podem ter acesso à página electrónica dos Serviços de Saúde (http://www.ssm.gov.mo) ou ligar para a linha verde n.º 28700 800.



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