O Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Chui Sai On, em visita oficial a Portugal, na manhã (hora de Lisboa), do dia 16 de Maio, fez o balanço à comunicação social. Começou por referiu que esta visita não só testemunhou a continuação e o avanço da relação de amizade entre os dois territórios como também a entrada da mesma numa nova fase.
O Chefe do Executivo relembrou que, durante a sua estadia em Portugal, reuniu com o Presidente da República, e o Primeiro-Ministro do Governo português, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, respectivamente, bem como, esteve com o embaixador da República Popular da China em Portugal, Cai Run, presidindo ainda com o ministro dos Negócios Estrangeiros Português, Augusto Santos Silva, a 6ª reunião da Comissão Mista Macau – Portugal, na qual, manifestou estar satisfeito pela assinatura de três acordos entre as duas partes.
Chui Sai On disse ainda considerar, a visita a Portugal, muito significativa por ser num ano importante, em que se celebram o 70º aniversário da RPC, o 40.º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e Portugal, bem como, o 20º aniversário do estabelecimento da RAEM, destacando a delegação do Governo da RAEM pela continuidade e pelo avanço da relação de amizade entre Portugal e a RAEM.
O mesmo responsável indicou que, sob o apoio do Governo Central, Macau desempenha as suas vantagens pela sua ligação com Portugal, a fim de assumir o papel de plataforma entre a China e os países da língua portuguesa, nomeadamente, no âmbito da iniciativa "Uma Faixa, uma Rota" e da construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. Destacou a importância de Macau como uma das quatro cidades principais na Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, e expressou o desejo de ver Macau a reforçar as suas funções como plataforma e conexão, assim como, a impulsionar uma cooperação conjunta entre Macau, províncias e regiões irmãs da China interior e Portugal, a fim de participarem, de mãos dadas, na construção da nova reforma e abertura da China interior em prol de um desenvolvimento mais avançado.
O Chefe do Executivo lembrou ainda que, no encontro com o Presidente da República Portuguesa, este expressou que, actualmente, tanto a cooperação luso-chinesa como a cooperação entre Macau e Portugal encontram-se numa excelente fase e fez votos para que as ligações entre os dois territórios sejam alargadas, sobretudo, nas áreas económica e comercial, cultural, turística e educativa, bem como, que Portugal possa participar activamente, através de Macau, na construção da iniciativa "Uma Faixa, uma Rota" e da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.
O mesmo responsável afirmou que sob as bases construídas ao longo da história, os dois territórios têm mantido uma ligação particular, continuando a desenvolver a cooperação em várias áreas.
Relativamente à questão da comunicação social sobe o empreendorismo jovem, Chui Sai On disse considerar que Portugal tem alcançado um grande êxito nesta área, o que poderá servir de referência a Macau, no desempenho do seu papel de ponte de ligação permitindo impulsionar e aprender de forma mútua. Garantiu que após o regresso a Macau, irá acompanhar, de forma activa, os trabalhos nesta matéria, com o objectivo de oferecer, aos jovens, melhores oportunidades de desenvolvimento.
Quanto à expansão da Escola Portuguesa de Macau, o Chefe do Executivo referiu a longa história deste estabelecimento de ensino em Macau e salientou o empenho do Governo no apoio ao seu desenvolvimento, acrescentando que para se concretizar o projecto, de forma eficaz, será necessário manter uma comunicação entre os secretários, os serviços competentes e a escola.
Em resposta a uma pergunta da comunicação social, o mesmo responsável, no que diz respeito ao funcionamento da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e à capacidade de acolhimento turístico de Macau, disse que o facto de ser um projecto de grande dimensão, a sua entrada em funcionamento, implica que as várias regiões envolvidas possam aprender com as experiências para aperfeiçoar e elevar os serviços prestados, portanto, o Governo da RAEM irá transmitir as respectivas opiniões à entidade responsável.
O Chefe do Executivo afirmou ainda que o governo encomenda, anualmente, ao Instituto de Formação Turística um estudo de investigação profundo sobre a capacidade de acolhimento turístico de Macau, a qual envolve vários factores subjectivos e objectivos, especialmente as infra-estruturas, grau de satisfação da população e dos turistas. Acrescentou que o objectivo de Governo da RAEM não é a contínua subida do número de turistas em Macau, mas sim garantir condições da vida aos seus habitantes, por isso, garantiu que a intenção das autoridades será sempre aperfeiçoar as instalações turísticas, no sentido de evitar um grande impacto no dia-a-dia da população.
Sobre a eleição do Chefe do Executivo, Chui Sai On, disse que a Comissão de Assuntos Eleitorais do Chefe do Executivo, desde a sua criação, tem realizado o seu trabalho de forma ordenada, tratando os assuntos de acordo com a Lei Eleitoral para o Chefe do Executivo. Acrescentou que na legislação existem normas sobre as condições necessárias na candidatura para Chefe do Executivo, e que os interessados podem iniciar a sua participação, de acordo com a lei.
Por outro lado, o Chefe do Executivo, ao comentar a recente nomeação de Peter Lam Kam Seng como presidente do Conselho de Administração da Macau Renovação Urbana, S.A., disse que, após uma análise integral da sua experiência, capacidade e serviços prestados, considera ser uma pessoa adequada para ocupar este cargo e que segundo o mesmo o funcionamento desta empresa terá sempre em consideração o interesse público.
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