Saltar da navegação

Serviços de Saúde alertam residentes para higiene ambiental e alimentar após aparecimento de vários casos de hepatite E transmitida a humanos por roedores em Hong Kong


As autoridades de saúde de Hong Kong revelaram que nos últimos dias foram diagnosticados três casos de hepatite E transmitida a humanos por roedores.

De modo a tranquilizar os residentes da Região Administrativa Especial de Macau os Serviços de Saúde asseguram que esta situação não é considerada ‘peste’ e não foi, até ao momento, diagnosticado nenhum caso de hepatite E em Macau.

Os Serviços de Saúde estão atentos à situação e apelam à população para que tenham particular atenção à higiene ambiental, adoptando as medidas necessárias e convenientes para controlar a reprodução de ratos, além de deverem ter cuidado com a higiene alimentar, evitando consumo de alimentos e uso de louças que eventualmente tenham estado em contacto ou sido contaminados com excremento de roedores.

A hepatite E é uma doença causada por um vírus e geralmente os doentes infectados estão autolimitados por um período de 2 a 6 semanas. Ocasionalmente, alguns doentes podem desenvolver hepatite fulminante (Falminanthepatitis, conhecida por insuficiência hepática aguda), o que pode causar a morte.

O vírus da hepatite E possui 4 genótipos (de 1 a 4), sendo o patógeno comum de hepatite E humana. O vírus de genótipos 1 e 2 são transmitidos principalmente através de alimentos contaminados com excrementes humanos (por exemplo, moluscos bivalves crus ou malcozinhados) ou através de fontes de água contaminada, ocorrendo frequentemente nas regiões com más condições de higiene.

O vírus de genótipos 3 e 4 são transmitidos frequentemente através de carne ou fígado de porco, ingeridos crus ou malcozinhados.

Em conformidade com o relatório publicado pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) em 2017, o consumo de carne e fígado de porco crua ou malcozida é a causa mais comum de hepatite E nos países da União Europeia.

Quer o gene, quer a infecção humana, o vírus de hepatite E detectado nos roedores é muito diferente em comparação com pacientes infectados de uma maneira geral.

Actualmente, não existem vacinas para prevenção de hepatite E.

Os Serviços de Saúde alertam os residentes para manterem higiene ambiental, pessoal e alimentar, a fim de prevenir a infecção por vírus da hepatite E, nomeadamente: os alimentos crus e cozidos devem ser manuseados e armazenados separadamente; a carne de porco, fígado de porco, os moluscos bivalves devem ser bem cozinhados antes de comer.

Caso sejam efectuadas viagens para regiões com más condições de higiene, só devem beber água engarrafada ou água fervida e não devem consumir bebidas com gelo.

Os Serviços de Saúde apelam aos residentes para consultarem as orientações do Instituto para os Assuntos Municipais, no sentido de prevenir e controlar a proliferação de roedores, bem como evitar alimentos e louças contaminados com excremento de roedores.

Além dos casos de hepatite E transmitida a humanos por roedores divulgados nos últimos dias em Hong Kong, os roedores têm possibilidades de propagação de peste, a febre hemorrágica epidémica, ascaridíase, entre outras doenças.

OS Serviços de Saúde com o intuito de assegurar a saúde de residentes, têm estado atentos à higiene de vários pontos comunitários (incluindo locais privados) e fiscalizado periodicamente pontos negros onde são registados problemas relevantes de higiene, ou em estaleiros não aproveitados. Alias, têm sido emitidas indicações a proprietários para que eliminem as fontes de proliferação dos mosquitos ou roedores.

Também foram intensificadas as acções de educação e divulgação junto de residentes, responsáveis de lojas e de locais privados para que estes aumentem as condições de higiene junto às zonas residenciais.

No primeiro semestre de 2018, foram realizados mais de 4.300 inspecções sanitárias e acompanhamentos, incluindo a prevenção e controlo de mosquitos e roedores no âmbito das medidas preventivas de doenças transmissíveis lançadas pelo governo, de maneira a reduzir o risco de surto de doenças transmissíveis no Território.

Para mais informações, os residentes podem ligar para a linha de doenças transmissíveis dos Serviços de Saúde n.º 28 700 800 ou consultar as informações de doenças transmissíveis no sítio electrónico dos Serviços de Saúde http://www.ssm.gov.mo/csr/.