A 72.ª sessão da Assembleia Mundial da Saúde arrancou no dia 20 em Genebra. O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, participou no evento na qualidade de representante da Região Administrativa Especial de Macau da delegação da RPC, liderando a comitiva da RAEM, composta pelo director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, o sub-director dos Serviços de Saúde e director do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Kuok Cheong U, entre outros membros.
O tema deste ano da Assembleia Mundial da Saúde é a “Saúde para todos: sem deixar ninguém para trás” e reúne ministros da saúde e representantes da área de saúde dos 194 estados-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Secretário-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, defenfeu, na sessão inaugural da Assembleia, que a saúde é do interesse de todos acrescentando que este ano seriam debatidos temas como recursos humanos, acesso a medicamentos e as recentes epidemias, etc., afirmando também que será garantida a implementação de todas as decisões tomadas nesta sessão na comunidade.
Sublinhou que o reforço da prestação de cuidados de saúde primários pode garantir o direito à saúde das pessoas. É fundamental criar uma equipa sólida de profissionais de saúde, e para atingir a cobertura universal de saúde até 2030 a nível mundial faltam ainda, neste momento, 18 000 000 de profissionais de saúde. O Secretário-geral da OMS apelou a todos os países para aumentarem o investimento no sentido de colmatar a escassez dos recursos humanos necessários. Disse, ainda, que desde a sua tomada de posse, tem vindo a persistir a reforma profunda da estrutura da Organização Mundial da Saúde, visando a concretização das metas dos “3 biliões”. A par disso, o mesmo responsável apela àqueles que tomam decisões sobre a área da saúde a auscultarem diferentes vozes, sobretudo opiniões apresentadas por jovens, pessoas que vivem com dificuldades económicos e grupos desfavorecidos.
Na sessão plenária, o director da Comissão Nacional de Saúde, que lidera a comitiva chinesa, Dr. Ma Xiaowei, proferiu, na sessão plenária, um discurso com o tópico “Promover o acesso universal a cuidados de saúde primários e concretização da cobertura universal de saúde”. Durante a intervenção, afirmou que desde a implantação da República Popular da China há setenta anos, a concretização da cobertura universal de saúde e ao acesso de todos os chineses a serviços de cuidados de saúde primários têm sido sempre um dos objectivos preponderantes a perseguir, pelo que o Governo está a encontrar, proactivamente, um rumo de desenvolvimento que corresponde às realidades da China. A estratégia “China sadia”, política que tem sido implementada nos últimos anos, atingiu faseadamente resultados marcantes.
O governante referiu que após esforços incansáveis, a esperança média de vida da população chinesa atingiu 77 anos, a taxa de mortalidade materna desceu para 18,3/100 mil e a dos recém-nascidos para 6.1%, números que mostram que os indicadores de saúde da China estão num nível superior aos indicadores médios dos países com um PIB médio e elevado, tratando-se de um resultado muito positivo com uma aposta relativamente baixa de recursos.
Para além disso, durante mais de cinco décadas, a China destacou 26 mil profissionais de saúde a 71 países e regiões, tendo servido 280 milhões pacientes. A China vai continuar a insistir no princípio de multilateralismo e a promover, proactivamente, a cooperação internacional na área de saúde, com vista a contribuir para a prossecução da saúde e bem-estar de toda a população do planeta e para a construção de uma comunidade de destino comum da humanidade.
Após a cerimónia de inauguração, a delegação de Macau participou no colóquio multilateral com o tema “dos cuidados de saúde primários à concretização à cobertura universal de saúde e aos objectivos de desenvolvimento sustentável”, em que também delegações provenientes de 15 países como a China, Dinamarca, Japão e Suíça. Na reunião, todos os representantes concordaram, por unanimidade, que a prestação dos cuidados de saúde primários é uma via primordial para concretizar a cobertura universal de saúde. O representante da comitiva chinesa realçou, na sua intervenção, que a China declarou um grande compromisso político e para a sua concretização, o Governo vai promover, tendo em conta a realidade do próprio país, um sistema de cuidados de saúde primários que privilegie as camadas sociais mais baixas e que procure ir ao encontro das necessidades de toda a população, com vista a concretizar a meta da cobertura universal de saúde em 2030 e aos objectivos de desenvolvimento sustentável.
Nesta edição da Assembleia Mundial da Saúde estiveram ainda presentes os assessores do Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Charles Lam, Alvis Lo e Warren Tai, o director do Laboratório de Saúde Pública dos Serviços de Saúde, Ip Peng Kei e a coordenadora do Núcleo de prevenção e doenças infecciosas e vigilância da Doença do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Serviços de Saúde, Leong Iek Hou, entre outros.
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