Para que seja efectuada uma monitorização contínua, mais eficaz, das doenças transmissíveis e do domínio da tendência epidémica das doenças transmissíveis na Região Administrativa Especial de Macau, os Serviços de Saúde determinaram, de acordo com a Lei de Prevenção, Controlo e Tratamento de Doenças Transmissíveis e do Mecanismo de Doenças Transmissíveis de Declaração Obrigatória que os responsáveis pelos organismos de saúde pública e privados, os médicos que efectuam o primeiro diagnóstico, os médicos responsáveis pelo preenchimento de certificados de óbito e os técnicos responsáveis pela realização de diagnóstico laboratorial são legalmente obrigados a notificar os Serviços de Saúde os casos de doenças transmissíveis detectados no exercício da sua função.
Actualmente, existem 44 tipos de doenças que são abrangidas pela obrigatoriedade de declaração. Com estes dados os Serviços de Saúde podem definir e actualizar as medidas de prevenção e controlo de doenças necessárias.
Os Serviços de Saúde mensalmente publicam os dados obtidos através da monitorização, permitindo que a sociedade possa ter conhecimento da tendência de evolução de doenças transmissíveis em Macau.
Em Abril de 2019, os Serviços de Saúde registaram 2.044 situações em que foi efectuada a declaração obrigatória. Verificou-se que existem alterações evidentes em algumas doenças, nomeadamente em casos de Rubéola (29 casos), número que representa uma subida de casos quando comparado com o período homólogo do ano passado e com o mês passado onde não foi registado nenhum caso (0 casos).
Também há um acréscimo nos casos de sarampo registados (6 casos) em comparação com o período homólogo do ano anterior (0 casos) e uma redução quando comparados com o mês anterior (23 casos, ou seja, 73,9%).
Em Abril foram registados 1.405 casos de influenza, o que representa um aumento de casos quando comparados com o mesmo período do ano passado (81 casos) ou seja, um aumento de 1.634,6% e o mês anterior (1.369 casos, ou seja, 2,6%), mas uma diminuição em comparação com o período de pico (3.246 casos registados em Janeiro de 2019).
Foram registados 429 casos de infecção por enterovírus, número que representa um aumento de casos quando comparados com o período homólogo do ano anterior (63 casos, ou seja, 581%) e o mês passado (259 casos, ou seja, 65,6%). Foram, também, registados 33 casos de infecção por norovírus, o que representa um aumento de casos em comparação com o período homólogo do ano anterior (17 casos, ou seja, 94,1%) e o mês anterior (14 casos, ou seja, 135,7%).
O número de casos de escarlatina (39 casos) diminuiu em comparação com o mesmo período do ano passado (73 casos, ou seja, -46,6%), registando-se um aumento em comparação com o mês anterior (31 casos, ou seja, 25,8%). Foram ainda registados 44 casos de varicela, número que representa uma diminuição de casos quando comparados com o mês do período homólogo do ano anterior (87 casos, ou seja, -49,4%) e registando-se um aumento em comparação com o mês anterior (30 casos, ou seja, 46,7%).
O aumento significativo dos casos de rubéola e sarampo esteve relacionado com a epidemia ocorrida em territórios vizinhos e um pouco por todo o mundo, sendo o último caso de sarampo reportado registado no dia 8 de Abril.
A Infecção por influenza e enterovírus possuem uma sazonalidade óbvia e o período de pico varia de ano para ano, portanto, a comparação entre o período homólogo do ano anterior e o mês anterior do mesmo ano pode variar, o que pode acontecer também quando for registado o período de pico de influenza no Verão; o pico da infecção por enterovírus foi, também, registado mais cedo do que no ano anterior (em 2017 foi registado em Julho e em 2018 o período de pico foi assinalado em Junho).
Foram ainda registados obrigatoriamente, em Abril de 2019, 26 casos de tuberculose pulmonar, o que representa uma redução quando comparados com o período homólogo do ano passado (40 casos); e foram diagnosticados dois (2) casos de VIH sem manifestação dos sintomas da doença.
Informações mais pormenorizadas podem ser consultadas através de sítio electrónico dos Serviços de Saúde (http://www.ssm.gov.mo) ou através da linha aberta dos Serviços de Saúde n.º 28 700 800.