De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) referente ao 1.º trimestre de 2019, a duração média mensal da carteira de encomendas das empresas inquiridas foi de 2,9 meses, sendo superior aos 2,6 meses registados no 4.º trimestre de 2018.
A carteira de encomendas detida pelos sectores de “produtos farmacêuticos”, “vestuário e confecções”, “equipamentos electrónicos/eléctricos” e “outros sectores” foi de 4,3, 3,9, 2,5 e 2,4 meses, respectivamente.
No que concerne aos mercados de destino das exportações, da análise ao “Índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados”, as empresas inquiridas consideraram, em geral, que o Interior da China e outros países da região Ásia-Pacífico (o último exclui o Interior da China, Hong Kong e o Japão) eram os mercados de destino com performance relativamente melhor, apresentando um índice de 30,1% e 14,9%, respectivamente.
No que respeita às perspectivas das exportações para os próximos seis meses, as empresas inquiridas que anteciparam uma perspectiva optimista subiram consideravelmente para 37,2% no trimestre em análise, representando um aumento de 36 pontos percentuais face ao 4.º trimestre de 2018 (1,2%) e um acréscimo de 24,1 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado (13,1%). Destas referidas, apenas 0,2% previram um “aumento acentuado” e 37% um “ligeiro crescimento” nas exportações. As empresas que anteciparam uma evolução menos favorável foram de 7,7%, diminuindo 7,4 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior mas subindo ligeiramente 2,9 pontos percentuais face ao mesmo período do ano passado. De entre estas, 7,3% apontaram para um “ligeiro decréscimo” e 0,4% para um “forte declínio”. As empresas que previram uma situação “semelhante” desceram de 83,7% no trimestre anterior, para 55,1% no trimestre em análise, correspondendo a uma quebra de 28,6 pontos percentuais. Estes dados reflectem que os empresários industriais inquiridos tomaram uma atitude optimista quanto à perspectiva do comércio por terem acreditado que o aumento da possibilidade de ser resolvido o conflito comercial entre a China e os EUA num prazo curto levava a diminuição da preocupação com o desenvolvimento desfavorável da economia global.
No tocante ao mercado de emprego, o número de trabalhadores da indústria transformadora para exportação registou um aumento de 0,3% face ao trimestre anterior e um acréscimo de 4% em comparação com o período homólogo do ano passado. Por outro lado, 50% das empresas inquiridas afirmaram ter enfrentado situação da insuficiência de trabalhadores, sendo esta percentagem inferior à verificada no trimestre anterior (51,5%) e no idêntico período do ano passado (64,2%). Além disso, 89,7% das empresas inquiridas do sector de “vestuário e confecções” manifestaram uma procura relativamente notável de trabalhadores, o que demonstrou que a procura de mão-de-obra neste sector era relativamente forte.
De acordo com os resultados deste Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 11% das empresas exportadoras consideraram o “insuficiente volume de encomendas” como o maior problema que estavam a encarar, enquanto 7,2% apontaram para “insuficiência de trabalhadores”, 1,4% para “preços mais competitivos praticados no estrangeiro” e 0,4% para “preços elevados das matérias-primas”.
Quanto às perspectivas para os próximos três meses, 32,3% das empresas inquiridas preocuparam-se principalmente com “insuficiência de trabalhadores”, seguindo-se de “insuficiente volume de encomendas” (13,3%), “preços elevados das matérias-primas” (11,5%) e “preços mais competitivos praticados no estrangeiro” (10,5%).