Para melhorar a transmissão de informações, a coordenação de comando e o mecanismo de comunicação entre os serviços da área da segurança e outros serviços do governo, sob a organização e coordenação dos Serviços de Polícia Unitários (SPU), os Serviços de Alfândega (SA), o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), a Polícia Judiciária (PJ), o Corpo de Bombeiros (CB), a Direcção dos Serviços Correccionais (DSC), com a colaboração dos Serviços de Saúde (SS) e do Gabinete de Comunicação Social (GCS), foi realizado na tarde do dia 6 de Junho no Estabelecimento Prisional de Coloane (EPC) e na área periférica da prisão, um simulacro, com o codinome de “Operação Conjunta - “Relâmpago”, tendo montado cenários de motim, fogo posto, tomada de reféns e tentativa de evasão, cuja realização teve sucesso e conseguiu os resultados previstos.
O ensaio foi realizado pelas 15H00, tendo simulado o seguinte incidente: 4 reclusos, durante a formação profissional, tomaram outros dois como reféns e ocuparam o Gabinete do Piquete da zona prisional masculina, tentando comunicar com os companheiros fora da prisão e exigir às autoridades o pagamento de 50 milhões em cash e a liberação de um recluso com background especial como resgate. Além disso, foi descoberto um carro suspeitoso estacionado na área periférica da prisão, duvidando que se servisse para o transporte dos reclusos provocadores do incidente. Ao mesmo tempo, dentro da zona prisional, os companheiros destes reclusos provocadores incentivaram cerca de 40 reclusos da cela, para provocarem um motim, queimando e destruindo os equipamentos e instalações prisionais.
Devido à referida situação, a DSC ordenou de imediato o bloqueio da prisão, bem como a evacuação dos visitantes e a suspensão de todos serviços para o exterior. A técnica social chegou à sala de piquete para negociar com os reclusos provocadores e a Equipa anti-motim ficou no local do incidente para standby. Por outro lado, face à subida do grau de gravidade do caso, foi activado a seguir o mecanismo de operação conjunta emergente inter-departamental, cabendo aos SPU a organização dos SA, do CPSP, da PJ e do CB, bem como a coordenação com o pessoal do GCS e dos SS para deslocação e prestação de apoio in loco e constituição do Centro de comando conjunto.
Após a identificação do carro suspeitoso na área periférica da prisão, na operação de intercepção efectuada pelo Grupo de Patrulha especial do CPSP, foram detidos os dois suspeitos e apreendidas duas pistolas dentro do carro. Posteriormente, o pessoal do CPSP e do Corpo de Guardas Prisionais continuou a revistar a área periférica da prisão. Entretanto, os SA reforçaram as patrulhas dos diversos portos, das zonas junto da costa e marítimas, prestando maior atenção quanto à situação dos pontos críticos para imigração ilegal.
Ao mesmo tempo, a Unidade Especial de Polícia e o Grupo Cinotécnico do CPSP, a Equipa Anti-motim do EPC e os agentes dos CB, com recurso a escudos tácticos, granada sónica e pulverizador de pimenta, entraram à força na cela e detiveram imediatamente os reclusos em resistência, conseguindo reprimir o tumulto, bem como resgataram 4 reclusos feitos de reféns, dos quais um ferido foi conduzido ao hospital.
Por outro lado, o Grupo de Negociação para Situações de Crise da PJ negociou com os reclusos ocupantes do Gabinete do Piquete e conseguiu persuadir os reclusos a libertarem um dos reféns. Mais tarde, os reclusos recusaram-se de continuar as negociações, ameaçando matar o outro refém. Face a esta situação, o Grupo de Operações Especiais do CPSP recebeu instruções e tomou imediatamente medidas para retomar o Gabinete do Piquete, onde foram disparados tiros, tendo atingido o braço do recluso que tinha a lâmina na mão para ferir o refém, tendo conseguido conter os restantes 3 reclusos provocadores do incidente, libertando o refém, sem risco de vida. O recluso ferido foi enviado para o hospital pelos bombeiros e os restantes 44 reclusos envolventes foram transferidos para investigação na PJ.
O simulacro teve a duração aproximada de 2 horas, tendo contado com cerca de 310 participantes, provenientes de equipas de vários serviços da área de segurança, nomeadamente, Serviços de Alfândega, a Unidade Especial de Polícia do CPSP, o Grupo de Operações Especiais do CPSP, o Grupo Cinotécnico do CPSP, o Grupo de Negociação para Situações de Crise da PJ, o pessoal de assistência médica do CB, a Equipa Anti-motim do EPC e os técnicos sociais da DSC, etc.. Simultaneamente, em cooperação com o Gabinete de Comunicação Social e os Serviços de Saúde, no que diz respeito à transmissão de informações, agendamento de recursos e coordenação da comunicação, o resultado do simulacro foi satisfatório, tendo conseguido a eficácia esperada do plano de operação.
Os SPU continuarão a reforçar as capacidades de coordenação e de cooperação nas operações conjuntas de vários serviços policiais e das respectivas subunidades, em resposta a diferentes situações, através da realização de simulações diversificadas, para lidar com os potenciais incidentes, salvaguardar o bom ambiente de segurança pública em Macau e proteger a segurança das vidas e bens dos residentes e turistas.
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