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Resultados do Inquérito à Carteira de Investimentos – 31 de Dezembro de 2018


Nas estatísticas divulgadas pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM) constata-se que os investimentos dos residentes de Macau - incluindo indivíduos, governo e outras pessoas colectivas, mas excluindo as reservas cambiais da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) - em títulos emitidos por entidades não residentes independentes, calculados a preços de mercado em 31 de Dezembro de 2018, registaram um valor de 684,5 mil milhões de patacas, ou seja, menos 1,8% face a 30 de Junho de 2018, proém, mais 2,9% face ao final do ano 2017. Entre os vários componentes da carteira, os investimentos em títulos representativos de capital (incluindo fundos mútuos e investimentos em trusts), obrigações a longo prazo e obrigações a curto prazo situaram-se em 237,1 mil milhões, 428,3 mil milhões e 19,1 mil milhões de patacas, respectivamente, traduzindo variações respectivas de -1,0%, +8,0% e -34,4% em relação ao final de 2017.

Em termos da distribuição geográfica, a região asiática deteve ainda a maior fatia da carteira de investimentos externos dos residentes de Macau, com 59,1%, sendo a restante aplicada principalmente no Atlântico Norte e Caraíbas (18,4%), na Europa (10,8%), na América do Norte (9,0%) e na Oceânia (2,3%).

O investimento nos títulos emitidos por entidades no Interior da China (incluindo títulos listados em bolsas no exterior) continuou a ser predominante, representando 41,6% da carteira de investimentos externos aplicados pelos residentes de Macau. O respectivo valor de mercado situou-se em 284,6 mil milhões de patacas, ou seja, menos 0,4% face ao final de 2017. Refira-se que os investimentos consistiram em 77,2 mil milhões de patacas em títulos representativos de capital, 193,0 mil milhões em obrigações a longo prazo e 14,3 mil milhões em obrigações a curto prazo, os quais correspondem, respectivamente, a 32,6%, 45,1% e 74,9%, do total nas respectivas categorias. Entretanto, a quota da carteira de investimentos emitidos por entidades na Região Administrativa Especial de Hong Kong aumentou de 12,6% para 13,1%, tendo subido 6,5% o valor de mercado (89,3 mil milhões de patacas). Nota-se que os investimentos em títulos representativos de capital e em obrigações a longo prazo atingiram 48,7 mil milhões e 39,2 mil milhões de patacas, respectivamente.

A carteira de investimentos dos residentes de Macau emitidos por entidades no Atlântico Norte e Caraíbas continuou a crescer. O valor de mercado de investimentos nestas regiões alcançou 126,1 mil milhões de patacas, o que equivale a um aumento de 25,9% relativamente ao final de 2017. Entretanto, o respectivo peso na carteira de investimentos no exterior subiu de 15,1% para 18,4%. Em particular, cresceu 22,0% o valor de mercado da carteira de investimentos nas Ilhas Virgens Britânicas, situando-se em 61,0 mil milhões de patacas.

A quota de investimentos em títulos europeus cifrou-se em 10,8%, traduzindo um decréscimo de 0,9 pontos percentuais em relação ao final de 2017, enquanto o seu valor de mercado atingia 74,1 mil milhões de patacas, ou seja, menos 4,7%. Entre os países europeus, o Reino Unido, o Luxemburgo e a Irlanda representaram os maiores pesos, com valores de mercado de 19,7 mil milhões, 13,8 mil milhões e 8,1 mil milhões de patacas, respectivamente.

A maior parte dos investimentos na América do Norte concentrou-se nos Estados Unidos da América (EUA), onde os investimentos dos residentes de Macau cifraram-se em 55,5 mil milhões de patacas em valor de mercado, com uma queda de 16,2% face ao final de 2017. Entretanto, o respectivo peso na carteira de investimentos no exterior caiu de 10,0% para 8,1%.

Quanto aos títulos emitidos por países localizados ao longo do percurso de “Uma Faixa, Uma Rota” (excluindo o Interior da China), detidos por residentes de Macau, o seu valor de mercado aumentou 5,9% face ao final de 2017, atingindo 22,8 mil milhões de patacas, o que representa 3,3% do total da carteira de investimentos no exterior. Adicionalmente, o valor de mercado da carteira de investimentos em países de língua portuguesa atingiu cerca de 113,9 milhões de patacas, o qual foi aplicado em títulos emitidos por entidades no Brasil e em Portugal.

O Inquérito à Carteira de Investimentos (ICI) é realizado conjuntamente pela AMCM e pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), em conformidade com as metodologias estatísticas promovidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).



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