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Serviços de Saúde: Programa de Rastreio do Cancro Colo-rectal já obteve resultados positivos // Implementação de seguro de saúde obrigatório requer estudos e consenso da sociedade


Após os comentários de um ouvinte de um programa de rádio a propósito do rastreio do cancro colo-rectal os Serviços de Saúde informam que este tipo de rastreios é comummente utilizado na detecção de dois tipos de cancro, nomeadamente o cancro colo-rectal e o cancro do colo do útero, possibilitando a identificação de casos e reduzindo as taxas de mortalidade. Neste âmbito os Serviços de Saúde têm dado enorme atenção às questões preventivas e que têm prestado grande atenção à prevenção de doenças.

Serviços de Saúde implementaram um Programa Piloto de Rastreio do Cancro Colo-Rectal em 2015. Em 2016, no dia 18 de Novembro, deram início ao “Programa de Rastreio do Cancro Colo-rectal” de forma ordenada e por grupos etários, continuando a avaliar para os residentes que cumpram os requisitos. Os residentes com resultado positivo no exame de sangue oculto nas fezes são encaminhados para exames de colonoscopia.

Até ao dia 26 de Junho de 2019, tinham participado no programa 13350 pessoas, das quais 1.549 pessoas foram identificadas com resultados positivos no exame de sangue oculto nas fezes. Destas, 1.283 pessoas efectuaram uma colonoscopia e em 73 casos foi diagnosticado cancro colo-rectal. Em cerca de 870 pessoas foram detectados pólipos benignos.

O Programa de Rastreio do Cancro Colo-Rectal adopta o rastreio através de duas etapas utilizado amplamente a nível internacional, ou seja, a realização do exame de sangue oculto nas fezes a cada dois anos, e as pessoas com resultados positivos fazem um exame de colonoscopia. Em Novembro de 2016, fase preliminar do programa, os destinatários foram residentes que tinham entre 60 e 69 anos de idade. No ano seguinte foram abrangidos residentes com idades compreendidas entre os 55 e os 69 anos, de forma a aumentar o esforço de prevenção e tratamento.

Note-se, ainda, que caso os residentes usem instituições médicas privadas para efectuar o rastreio e sejam detectados sintomas suspeitos de cancro colo-retal, tais como fezes com sangue, alteração de hábito fecal, a forma de fezes torna-se fina, podem recorrer directamente ao centro de saúde ou instituições médicas privadas para assistência médica. Caso seja diagnosticado o cancro colo-rectal ou outros cancros, fora da rede dos Serviços de Saúde, existem mecanismos para providenciar o mais rápido possível o acompanhamento por um médico especialista.

Para incentivar a participação dos residentes +no programa do rastreio, de modo a atingir detecção e tratamento precoces, os Serviços de Saúde disponibilizam um sistema de marcação online. Há ainda um reforço de informações através de cartazes, folhetos, anúncios da rádio, aplicação de móvel, entre outros. Há também um esforço de divulgação através de organizações não governamentais como União Geral das Associações dos Moradores, Federação das Associações dos Operários, Associação Geral das mulheres e Associação de Administração de Propriedades. Em 2018 foram enviadas mensagens de telemóvel a todos os indivíduos registados nos Serviços de Saúde com idades compreendidas entre 60 e 69 anos.

A taxa de participação para pessoas de meia-idade e idosas em Macau no Programa de Rastreio do cancro colo-rectal está ainda aquém dos 30% (da taxa de participação) registados em países avançados. Os Serviços de Saúde continuarão a promover o respectivo programa através de vários meios.

Sistema de saúde actual é eficaz e preciso - Implementação de seguro de saúde requer estudos aprofundados e consenso da sociedade

Um outro ouvinte sugeriu, também, no mesmo programa de rádio, que o Governo da RAEM adquira um seguro de saúde obrigatório para as pessoas com menos de 50 anos de idade. A este propósito esclarecem que este tipo de questão tem implicações no actual sistema geral de saúde, precisa de estudos e avaliação profundos, e envolve uma consulta pública e discussão completa, de forma a alcançar um consenso da sociedade.

O sistema vigente de Macau tem uma protecção abrangente, mais eficiente e precisa. Protege de modo particular os grupos vulneráveis e doentes crónicos. Para alguns casos complicados e raros existem mecanismos de envio de doentes para tratamento no exterior.

Ao longo do tempo, o governo da RAEM tem implementado a política de “tratamento eficaz onde se privilegia a prevenção”, desenvolvendo em paralelo com instituições médicas privadas e sem fins lucrativos, aumentando e melhorando, de forma activa, a qualidade de serviços médicos, no sentido de proteger a saúde física e mental de todos os residentes de Macau.

O actual mecanismo de transferência recíproca entre medicina geral e especialidade do sistema de saúde do Governo satisfaz o modelo moderno de gestão médica e pode aproveitar recursos médicos públicos de forma mais racional. Os cuidados de saúde primários através dos centros de saúde unitários foram reconhecidos pela organização Mundial de Saúde (OMS) como exemplo. Os residentes gozam cuidados de saúde primários 100% gratuitos, o que satisfaz de forma completa o objectivo de cobertura universal de saúde da OMS.

Quanto a serviços médicos especializados, mais de 50% da população goza de serviços do hospital público gratuitos, os outros residentes, cerca de 30%, gozam de redução nas despesas médicas. Os dados disponíveis revelam que cerca de 80% de doentes do hospital público gozam tratamento de cuidados especializados gratuitos.

Para os residentes que tenham dificuldades económicas para despesas médicas, o Governo disponibiliza cuidados especializados gratuitos, de modo a garantir que todos os residentes tenham oportunidade de diagnóstico e tratamento apesar de eventuais problemas económicos. O Governo da RAEM assume a maior parte dos encargos decorrentes dos cuidados de saúde prestados pelo actual sistema de protecção de saúde.Apesar do baixo investimento o sistema de protecção de saúde possui elevados benefícios, reflectindo a excelência e alta eficácia do actual sistema.



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