Os Serviços de Estatística e Censos divulgam os resultados referentes ao segundo trimestre de 2019 do Inquérito às Necessidades de Mão-de-Obra e às Remunerações do Sector das Lotarias e Outros Jogos de Aposta. O âmbito do inquérito exclui os promotores e colaboradores de jogos.
No fim do segundo trimestre de 2019 o sector das lotarias e outros jogos de aposta tinha 57.840 trabalhadores a tempo completo (+2,8%, face ao fim do segundo trimestre de 2018), dos quais 25.213 eram “croupiers” (+4,8%).
Em Junho de 2019 a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) dos trabalhadores a tempo completo no sector das lotarias e outros jogos de aposta cifrou-se em 24.550 Patacas, correspondendo a um acréscimo de 3,8%, em termos anuais. Salienta-se que a remuneração média dos “croupiers” se situou em 20.850 Patacas, isto é, registou-se um crescimento de 2,0%.
No fim do trimestre em análise existiam 904 postos vagos no sector das lotarias e outros jogos de aposta, ou seja, mais 81, face ao fim do segundo trimestre de 2018. A maioria das vagas pertencia aos “empregados administrativos” (79,5%), observando-se que 588 destas vagas se destinavam aos “croupiers”.
Em relação aos requisitos de recrutamento, apenas 14,2% das vagas requeriam experiência profissional, 64,7% exigiam habilitações académicas inferiores ou iguais ao ensino secundário complementar, 77,2% requeriam o domínio do mandarim e 21,9% exigiam o do inglês.
Durante o segundo trimestre de 2019 foram recrutados 1.942 trabalhadores, isto é, mais 48,1%, face aos 1.311 registados no segundo trimestre de 2018. A taxa de recrutamento de trabalhadores (3,4%) e a taxa de vagas (1,5%) subiram 1,1 e 0,1 pontos percentuais, respectivamente, em termos anuais. Estes indicadores reflectem um aumento da procura de mão-de-obra no sector das lotarias e outros jogos de aposta.
Quanto à formação profissional, no sector das lotarias e outros jogos de aposta 106.957 participantes frequentaram cursos de formação profissional fornecidos pelas empresas do jogo (nomeadamente, cursos organizados pelas empresas ou realizados em conjunto com outras instituições, ou subsidiados pelas empresas), correspondendo a uma subida de 39,9%, em termos anuais. Realça-se que a maioria dos formandos participou nos cursos de “serviços” (37,0%), seguindo-se os formandos dos cursos de “lotarias e entretenimento” (27,6%). A maior parte dos cursos de formação profissional foi organizada pelas empresas do jogo e o número de participantes nestes cursos representou 97,6% do total.