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Leong Vai Tac: desempenho do papel como plataforma sino-lusófona, ajudando empresas a enraizarem-se em Portugal e a entrarem no mercado dos países de língua portuguesa

1. O Secretário para a Economia e Finanças, Leong Vai Tac, acompanhado pela sua comitiva, reuniu-se ontem (dia 10), em Lisboa, Portugal, com mais de uma dezena de representantes das empresas do Interior da China e de Macau com investimentos em Portugal, bem como das empresas portuguesas que investem em Macau.

O Secretário para a Economia e Finanças, Leong Vai Tac, reuniu-se ontem (dia 10), em Lisboa, Portugal, com mais de uma dezena de representantes das empresas do Interior da China e de Macau com investimentos em Portugal, bem como das empresas portuguesas que investem em Macau.

Leong Vai Tac reiterou, na reunião, que, sendo a construção da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa uma tarefa conferida pelo País a Macau, a tutela da Economia e Finanças está empenhada na promoção da construção dessa plataforma, ajudando as empresas a “investir no exterior”, a enraizarem-se em Portugal e a entrarem no mercado dos outros países de língua portuguesa. Esperou ouvir, através desse encontro, opiniões das empresas de diferentes sectores sobre a construção da plataforma sino-lusófona. Os participantes fizeram intervenções, de forma activa, apresentando opiniões e sugestões sobre vários temas, nomeadamente a expansão do espaço de desenvolvimento nos países de língua portuguesa através dessa plataforma, o contributo para o desenvolvimento do País e de Macau, assim como os problemas encontrados no percurso da exploração de negócios nos países de língua portuguesa. O encontro decorreu num ambiente caloroso e animado.

Por outro lado, aquele responsável teve, ainda, ontem, encontros com o Governador do Banco de Portugal,Carlos da Silva Costa, e a Administradora da Euronext Lisbon, IsabelUcha, respectivamente, bem como com outras personalidades, trocando opiniões e abordando, de forma profunda, diversos temas, como o reforço das trocas económicas e comerciais entre Portugal e Macau, a cooperação na construção da plataforma de prestação de serviços financeiros e o aproveitamento das vantagens da plataforma de Macau para ajudar as empresas chinesas a entrarem nos países da União Europeia para desenvolvimento dos seus negócios, através de Portugal, a promoção da construção da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa e da Plataforma de Prestação de Serviços Financeiros entre a China e os Países de Língua Portuguesa, entre outros.

O encontro empresarial contou com a presença do Presidente do Conselho de Administração da Autoridade Monetária de Macau, Chan Sau San, e mais de uma dezena de representantes de empresas de diferentes sectores, como construção, serviços financeiros, comércio e sector jurídico, provenientes do Interior da China, de Portugal e de Macau. Leong Vai Tac indicou que, para as empresas chinesas do Interior da China e de Macau que investem nos países de língua portuguesa, além do seu estabelecimento com sucesso naqueles países, torna-se crucial o seu desenvolvimento sustentável, devendo enfrentar-se diferentes dificuldades em diferentes sectores. Os diversos serviços da sua tutela têm sempre envidado esforços para promover a construção da plataforma sino-lusófona e ajudar as empresas a “investir no exterior”, desejando ainda ajudá-las a enraizarem-se em Portugal, esperando ainda mais que as empresas expandam o seu espaço de desenvolvimento e entrem no mercado de outros países de língua portuguesa.

O Secretário adiantou que Hong Kong e Macau possuem vantagens únicas na construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, e a plataforma sino-lusófona de Macau desempenha um papel importante no desenvolvimento da Grande Baía, especialmente para ajudar no desenvolvimento do País, através de três trajectórias de cooperação económica e comercial: o Interior da China ir para Portugal, através da plataforma de Macau, e entrar na União Europeia; o Interior da China ir para o Brasil, através da plataforma de Macau, e entrar na América Latina; o Interior da China ir para Moçambique e Angola, através de Macau, e entrar na África, por forma a ajudar as empresas chinesas a “investir no exterior” e, ao mesmo tempo, auxiliar as províncias e cidades do Interior da China a “atrair investimento”das empresas do mundo lusófono, contribuindo assim para a reforço do papel de ligação precisa de Macau enquanto Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

Os participantes manifestaram o seu reconhecimento pelo papel desempenhado por Macau como uma ponte importante, esperando que a RAEM siga as tendências desta Era e ajude o desenvolvimento do país, promovendo activamente a construção da plataforma sino-lusófona, dinamizando as vantagens singulares e especificas de Macau, impulsionando a comunicação entre as empresas chinesas e portuguesas e dando apoio às empresas interessadas em expandir os seus negócios em Portugal e em outros países de língua portuguesa, por forma a promover o desenvolvimento saudável das empresas e a constituição de uma forte aliança entre si.

Os participantes assinalaram que o número das empresas chinesas e de Macau que investem em Portugal está a aumentar cada vez mais, sugerindo mais atenção à cooperação com empresas portuguesas locais e, especialmente, um empenho em atrair, através de políticas e medidas, mais empresas do Interior da China para aproveitarem a plataforma sino-lusófona de Macau para entrarem e desenvolverem-se em Portugal. Foi ainda sugerida a criação de uma associação, convidando-se, além das empresas do Interior da China e de Macau, também, empresas portuguesas a aderirem à mesma, pelo que se espera obter um apoio do Governo da RAEM para avançar em conjunto com o trabalho de organização.

Os participantes dedicaram também muita atenção à formação de talentos bilíngues, sublinhando que este trabalho de formação é muito premente e que não se deve limitar à língua, devendo, em especial, prestar-se atenção à formação de talentos bilíngues em diferentes áreas profissionais, nomeadamente na área jurídica. Alguns representantes expressaram a vontade de receber estudantes a ser enviados pelo Governo de Macau para realizarem estágios em Portugal, no sentido de formar, em conjunto, talentos bilíngues.

Em relação à ajuda dada às empresas chinesas a instalarem-se nos países de língua portuguesa e à promoção da entrada das empresas portuguesas na China, os participantes sugeriram a criação de um mecanismo para consultoria e avaliação, com vista a ajudar as empresas necessitadas. Alguns participantes afirmaram que já foi criado um centro de informações sobre as leis de Portugal, de modo a auxiliar as empresas do Interior da China e de Macau interessadas em entrar no mercado português, pretendendo ser o centro de informações expandido para o Brasil.

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