O secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, afirmou, hoje (17 de Outubro), que no «Acordo de Estreitamento das Relações Económicas e Comerciais entre o Continente Chinês e Macau» (CEPA), assinado em finais de 2017, e nas «Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía», lançada no início deste ano, é abordada a possibilidade de construir um mercado bolsista denominado em Renminbi. Neste sentido o Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) tem incumbido empresas internacionais de consultadoria para proceder à respectiva análise de viabilidade.
O secretário apontou ainda que, com o desenrolar gradual dos trabalhos junto das empresas, após a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) receber o relatório, será ainda necessário proceder a uma análise cautelosa articulada de acordo com o ponto de situação da economia local. Caso Macau crie um mercado bolsista denominado em Renminbi, terá de corresponder ao grande princípio de «maximizar as potencialidades de Macau e servir as necessidades do País», referiu sublinhando que, o Governo da RAEM não apresentou nenhum relatório junto do Governo Central.
Lionel Leong revelou também que a parte da cooperação financeira da CEPA, assinada no dia 18 de Dezembro de 2017, prevê “Apoiar o estudo do desenvolvimento divergente de Macau e das regiões vizinhas, investigar e estudar o estabelecimento das bolsas de valores que se denominem em renminbi, da plataforma financeira verde, da Plataforma de Serviços Financeiros para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Dar apoio a Macau no estabelecimento de um regime de seguro de crédito à exportação.” De igual modo o referido conteúdo também consta nas «Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía», publicadas no dia 18 de Fevereiro do presente ano. O mesmo destacou que, com base nestes dois documentos, o governo local iniciou os trabalhos de análise, bem como, manteve um estreito diálogo com os serviços competentes da China interior.
O responsável apontou que, durante o processo do estudo de viabilidade, o governo irá incentivar as empresas de consultadoria a analisarem a situação real de Macau, de forma a tomarem conhecimento e a dialogarem com os mercados financeiros das regiões vizinhas de Macau e outras regiões internacionais. Caso seja criado um mercado bolsista, este não só deve articular com o resto do mundo, como também, na RAEM tem de ter em consideração à legislação, formação de quadros qualificados, sistema de gestão e fiscalização e outras complementaridades em termos de recursos humanos e infra-estruturas.
Lionel Leong considera que, nos últimos tempos, durante o desenvolvimento de Macau no sector financeiro com características próprias, têm surgido, gradualmente, elementos relacionados com o mercado bolsista, referindo o caso da emissão de obrigações.