O Chefe do Executivo, Chui Sai On, agradeceu, hoje (19 de Outubro), ao Governo Central e aos diversos sectores da sociedade de Macau pelo apoio que lhe deram e o ajudou a concluir e a executar os dois mandatos e salientou ir envidar todos os esforços para a coordenação dos trabalhos de transição para o próximo governo, adiantando que, no tempo que lhe resta de mandato irá abrir as inscrições de candidatura a habitação económica, na Zona A dos novos aterros.
Chui Sai On, que falava à comunicação social quando dava as boas-vindas ao público no jardim da Sede do Governo, no âmbito do Dia Aberto, referiu que, este ano, completa 10 anos no cargo de Chefe do Executivo, mandato que termina no próximo dia 19 de Dezembro. Acrescentou sentir-se bastante satisfeito por ter assumido os trabalhos de dois mandatos no Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), num total de 10 anos.
Aproveitou para agradecer, uma vez mais, o apoio do Governo Central, e aos diversos sectores e população de Macau pela oportunidade que lhe deram a ele e à sua equipa de os servir. Espera ter conseguido servir bem toda a população de Macau, no entanto, admitiu haver muito espaço para melhorar e a existência de vários problemas acumulados, ao longo dos anos, bem como, novos problemas que foram sendo criados no processo de desenvolvimento. Contudo, prometeu empenhar-se para ultrapassar os problemas acima mencionados.
No que diz respeito às tarefas durante o tempo que resta do seu mandato, Chui Sai On prometeu que irá abrir as inscrições de candidatura a habitação económica, na Zona A dos novos aterros, antes do final do seu mandato, compromisso de extrema importância para Macau. Salientou que a habitação pública e a sua resolução são uma prioridade para o Governo da RAEM, tratando-se também de uma promessa a todos os cidadãos. Acrescentou ter falado com o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, garantindo que o secretário e a sua equipa estão bastante empenhados em avançar com esta matéria.
O mesmo responsável disse ainda que, no tempo que falta para concluir o seu mandato, irá empenhar-se em executar bem duas matérias: primeira) cumprir o primeiro «Plano Quinquenal de Desenvolvimento da RAEM (2016 - 2020)», lançado durante os seus mandatos, segunda) continuar a boa execução da acção governativa do ano de 2019. Assegurou que, nos últimos dois meses de mandato, irá liderar a sua equipa, com o objectivo de maior empenho na realização das tarefas acima referidas. E, ao mesmo tempo, garantiu envidar todos os esforços para uma boa coordenação dos trabalhos de transição para o próximo governo, reiterando que, até ao momento, a situação é muito boa.
Adiantou que, actualmente, não sabe dizer se dirigentes do Governo Central virão a Macau para participar nas actividades alusivas às comemorações do 20º aniversário do regresso de Macau à Pátria. Contudo, acrescentou que, se tivermos em conta as experiências dos últimos 20 anos, sempre que há mudança de governo, ou seja a cada cinco anos, e comemorações do regresso de Macau à Pátria, a RAEM contou sempre com a presença de dirigentes do Governo Central, que presidiram às celebrações. Salientou o entusiasmo dos residentes de Macau e a atmosfera festiva dos diversos sectores nas duas grandes comemorações deste ano, designadamente a do 70º Aniversário da implantação da República Popular da China e do 20° aniversário do estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau. Disse ainda estar bastante optimista e com grandes expectativas sobre o futuro do território.
Relativamente à viabilidade de uma bolsa de valores em Macau, Chui Sai On lembrou que o secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, já falou sobre esta matéria, referindo que o mesmo disse que, até ao momento, a sua criação não foi apresentada ao Governo Central. O Chefe do Executivo adiantou que a Autoridade Monetária de Macau já encomendou um estudo de viabilidade a empresas internacionais de consultadoria. Sublinhou que para o estabelecimento de uma bolsa de valores é necessário cumprir uma série de exigências, sendo que o mais importante é que a mesma respeite o princípio de potenciar as vantagens de Macau e atender as necessidades nacionais.
Chui Sai On disse que, no futuro, para além de se continuar com o respectivo estudo, deve-se analisar o seu quadro jurídico e os respectivos diplomas complementares, recursos humanos profissionais, entre outros. Indicou ainda ser necessário esperar os relatórios dos referidos estudos, procedendo depois à sua análise e auscultando opiniões, de forma gradual.