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Serviços de Saúde: Residentes sem imunidade que viajem para regiões afectadas pelo Sarampo devem antecipadamente vacinar-se


A Organização Mundial da Saúde (OMS), alertou, recentemente, para a ocorrência de um surto de sarampo em algumas regiões das Ilhas do Pacífico. Há ainda países do Sudeste Asiático, como Malásia, Filipinas, Tailândia e Vietname, que registam, também, uma elevada taxa de incidência de sarampo. Assim perante estes alertas os Serviços de Saúde apelam aos nascidos após 1970, que pretendam viajar para as áreas epidémicas de sarampo e que não possuam imunidade contra o sarampo, devem recorrer à vacinação antes de viajar durante os próximos dias feriados e Natal.

Recentemente, desde o passado dia 16 de Outubro, foi diagnosticado um grande surto de Sarampo em Samoa. Nesta ilha da Polinésia, até ao dia 6 de Dezembro, foram registados 4.357 casos de sarampo e mais de 60 casos mortais. A maioria das mortes foi registada em menores de 5 anos de idade. Foram, também, registados vários casos de sarampo em países vizinhos, 458 casos em Tonga, 18 casos na ilhas Fiji e 4 casos na Samoa Americana.

Um pouco por todo o mundo existem situações epidémicas de sarampo a incidência é maior nas regiões próximas a Macau, especialmente nas Filipinas, Tailândia e Vietname.

De acordo com a OMS, Até Novembro de 2019, foram notificados em todo o mundo durante 2019, um total de 413.308 casos confirmados de sarampo, relevando o ressurgimento de vírus do sarampo, motivo pelo qual os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos que pretendam viajar que garantam a imunidade contra o sarampo, sendo que a melhor forma de o fazer é administrar a vacina, pelo menos duas semanas antes de viajar.

O Sarampo é uma doença transmissível aguda por tracto respiratório, causada pelo vírus do sarampo, as vias de transmissão são as gotículas de saliva expelidas, podendo, todavia, ainda ser transmitida por contacto directo com as secreções infectadas e objectos contaminados de doentes. De um modo geral, o período de incubação é de 7 a 18 dias, podendo ser um período mais comprido de 21 dias. O período de transmissão varia de três dias a uma semana depois do aparecimento de exantema. Os principais sintomas são febre prodrómica (superior a 38ºC), enantema bucal (Koplik spot), exantema manuculopapular generalizado, conjuntivite, tosse e corrimento nasal. Em geral, o exantema maculopapular aparece três dias após a ocorrência de sintomas. A face e atrás das orelhas são o local de início do exantema, que afecta depois o pescoço, o corpo, os quatro membros e no fim, palma das mãos e planta dos pés, com a duração de 4 a 7 dias e, ao desaparecer, há fragmentos de pele e sedimentos. O sarampo é altamente contagioso, sendo uma doença muito comum em crianças na época com baixa taxa de cobertura vacinal. O sarampo é uma doença auto-limitante, tendo a maioria dos casos sintomas ligeiros, não havendo nenhum tratamento específico. Nas regiões com mais elevado nível de nutrição, higiene e de saúde, os casos graves são raros.

Os Serviços de Saúde recomendam que as pessoas com menos de 18 anos de idade devem cumprir o Programa de vacinação dos Serviços de Saúde e após a 1ª dose da vacina devem se submetidos a uma segunda dose da vacina MMR, depois o primeiro aniversário. Os indivíduos nascidos após 1970 e com idade superior a 18 anos, caso nunca tenham sido infectados por Sarampo e não tenham sido submetidos à vacina anti-sarampo após o 1 ano de vida, devem ser vacinados com uma dose de vacina MMR. Todos os grupos de alto risco, nomeadamente os profissionais de saúde, devem receber pelo menos duas doses de vacinas, contra o sarampo, após o 1.º aniversário.

Os indivíduos acima referidos com necessidade da inoculação da vacina tríplice contra o sarampo, rubéola e parotidite (MMR), os residentes de Macau nascidos em ou após 1970, trabalhadores não-residentes, especialmente pessoal de saúde, e os trabalhadores não-residentes de creches, jardim-de-infância, e de escolas primárias e secundárias, a vacinação é gratuita. Os trabalhadores não-residentes recrutados do exterior com autorização de longa permanência na RAEM, têm de pagar a vacinação.

As crianças com menos de dois (2) anos e os profissionais de saúde podem recorrer aos centro de saúde e aos postos de saúde para vacinação, sem necessidade de marcação, e todas as demais pessoas devem fazer a marcação, o que é possívelOnlineatravés do sistema de marcação de vacinação dos Serviços de Saúde ( página electrónica:https://www.ssm.gov.mo/mmrrs) ou por via telefónica ou deslocação pessoal a um centro de saúde ou posto de saúde.

Devido à elevada incidência de sarampo nas Filipinas, Vietname e Indonésia os Serviços de Saúde recomendam que os residentes e os empregados não-residentes (especialmente aqueles que precisam cuidar de crianças com menos de um ano de idade) que não têm certeza se têm ou não imunidade contra o sarampo, devem efectuar a vacinação antes das viagens ao exterior ou visita a família no local de origem. Durante as viagens, estas pessoas devem prestar atenção especial à higiene pessoal, evitar contacto com crianças doentes e evitar a ida a lugares de alto risco, como instituições de saúde. Se alguém contratar novos empregados deve exigir a quem pretenda trabalhar em Macau que demonstre estar vacinado ou que proceda à vacinação no local de origem.

Para proteger a saúde própria e das crianças, os Serviços de Saúde apelam aos residentes e aos pais para que cumpram o Programa de Vacinação da RAEM, chamando a atenção do público para prestar precauções:

  1. A vacinação é a medida mais eficaz para prevenir a infecção do sarampo erubéola. Todas as crianças devem receber duas doses de vacinas, para efeito completo de imunidade, contra o sarampo, após o 1.º aniversário; Não viaje com crianças que não tenham completa imunidade para viajar ao exterior ou para lugares lotados com visitantes;
  2. As pessoas que cuidam de bebés e crianças, como cuidadores domésticos e trabalhadores de creches devem ser vacinados contra o sarampo e rubéola de acordo com as suas necessidades;
  3. Preste atenção à cortesia do tracto respiratório; não toque nos olhos, nariz e boca antes de lavar as mãos;
  4. Pessoas imunocomprometidas devem evitar deslocar-se aos locais lotados ou instituições médicas;
  5. Caso apareçam sintomas suspeitos, devem usar máscara e recorrer à consulta médica.

Caso tenham dúvidas, os residentes podem ter acesso à página electrónica dos Serviços de Saúde (http://www.ssm.gov.mo) ou ligar para a linha verde n.o 28 700 800.