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Áreas de avaliação médica obtêm bons resultados – Não há diagnósticos de novos casos

Director Lei Chin Ion apelou ao entendimento mútuo entre os residentes locais e trabalhadores não residentes

O director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion, salientou em conferência de imprensa realizada quinta-feira, 20 de Fevereiro de 2020, que as áreas de avaliação médica instaladas e implementadas a partir das 00:00 do dia 20 Fevereiro e destinadas à avaliação de pessoas que entram em Macau consideradas de elevado risco ou que sejam provenientes de áreas com alta indecência de coronavírus (Covid-19) estão a funcionar com bons resultados.

As pessoas que entram em Macau são deslocadas paras estes postos instalados no Campo de Futebol dos Operadores e no Cais do Pac On, e naqueles locais será realizada uma inspecção médica, efectuada por médicos e enfermeiros, que dura entre 6 a 8 horas.

Durante esses procedimentos as pessoas são avaliadas pelo menos de 2 horas em 2 horas, incluindo medição de temperatura, consulta e exame físico.

No caso de apresentação de sintomas as pessoas identificadas são encaminhadas para exames adicionais no CHCSJ. Após a conclusão dos exames médicos, as pessoas só podem sair daquelas áreas se não apresentarem qualquer sintoma. As instalações destes postos e o seu funcionamento está a decorrer de forma ordenada e todos os exames estão a ser realizados sem problemas.

Até ao momento, três (3) pessoas foram encaminhadas para o hospital para a realização de exames aprofundados. Uma pessoa manifestou problemas respiratórios e as outras duas apresentaram outro tipo de sintomas. Algumas pessoas que foram submetidas a avaliação médica manifestaram insatisfação pelo tempo de espera.

O director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion, enfatizou que todos os exames são necessários, no âmbito da alteração e evolução epidémica e estes exames são destinados, em especial, aquelas pessoas que possam ter tomado antipiréticos antes de entrarem em Macau. Só há um meio de saber se as pessoas estão com febre e essa é esperar que a eficácia de medicamentos desapareça.

Actualmente, as regiões tais como Guangdong, Henan, Zhejiang, Xangai, Pequim e Chongqing são consideradas com alta incidência epidémica; relativamente a outras regiões, o Governo da RAEM também irá proceder ao ajuste segundo o desenvolvimento epidémico.

Tal como foi prometido pela Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Drª. Elsie Ao Ieong U, o Governo da RAEM tem dado a grande atenção e análise ao desenvolvimento epidémico e, quando necessário, pode aplicar medidas legais que exigem aos residentes provenientes do Interior da China recebam observação médica por 14 dias.

O director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion, agradeceu o apoio dado pela PSP, Instituto de Acção Social, Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água, Direcção de Serviços de Turismo, Instituto do Desporto, Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, Aeroporto Internacional de Macau, bem como o Campo de Futebol dos Operadores emprestado pela Federação das Associações dos Operários de Macau, que permitiu a criação de postos dos exames médicos que acarreta um elevado esforço de recursos humanos e materiais.

Acima de tudo esta medida visa, principalmente, detectar de modo precoce possíveis infecções, a fim de minimizar o risco de surtos na comunidade de Macau.

Embora a medida possa demorar mais tempo, valerá a pena, se for encontrado alguém infectado entre 10.000 pessoas examinadas. Espera-se que as pessoas submetidas aos exames médicos sejam pacientes e tenham confiança na organização feita pelos profissionais de saúde. No caso de recusa de exames médicos, o infractor poderá assumir a responsabilidade penal e pode-lhe ser aplicado um isolamento obrigatório.

Ao mesmo tempo, em resposta do grande volume de avaliações médicas que têm de ser efectuadas o posto situado no Campo de Futebol dos Operadores será ampliado do modo a facilitar a triagem de fluxo de pessoas a examinar.

O director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion, também apelou à compreensão dos residentes para os eventuais incómodos que possam ser originados pela enorme quantidade de trabalhadores não-residente que irá viver temporariamente em Macau, e acima de tudo pediu às pessoas para cooperar com a população, sem discriminaçãode forma a que todos possamos combater à epidemia.

O Dr. Lei Chin Ion, salientou, ainda, o facto de nas últimas 2 semanas, bem como os contactos próximos dos doentes diagnosticados ajá passaram o período (14 dias) de observação médica, o que permite dizer que o risco de epidemia de Macau foi temporariamente reduzido, mas como nas regiões vizinhas têm sido registados novos casos ainda é necessário prestar muita atenção ao desenvolvimento epidémico e reduzir a saída de casa, usar máscaras e acima de tudo lavar as mãos com frequência.

Relativamente aos quatro (4) doentes confirmados que ainda estão na enfermaria de isolamento do CHCSJ são considerados como casos ligeiros, sem febre nem sintomas de dificuldade respiratória óbvia.

Até 15 horas do dia 20 de Fevereiro, foram registados 1.480 casos suspeitos (incluindo os 10 casos confirmados). Em 1.462 casos foi excluída a infecção. Há oito (8) casos suspeitos cujo resultado do teste ainda está pendente. Todas as pessoas consideradas como casos de contacto próximo concluíram o isolamento preventivo e assim não há pessoas isoladas no Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane.

Nas últimas 24 horas, foram analisadas 138 amostras pelo Laboratório de Saúde Pública, incluindo 33 doentes com febre geral ou com sintomas respiratórios superiores, diagnosticados no Serviço de Urgência.

O Centro de Coordenação afirmou que, de acordo com a “Lei de prevenção, controlo e tratamento de doenças transmissíveis” e os anúncios relevantes, a partir de 00:00 do dia 20 de Fevereiro de 2020, os passageiros que entrem Macau e estiveram em áreas com alta incidência de COVID-19 dentro de 14 dias antes da sua chegada, serão sujeitos a exames médicos indispensáveis exigidos pelos Serviços de Saúde.

Até às 12:00 de hoje, 286 e 158 pessoas foram enviadas, respectivamente ao Campo dos operários da Associação Geral dos Operários de Macau e ao Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa para exames médicos. 252 passageiros optaram por não fazer exames médicos e regressarem ao Interior da China.

Há 32 residentes de Macau por deslocações frequentes e anormais diárias entre Macau e o Interior da China,

As três (3) pessoas que foram transportados ao hospital para exames adicionais são respectivamente um residente local de Macau, um portador de título de Identificação de Trabalhador Não-Residente e uma turista. Após avaliações, estes três (3) pessoas são considerados de risco baixo.

A implementação das medidas recebeu o apoio da maioria dos cidadãos e turistas, e a ordem geral foi favorável. O número de profissionais de saúde que serão afectos aos dois postos de exame médico provisórios será de acordo com a situação real e necessidades. Por cada 50 pessoas submetidas à avaliação médica, são disponibilizados um médico e um enfermeiro para acompanhamento da situação das mesmas no local. Como existem diferenças entre a hora real de fluxo de pessoas nos postos fronteiriços ou há períodos de picos de entrada e saída nos postos de fronteiriços, haverá reforço de pessoas nestas ocasiões. o número de pessoal a ser destacado será ajustado conforme a situação real. Devido ao grande número de pessoas com necessidade de exame médico no posto localizado na Zona A do Campo dos Operários, foi acrescentada uma segunda Zona B e foram mobilizados mais profissionais de saúde.

Durante a conferência de imprensa o Centro de Coordenação explicou que mantêm uma estreita comunicação com as autoridades de Hong Kong. Que há uma constante troca de informação, incluindo relatórios médicos dos casos confirmados e que por isso foi possível compreende que na fase inicial, a maioria dos casos de Hong Kong foram importados e embora tenham registados casos locais nos últimos dias foi possível detectar a fonte de transmissão e as ligações. Até ao momento não foram detectados grandes números de casos na comunidade. As autoridades de Macau estão a acompanhar a evolução da situação epidémica, de modo a ajustar as medidas de controlo em Macau em tempo hábil.

No que diz respeito à medida de acomodação temporária em Macau dos trabalhadores não residentes, o Centro de Coordenação enfatizou que esta medida se destina a reduzir o risco de propagação de doenças infecciosas.

Os trabalhadores não residentes são grupos saudáveis, o risco que eles possuem não é maior ou menor do que o dos residentes locais. Muitos empregadores responderam positivamente ao apelo do Governo e disponibilizaram alojamento aos trabalhadores não residentes.

O Governo da RAEM atribui igual importância à saúde e segurança, quer dos residentes locais quer dos trabalhadores não residentes. Qualquer trabalhador não residente ou cidadão deve procurar tratamento médico o mais rápido possível caso sintam alguma indisposição.

Recorde-se, que desde as 00:00 do dia 20 de Fevereiro os trabalhadores não residentes que pretendam entrar em Macau têm de ser preventivamente isolados na Pousada Marina Infante, as despesas para os 14 dias serão de 5.600 patacas. O Centro de Coordenação agradece a diminuição do preço das despesas oferecida pelo respectivo hotel e por este por assumir a responsabilidade social.

Relativamente aos residentes de Macau que estão no navio cruzeiro Diamond Princess, o Centro de Coordenação divulgou que os cinco (5) residentes de Macau não apanharam o avião fretado do Governo da RAEHK que partiu hoje (dia 20) de manhã do Japão.

De acordo com as informações fornecidas pela Autoridade do Japão, dois (2) dos cinco (5) residentes de Macau que deveriam ter saído Japão no avião fretado de Hong Kong foram classificados pelas autoridades japonesas como pessoas de contactos próximos, portanto, não foram libertados e terão de ser submetido a um novo isolamento médico por 14 dias, a contar do dia de contacto com o doente confirmado. Os Serviços de Saúde continuarão a acompanhar a situação dessas pessoas e tentar saber a data concreta em que estas duas pessoas tiveram contacto com o caso confirmado. O Governo da RAEM agradeceu ao Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China na Região Administrativa Especial de Macau o apoio prestado na organização da saída do Japão dos referidos cinco residentes de Macau.

Durante a conferência de imprensa Centro de Coordenação relatou a situação mais recente dos residentes de Macau e dos seus familiares que permanecem em Hubei, a situação dos hotéis que retomaram as operações, a situação de segurança da sociedade e o número de entradas e saídas em todos os postos fronteiriço.

Em resposta à reabertura dos casinos, dos jardins e das área de lazer, o Governo da RAEM irá acompanhar de perto as mudanças na comunidade e irá monitorizar a manutenção da ordem pública com todos os esforços para garantir um bom ambiente social.

A conferência de imprensa contou com a presença do director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, a Chefe do Departamento de Licenciamento e Inspecção da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Inês Chan, o chefe do Departamento de Ensino da DSEJ, Kong Ngai, o chefe substituto do Departamento para os Assuntos de Residência e Permanência do do Corpo de Polícia de Segurança Públic, Dr.Wong Kim Hong, o Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Ma Chio Hong, o coordenador do Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Chang Tam Fei, a coordenador do Centro de Prevenção e Controlo da doença, Leong Iek Hou.

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