Na conferência do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, realizada a 25 de Fevereiro de 2020, a directora dos Serviços de Turismo, Maria Helena de Senna Fernandes apresentou a actual situação de observação clínica dos trabalhadores não residentes na "Pousada Marina Infante" e a taxa de ocupação dos hotéis de Macau na semana passada.
A directora dos Serviços de Turismo referiu que a epidemia trouxe um grande impacto à indústria turística de Macau. Embora seja difícil para a DST estimar o desenvolvimento da epidemia, não é possível lançar um plano de apoio imediato, no entanto, estão a ser recolhidos dados de todos os aspectos, o desenvolvimento da epidemia nos principais mercados de visitantes e as necessidades da indústria turística, entre outros, com vista a elaborar, de forma activa, planos faseados, para ajudar a recuperação da indústria turística de Macau após a epidemia.
Tendo em conta que Hong Kong anunciou segunda-feira (dia 24) Novas medidas para as pessoas provenientes da Coreia do Sul, o Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT) recebeu um pedido de assistência por parte de cinco residentes de Macau que se encontram na Coreia do Sul e estão preocupados porque não conseguem regressar a Macau por causa do cancelamento dos voos. O GGCT já emitiu, através de 4 empresas de telecomunicações de Macau, cerca de 425 mensagens (número de telemóveis com sinais mensuráveis naquela área que pode significar que não sejam equivalentes a 425 pessoas), recomendando que os residentes de Macau encontrem formas alternativas para regressarem a Macau, incluindo voos diários entre a Coreia do Sul e Shenzhen e/ou Cantão; Caso o indivíduo não tenha acompanhado o respectivo Cartão para Deslocação à Pátria, pode regressar a Macau através de outros países ou cidades, tal como o Japão ou outras regiões vizinhas.
Até hoje (dia 25 de Fevereiro), permanecem em Hubei 148 residentes de Macau, familiares e acompanhantes, distribuídos em 18 localidades e municípios de Hubei, envolvendo 74 agregados familiares e 35 locais diferentes. A directora dos Serviços de Turismo sublinhou que, após a ocorrência da epidemia, o Governo da RAEM está muito preocupado com a situação dos residentes de Macau que se encontram retidos em Hubei e através de grupos de Wechat o GGCT tem vindo a manter em contacto com os residentes em diferentes locais da província de Hubei.
Com o apoio dos membros da Conferência Consultiva Política do governo da província de Hubei, membros do governo municipal e personalidades da sociedade, foi enviado material para resolver problemas de falta de medicamentos que alguns deles enfrentam.
Relativamente aos residentes que pretendam regressar a Macau, o Governo da RAEM tem vindo a proceder à comunicação e coordenação com os serviços competentes do Interior da China, através do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau, na província de Hubei e em outros lugares, com a premissa do cumprimento das medidas de prevenção e controlo da epidemia locais, procurando vários meios viáveis (tal como veículo fretado ou comboio de alta velocidade) para ajudar o seu regresso a Macau. Quanto à deslocação para Hubei de aviões charter, a DST, os Serviços de Saúde, o CPSP e a AACM têm vindo a elaborar planos viáveis.
Uma vez que mais de 100 residentes de Macau estão espalhados por várias localidades da província de Hubei é necessário criar condições de segurança e concentrá-los em grupos; Além disso, o risco de infecção cruzada é muito alta porque a avião é uma área fechada e só com um plano de protecção eficaz, é que pode garantir a segurança dos residentes de Macau e dos profissionais de saúde que os vão acompanhar.
De acordo com as actuais medidas de prevenção de epidemias, os acompanhantes e os familiares que não sejam residentes de Macau, só lhes é permitida a entrada no território após a obtenção de um certificado médico comprovativo de não são portadores do coronavírus (Covid-19). Além disso, os Serviços de Saúde estão a elaborar um plano de isolamento após o regresso destes residentes a Macau, avaliando o risco de infecção e a capacidade de resposta do sistema de saúde de Macau, para preparação adequada para eventuais casos de infecção.
O Director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion acrescentou que o Governo já tem planos para trazer os residentes de Macau que se encontram retidos em Hubei até ao território. Os Serviços de Saúde estão a proceder à análise e à elaboração de vários planos viáveis, mas a sua concretização depende das suficiente segurança e viabilidade dos procedimentos. Actualmente, os residentes de Macau que estão em Hubei, já lá se encontram há cerca de dois meses, não estão infectados, o que significa que o seu ambiente de residência é seguro.
Os Serviços de Saúde têm como pressuposto elaborar os projectos de resgate de forma a que o processo de transporte não aumente o risco de infecção. Uma vez que alguns destes indivíduos estão actualmente alojados a uma distância mínima de 5 horas do aeroporto, isto aumenta as possibilidades de infecção durante essa viagem. Ao mesmo tempo, as autoridades devem também proceder à avaliação e análise dos riscos dos trabalhadores que se desloquem ao local. O Director dos Serviços de Saúde revelou ainda que o Governo da RAEM prevê, numa fase preliminar, que os destinatários que possam ser transportados para Macau, sejam nomeadamente: 1) Os residentes de Macau com mais de 3 anos de idade; 2) Os doentes não confirmados ou portadores de certificado de saúde emitido por instituição médica local.
Como se considera que, durante o regresso a Macau, as crianças com menos de 3 anos de idade têm dificuldade em usar máscara, o que aumenta o risco de infecção, pelo que não se recomenda o seu regresso a Macau.
Além disso, após o regresso a Macau, as pessoas serão isoladas, uma vez que os 148 indivíduos que viajaram de longa distância, viram o risco de infecção aumentado, pelo que o Governo da RAEM deve avaliar adequadamente a sua possível pressão para o sistema de saúde local.
Ao mesmo tempo, em resposta ao recente aumento do número de casos confirmados devido a eventos religiosos e encontros de residentes nas regiões vizinhas, o mesmo responsável salientou que, apesar de não haver novos casos confirmados em Macau por 21 dias consecutivos, as actividades deste género continuam a ser consideradas evento de alto risco epidémico, onde há um elevado risco de infecção e pode causar surtos na comunidade. Assim apela-se a todos os cidadãos para que participem neste género de actividades.
O Director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion agradeceu especialmente à equipa da Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, à equipa da Secretaria para a Economia e Finanças, ao sector empresarial e às personalidades da sociedade de Macau pelo apoio prestado na resposta às necessidades de máscaras.
O Centro de Coordenação afirmou que nas últimas 24 horas, em Macau, não foram registados casos confirmados da infecção pelo COVID-2019.
Um doente confirmado com COVID-19 teve alta esta terça-feira alta hospitalar. Os três (3) doentes confirmados que ainda estão na enfermaria de isolamento do CHCSJ são considerados como casos ligeiros sem febre nem dificuldades respiratórias significativas. Até 15 horas do dia 25 de Fevereiro, tinham sido registados 1.630 casos suspeitos (incluindo os 10 casos confirmados). Em 1.616 casos foi excluída a infecção. Há 4 casos suspeitos cujo resultado do teste ainda está pendente. Foram acompanhados clinicamente 74 pessoas consideradas como casos de contacto próximo e 69 delas concluíram o isolamento preventivo realizado no Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane.
Nenhum dos cinco indivíduos isolados no mesmo Centro Clínico apresentou os sintomas ou problemas relacionados com o tracto respiratório. Nas últimas 24 horas foram analisadas pelo Laboratório de Saúde Pública 93 amostras.
Sete trabalhadores não residentes (6 homens e uma mulher) estão sujeitos a observação médica no Pousada Marina Infante Hotel por 14 dias.
Nas últimas 24 horas, no Serviço de Urgência do CHCSJ foram registados 11 casos suspeitos para serem submetidos aos exames. Em 9 casos foi excluída a infecção. Há dois (2) destes casos suspeitos cujo resultado do teste ainda está pendente.
20 casos de baixo risco que apresentam febre ou sintomas do tracto respiratório superior foram enviados para fazer análise laboratorial. 18 casos do Hospital Kiang Wu foram submetidos à análise laboratorial. Em 16 dos 18 casos do Hospital Kiang Wu foi excluída a infecção. Há 2 casos suspeitos cujo resultado do teste ainda está pendente.
O doente que esta terça feira teve alta hospitalar foi o sétimo caso de COVID-19 confirmado em Macau, residente de Wuhan, 67 anos de idade, que entrou em Macau por Zhuhai no dia 23 de Janeiro e recorreu ao Centro Hospitalar Conde de São Januário para tratamento médico no dia 27 e foi diagnosticado com infecção após a realização dos testes. O doente recuperou após 28 dias de internamento e teve alta após dois testes consecutivos de ácido nucleico da faringe negativo, nos dias 22 e 24, o que correspondeu aos padrões de alta hospitalar promovidos pela Comissão Nacional de Saúde. As despesas médicas do doente aproximaram-se de cerca de MOP 47.000 patacas e, como o doente indicou que não podia pagar imediatamente, solicitou um atraso no pagamento e isenção das despesas médicas por razões das dificuldades financeiras.
Até ao momento, dos 7 não residentes de Macau admitidos no hospital devido a uma infecção confirmada, um deles pagou as despesas médicas totais em dinheiro, outro solicitou um atraso no pagamento de despesas médicas e os outros cinco solicitaram a isenção de despesas médicas por razões das dificuldades financeiras.
O Centro Hospitalar Conde de São Januário indicou que, para aprovar um pedido de isenção de despesas médicas, é necessário alguns documentos comprovativos das condições económicas, nomeadamente, o nível de receita, as condições económicas e de activos do requerente para fazer uma decisão. Os cinco doentes acima mencionados disseram que deixaram a Macau apenas há alguns dias e ainda não regressaram para o seu local de residência original e, portanto, não conseguiram obter os respectivos documentos comprovativos; ou seja, as Autoridades ainda não podem aprovar os seus pedidos nesta fase. No entanto, as autoridades enfatizam que existe um mecanismo para contactar esses cinco indivíduos e solicitaram que eles fornecessem informações relevantes posteriormente.
Em relação à proteção da saúde mental dos residentes durante o período de prevenção de epidemias, o Centro de Coordenação disse que há muitos anos o Governo da RAEM criou o mecanismo de prevenção conjunta de quatro níveis, ligados intimamente aos tetraciclos para os serviços de saúde mental. O primeiro nível são os serviços comunitários, o segundo nível são serviços específicos para instituições sem fins lucrativos, o terceiro nível destina-se aos serviços prestados nos Centros de Saúde, e o quarto nível refere-se ao serviços do Serviço de Psiquiatria do CHCSJ.
No que diz respeito a esse surto de epidemia, as Autoridades adoptaram os mecanismos existentes para aliviar bastante o desejo do público por aconselhamento psicológico. Durante a epidemia, foram já solicitados quatro pedidos de ajuda psicológica, incluindo insónias, ansiedade e depressão, entre outras situações e foram apoiados por mecanismos relevantes. As Autoridades apelaram os residentes que precisam de apoio psicológico e emocional podem ligar para a linha aberta de alívio psicológico do Centro de Coordenação n.o: 8893-4604.
Devido ao grande número de residentes que usaram o sistema de declaração eletrónica de saúde no mesmo horário, por volta das 9 horas da manhã de terça feira, ocorreu congestionamento e atraso no sistema, impedindo que os residentes de concluíssem o preenchimento da declaração de saúde. Após a reparação por técnicos, o sistema voltou ao funcionamento normal e conseguindo impedir a recorrência de problema relacionado através da actualização do sistema, bem como, pediu desculpas pelo inconveniente causado ao público durante o período.
Relativamente ao anúncio da Coréia do Sul classificada como a área com alta incidência epidémica anteontem, o Centro de Coordenação declarou que está a estudar e avaliar as medidas de prevenção contra epidemia relevante para os residentes de Macau que regressam a Macau provenientes da Coreia do Sul. Não estão excluidos de exames médicos. Depois que as informações específicas estiverem disponíveis, serão anunciadas imediatamente ao público. Além disso, o Governo da RAEM acompanha estreitamente o desenvolvimento da epidemia em diferentes países e territórios, tais como, Hong Kong, Japão e Itália, e atualizará a lista de áreas de alta incidência epidémica no devido tempo. O Centro de Coordenação apelou mais uma vez os residentes de Macau a não irem para áreas de alta incidência, a menos que seja necessário. Todos os residentes de Macau que voltem de áreas de alta incidência epidémica devem realizar uma auto-observação da saúde pelo período de 14 dias.
Como é publico desde as 00:00 do dia 20 de Fevereiro de 2020, os passageiros que entrem Macau e estiveram em áreas com alta incidência de COVID-19 dentro de 14 dias antes da sua chegada, serão sujeitos a exames médicos indispensáveis exigidos pelos Serviços de Saúde. Desde ontem, 24 de Fevereiro, até à a meia noite, 1.185 e 790 pessoas foram enviadas, respectivamente, aos dois postos de exames médicos temporários, no Campo dos Operários da Associação Geral dos Operários de Macau e no Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa para serem submetidas a exames médicos.
241 passageiros optaram por não fazer exames médicos e regressaram ao Interior da China.
Um residente de Macau por deslocações frequentes e anormais diárias entre Macau e o Interior da China que foi submetido a exames médicos.
Finalmente, os representantes do Centro de Coordenação ainda esclareceram as situações sobre a segurança da cidade, os número de entradas e saídas em todos os postos fronteiriço de Macau, turistas provenientes de Hubei que ficam em Macau, suspeita de estadia ilegal pelos trabalhadores não residentes e limpeza da má higiene ambiental em redor do Convento da Ilha Verde, a substituição de escadas rolantes nas Portas do Cerco.
Foi ainda esclarecido que Macau ainda não tem um calendário específico para o reinício das aulas e apelaram os pais dos alunos que devem conhecer as mensagens do Governo através da via formal e que não devem acreditar em informações falsas online sobre o reinício das aulas.
A conferência de imprensa contou com a presença do director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, a directora da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), Maria Helena de Senna Fernandes, o chefe do Departamento de Estudos e Recursos Educativos da DSEJ, Wong Kin Mou, o Adjunto-médico da Direcção do CHCSJ, Dr Lo Iek Long, o chefe da Divisão de Ligação entre Polícia e Comunidade e Relações Públicas, Lei Tak Fai, a coordenadora do Núcleo de prevenção e doenças infecciosas e vigilância da doença do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Serviços de Saúde, Dra. Leong Iek Hou