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Não há novos casos confirmados –  Todas as pessoas que já estiveram na Coréia do Sul deve passar por 14 dias de observação médica em isolamento


O Dr. Chang Tam Fei, Coordenador do Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário, afirmou que nas últimas 24 horas, não foram registados casos confirmados da infecção pelo COVID-2019 em Macau. Os três (3) doentes confirmados que ainda estão na enfermaria de isolamento do CHCSJ são considerados como casos ligeiros sem febre nem dificuldades respiratórias significativas.

Até às 14 horas do dia 26 de Fevereiro, tinham sido registados 1.669 casos suspeitos (incluindo os 10 casos confirmados). Em 1.657 casos foi excluída a infecção. Há 2 casos suspeitos cujo resultado do teste ainda está pendente. Foram acompanhados clinicamente 74 pessoas consideradas como casos de contacto próximo e 69 delas concluíram o isolamento preventivo realizado no Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane. Nenhum dos cinco indivíduos isolados preventivamente, neste Centro Clínico, apresentou sintomas ou problemas relacionados com o tracto respiratório. Nas últimas 24 horas foram analisadas pelo Laboratório de Saúde Pública 121 amostras. Onze trabalhadores não residentes (10 homens e uma mulher) estão sujeitos a observação médica em isolamento no Pousada Marina Infante Hotel por 14 dias. Nas últimas 24 horas, no Serviço de Urgência do CHCSJ foram registados 12 casos suspeitos que foram submetidos a exames. Todos foram excluídos. 31 casos de baixo risco que apresentam febre ou sintomas do tracto respiratório superior foram enviados para fazer análise laboratorial. 27 casos do Hospital Kiang Wu foram submetidos à análise laboratorial. Em 25 casos do Hospital Kiang Wu foi excluída a infecção.

Há 2 casos suspeitos cujo resultado do teste ainda está pendente.

A Coordenadora do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, Dr.ª Leong Iek Hou, indicou que de acordo com o artigo 14.o da Lei nº 2/2004 “Lei de prevenção, controlo e tratamento de doenças transmissíveis”, devido ao aumento significativo do número de casos confirmados da infecção pelo COVID-2019 num curto período de tempo na Coreia do Sul, o Governo da RAEM determinou que, para fortalecer a prevenção, a partir do meio dia de quarta-feira, 26 de fevereiro, todas as pessoas que pretendam entrar em Macau e tenham estado na Coreia do Sul nos período anterior de 14 dias, incluindo Residentes de Macau, Turistas e Trabalhadores não residentes, devem ser submetidos a uma observação médica por 14 dias em local designado, de acordo com os requisitos dos Serviços de Saúde. Os infractores estão sujeitos a medidas aplicadas de isolamento compulsiva, além da responsabilidade criminal correspondente, de acordo com a lei em vigor.

Qualquer individuo, com condições relevantes, que entre em Macau, os Serviços de Saúde farão uma avaliação preliminar do seu estado e irão analisar a sua declaração de saúde. Caso manifeste os sintomas como por exemplo febre, serão enviados à Urgência Especial do Centro Hospitalar Conde de São Januário para avaliação mais pormenorizada. Caso uma pessoa não se manifeste sintomas, será efectuado um inquérito epidemiológico que inclui perguntas sobre as localizações recentes, por exemplo se estiveram em locais de alto risco na Coreia de Sul, incluindo a cidade de Daegu, Gyeongsangbuk-do e Igreja de San Tin Deng. A pessoa em causa poderá ser enviada ao Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane para observação médica em isolamento por 14 dias. As pessoas que tenham estado na Coreia e não apresentem sintomas ou não tenham estado em locais de alto risco serão divididos em residentes de Macau e não residentes de Macau com diferentes métodos de tratamento: 1) Os residentes de Macau podem optar por realizar a observação médica domiciliária e devem assinar um documento concordando em realizar a observação médica domiciliária. Os residentes que escolhem a observação médica domiciliária devem corresponder a certas condições especiais, incluindo: não podem sair, não podem ir ao trabalho ou à escola, devem dispor de um quarto próprio para reduzir o contacto com a família, entre outras condições. As autoridades de saúde irão verificar regularmente o seu estado de saúde por telefone dentro de 14 dias. Também, o Corpo de Polícia de Segurança Pública verificará aleatoriamente se essa pessoa está em casa. Se os regulamentos contantes do documento de consentimento assinado forem violados, será emitida uma ordem de isolamento obrigatória e estará sujeita a responsabilidade criminal. Outro facto importante será o ambiente domiciliário. Se este não corresponder às condições específicas, será necessária recorrer a uma observação médica de 14 dias em um local designado em Macau. Os residentes de Macau serão isentos das despesas de estadia. 2) Os não residentes são obrigados a realizar uma observação médica de 14 dias em um hotel designado por Macau de acordo com os requisitos dos Serviços de Saúde ou optar por regressar para o seu país; as despesas de isolamento no hotel designado são por sua conta, tendo um custo de 5.600 patacas.

O Centro de Coordenação salienta que a observação médica domiciliária não restringe a liberdade dos residentes, mas protege a saúde do próprio e dos seus famíliares, de modo a reduzir o risco de transmissão comunitária. Espera-se que os residentes possam cooperar com estas medidas.

O Chefe do Departamento, substituto, do Corpo de Policia de Segurança Publica Dr. Wong Kim Hong informou que desde 00:00 de hoje (dia 26) até às 16:00, entraram em Macau sete (7) visitantes de Coreia e foram sujeitos a avaliação médica . Seis (6) entraram antes do meio dia (período antes da aplicação das novas medidas) e uma (1) pessoa entrou após 12:00 via Hong Kong, contudo comprovou não ter estado na Coreia no período anterior de catorze dias. Durante o dia cinco (5) cidadãos da Coreia do Sul optaram por não entrar para Macau por não querer receber exames médicos e regressaram.

Como é público desde as 00:00 do dia 20 de Fevereiro de 2020, os passageiros que entrem Macau e tenham estado em áreas com alta incidência de COVID-19 dentro de 14 dias antes da sua chegada, serão sujeitos a exames médicos indispensáveis exigidos pelos Serviços de Saúde.

Desde ontem, 25 de Fevereiro, até à a meia noite, 1.154 e 977 pessoas foram enviadas, aos dois postos de exames médicos temporários, no Campo dos Operários da Associação Geral dos Operários de Macau e no Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa respectivamente, para serem submetidas a exames médicos.

237 visitantes recusaram os exames médicos e optaram por regressar ao Interior da China. Nenhum residente de Macau foi encaminhado para exames médicos devido a deslocações frequentes e anormais diárias entre Macau e o Interior da China.

A Chefe do Departamento da Direcção dos Serviços de Turismo, Dra. Inês Chan afirmou que o Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT) recebeu pedidos de assistência por parte de 12 residentes de Macau que se encontram na Coreia do Sul e pretendiam saber “como podiam regressar a Macau”. Uma vez que Hong Kong anunciou que os não residentes provenientes da Coreia do Sul não podem entrar em Hong Kong e face a esta questão, o Governo da RAEM adoptou medidas para apoiar os residentes de Macau que estão na Coreia e assim possam regressar a Macau através do posto fronteiriço de Hong Kong, Macau e Zhuhai. Para que isso seja possível os cidadãos interessados devem contactar o Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT) para fazer a inscrição através da linha aberta no. 28333000 devendo partilhar as informações pessoais, identificação dos voos de modo a que as autoridades de ambas regiões possam articular a viagem. O Serviço de emigração de Hong Kong vai contactar a companhia aérea, e de acordo com as informações recebidas será permitido o embarque destes residentes de Macau. À chegada a Hong Kong será efectuado um transporte especial, em autocarro, por via de Ponte Hong Kong, Macau e Zhuhai até Macau. Os residentes de Macau que estão em Coreia dos Sul que não efectuem pela linha aberta do Gabinete de Gestão de Crises do Turismo, podem eventualmente não obter autorização de embarque e podem não regressar a Macau através de Hong Kong.

O Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT) já enviou este assunto aos residentes de Macau através de mensagens telefónicas.

Relativamente aos 148 residentes de Macau, familiares e acompanhantes que permanecem em Hubei, que desde ontem até hoje (dia 26 de Fevereiro), o número de pedidos de assistência não aumentou nem diminui mantém-se naquela província 148 pessoas, das quais, 5 residentes de Macau ( dois agregados familiares) saíram de Hubei, por isso foi cancelado o pedido de assistência, tendo estas pessoas obtido apoio das próprias unidades de trabalho do Interior da China para saíram de Hubei. As autoridades de Macau desconhecem se estas pessoas estão a dirigir-se ou não para Macau. A par disso, sob a assistência prestada pelos Serviços de Alfândega, Serviços de Correios e outros serviços do Interior da China, foi entregue com sucesso um primeiro lote de produtos, que incluía leite em pó, medicamentos, produtos desinfectantes e outros para os residentes de Macau que permanecem em Hubei.

O Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT) recebeu um pedido de assistência de uma pessoa que afirmou ter um bebé, residente de Macau doente. O GGCT de imediato contactou o Gabinete de Ligação dos Serviços Exteriores para que fosse efectuado um apoio numa consulta médica. Após o diagnóstico e terapêutica, foi recomendado que o bebé fosse seja internado para observação, contudo os pais recusaram a recomendação do internamento e assumiu a intenção de levar o bebé para casa onde iriam proceder a autocuidados.

Onze trabalhadores não residentes (10 homens e uma mulher) estão sujeitos a observação médica no Pousada Marina Infante Hotel. Relativamente ao número de trabalhadores não residentes dos hotéis, há 126 hoteis licenciados, que possuem um total de 41.148 quartos O numero total de trabalhadores é de cerca de 45000 pessoas dos quais 45% possam ser trabalhadores locais.

O Chefe do Departamento de Solidariedade Social do Instituto de Acção Social, Dr. Choi Sio Un referiu que, em resposta aos desenvolvimentos de epidemia, desde o dia 29 de Janeiro, os serviços de creches subsidiados estão suspensos. Relativamente ao reinício de creches subsidiados, irá depender aos desenvolvimentos futuros e aos cumprimentos de medidas de controlo de epidemia do Governo da RAEM. O dr. Dr. Choi Sio Un salientou-se que a segurança de crianças é a primeira consideração, no presente, não há horário de reinício de funcionamento de creches pelo que, o IAS irá coordenar com as creches subsidiadas a isenção de custos de Março caso os pais paguem, podem fazer o desconto no mês de reinício dos serviços. No futuro, antes de reinício de creches, o IAS irá dar tempo para fazer a notificação de todos os interessados de modo que as creches possam preparar, por exemplo, a limpeza e a desinfecção de creches.

Nesta fase, ainda não há o pedido de apoio de pais ao Instituto de Acção Social para cuidar dos filhos. Embora as creches estejam suspensas, há contactos com os pais, caso seja necessário, os pais podem ligar à linha de aberta de aconselhamento e apoio do IAS através do n.º 8399 7783. Por outro lado, os serviços de cuidados domiciliários, apoio domiciliários e o serviço de Teleassistência “Peng On Tung” subsidiados pelo IAS mantiveram-se e mantêm-se activos, prestando os serviços aos 5.700 idosos e necessitados, incluindo, os serviços cuidados domiciliários, entrega de refeições e apoio urgente de Teleassistência “Peng On Tung”.

O Dr. Chang Tam Fei, dos Serviços de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário reiterou que, 3 doentes dos casos confirmado de Macau, ainda hospitalizados, caso atinjam os critérios de alta, o hospital irá imediatamente informar a sociedade. Conforme a 6ª versão do programa de tratamentos à pneumonia do novo tipo de coronavírus da Comissão Nacional de Saúde, caso o doente esteja recuperado, este necessita de observação médica por 14 dias, deve ter a boa higiene pessoal durante esse período, incluindo, o uso de máscaras, lavar as mãos e reduzir contacto com as pessoas, entre outros. Os respectivos departamentos necessitam de prestar a consulta seguinte conforme as orientações e supervisionar a saúde dos doentes que tiveram alta. Em resposta à situação de Macau, após a negociação das autoridades, será considerado que os doentes locais que tenham alta sejam transferidos do hospital ao Centro Clínico de Saúde Pública dos Serviços de Saúde localizado em Coloane, onde serão submetidos a uma vigilância rigorosa, antes de voltar à comunidade, fazendo a completa preparação de regresso.

Até o fim de Janeiro de 2020, em Macau, existiam 31.605 trabalhadores não‑residentes que trabalham na área da hotelaria. Relativamente à pergunta sobre os mesmos estão ou não em Macau, dado que isto envolve registo individual de entrada, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais não possui estes dados.

Para a coordenação de controlo da pneumonia do COVID-19, o Governo da RAEM apelou aos empregadores, que devem prestar a residência aos empregados que necessitam de ficar em Macau, de modo a reduzir o movimento de pessoas e infecção cruzada, e baixar o risco de transmissão até a nível mínima. A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais espera que, no pressuposto de coordenação às medidas de controlo de epidemia da RAEM, os empregadores e os empregados devem ter a comunicação completa com o espírito de compreensão e tolerância, negociar a organização de trabalho, e fazer bom controlo de epidemia.

No fim, a Dra. Leong Iek Hou salientou que consoante a situação epidémica o Governo da RAEM continua a elaborar e a preparar cenários e situações adequadas a cada uma das fases e de forma a responder eficazmente aos desenvolvimentos de epidemia e irá ajustar as estratégias de controlo com a necessidade epidémica.

As autoridades estão a elaborar algumas orientações e regras destinadas aos estabelecimentos como bares, karaoke, salas de dança, estabelecimentos de saunas e de massagens, ginásios de musculação, devem cumprir aquando da reabertura, ao mesmo tempo, a autoridade ainda continua avaliar o risco de reinício de todos os sectores, por exemplo, irá ou não causar aglomerados de pessoas, de modo a ajustar as estratégias de controlo oportunamente.

A conferência de imprensa contou com a presença da Chefe do Departamento de Licenciamento e Inspecção da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Inês Chan, Chefe do Departamento de Solidariedade Social do Instituto de Acção Social, Dr. Choi Sio Un, Chefe substituto do Departamento para os Assuntos de Residência e Permanência do Corpo de Polícia de Segurança Pública, o Subintendente Wong Kim Hong, Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Ma Chio Hong, Coordenadora do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, Dr.ª Leong Iek Hou e Coordenador do Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Chang Tam Fei

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