O Médico-Adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Lo Iek Long anunciou na conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, segunda-feira (6 de Abril) que, nas últimas 24 horas, não foi diagnosticado novo caso confirmado de pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus em Macau, totalizando, em Macau, quarenta e quatro (44) casos confirmados. Os primeiros dez (10) casos tiveram alta após recuperação. Dos trinta e quatro (34) doentes confirmados actualmente internados, um (1) foi classificado como caso grave e trinta e três (33) com sintomas ligeiros. Há vinte (20) casos internados na enfermaria de isolamento do CHCSJ para tratamento e catorze (14) na enfermaria de isolamento do Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane. O 18.º doente ainda necessita de assistência respiratória através de ventilador, mas o estado de saúde é estável. Os indicadores de inflamação sanguíneos e indicadores de sinais vitais gerais também são estáveis. Entre os doentes com sintomas ligeiros, há dois (2) que apresentam febre e sem dificuldades respiratórias e um (1) necessita de oxigénio de baixo fluxo, mas a sua situação melhorou e durante o dia já não teve necessidade de inalar oxigénio.
Até às 14 horas do dia 6 de Abril, em Macau, no total, foram registados 3.692 casos suspeitos, dos quais, 44 foram casos confirmados e 3.647 foram afastados, existindo um único (1) caso a aguardar resultado laboratorial. Há 147 casos de contacto próximo e 121 pessoas concluíram o isolamento. As 26 pessoas de contacto próximo foram encaminhadas para observação médica no Centro de isolamento médico provisório (incluindo os 6 residentes de Macau que regressaram por iniciativa própria de Hubei). Nas últimas 24 horas, foram analisadas, pelo Laboratório de Saúde Pública, 150 amostras. Na Urgência Especial do Centro Hospitalar Conde de São Januário, foram submetidos a exames treze (13) casos suspeitos, dos quais doze (12) foram afastados, e um (1) casos cujos resultados dos testes ainda estão pendentes.
Sobre a eventual necessidade de alguns residentes terem necessidade de se deslocar a Hong Kong para o tratamento médico o Centro de Coordenação afirmou que apesar de existir um respeito pela liberdade de opção dos residentes na escolha de tratamento médico, ao mesmo tempo, também devem ser respeitadas e tidas em conta as políticas antiepidémicas das diversas regiões, equilibrar o trabalho antiepidémico geral da sociedade e as necessidades médicas pessoais. As pessoas devem considerar, sempre que possível, a possibilidade de usar os serviços médicos locais. Os Serviços de Saúde darão todo o apoio necessário para encontrar a melhor solução e resolver, de mútuo acordo, os problemas médicos que possam surgir durante o período do combate à epidemia: Se existirem eventuais problemas podem ser efetuados contactos com as linhas abertas do Centro de Coordenação de Contingência.
O Médico-Adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Lo Iek Long afirmou que no início do combate à epidemia, para garantir a segurança dos doentes e dos outros utentes, os Serviços de Saúde avaliaram a necessidade dos serviços médicos no exterior e elaboraram as alternativas possíveis. O Centro Hospitalar Conde de São Januário irá acompanhar a situação clínica de cada caso e elaborar tratamento adequado. Em circunstâncias muito específicas como, por exemplo uma ameaça da vida do doente e caso o sistema médico de Macau não consiga prestar o apoio necessário, o Governo da RAEM irá negociar com o Governo das regiões vizinhas, no sentido de resolver a questão médica das pessoas que estejam em risco.
Os doentes que decidam viajar Hong Kong e Macau para tratamento médico, têm de ter em consideração que, actualmente, necessitam de ficar em quarentena, duas vezes, num total de 28 dias.
No que diz respeito à situação de estágio dos estudantes de medicina e enfermagem. Segundo os dados existentes, a partir do dia 7 de Abril, os finalistas da técnica farmacêutica e da enfermagem, e os formandos do Curso de Prática Avançada de Medicina Clínica deslocar-se-ão às instituições médicas dos Serviços de Saúde para realização de um estágio, por outro lado, as instituições educativas e de formação irão equilibrar o risco e o andamento de aprendizagem.
O Dr. Lo Iek Long frisou que, os Serviços de Saúde, como estabelecimento de estágio, não irá colocar em contacto os estagiários com doentes confirmados ou suspeitos, no entanto, todos os profissionais de saúde, independentemente de existir epidemia ou não, sabem que o trabalho clínico acarreta riscos, como, por exemplo, contacto com doentes de diversas doenças infecciosas no trabalho, infecção por hepatite devido a feridas de acupuntura ou a infecção da tuberculose por cuidar os pacientes com pneumonia, etc. Por isso, uma das tarefas mais importante é ter formação na área da protecção individual protecção de modo a reduzir o risco de ocorrência de diversos acidentes e infecção de doenças transmissíveis no trabalho.
A Coordenadora do Núcleo de prevenção e doenças infeciosas e vigilância da doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, Dr.ª Leong Iek Hou, informou que, no dia 5 de Abril, mais 131 indivíduos foram submetidos à observação médica, dos quais 92 são residentes de Macau e 39 não residentes de Macau. Até ao dia 5 de Abril, foram enviados no total para a observação médica 3.879 indivíduos. Em observação médica estão ainda 1.498 indivíduos, dos quais 1.491 em observação médica em hotéis designados e 7 em observação médica na instalação dos Serviços de Saúde.
A Dr.ª Leong Iek Hou também divulgou que recebeu uma notificação do Departamento de Saúde de Hong Kong, domingo, ao final da tarde, do diagnostico de um novo caso confirmado em Hong Kong (884 ° caso) que teve contacto com a doente de 40 anos (635 °) que foi confirmada no dia 29 de Março. Entre 22 e 27 de Março, ambos visitaram Macau juntos. Os dois estiveram juntos durante as atividades em Macau e o itinerário foi mesmo, as 9 pessoas que haviam contactado durante o período, incluindo uma (1) pessoa que mora junto e oito (8) pessoas tomaram refeição juntas ou estiveram reunidas foram classificadas como pessoas de contactos próximos e estão em observação médica no Centro de Isolamento Médico Provisório do Complexo das Ilhas. Entre eles, o indivíduo que teve contacto com o paciente em 22 de Março, após dois testes de ácido nucleico, foi negativo, e concluíu o isolamento a 5 de Abril. Quanto aos cinco indivíduos que tiveram contacto com o paciente em 24 de Março, após entre dois e três testes e resultados foram negativos. O isolamento é concluído, terça-feira; os outros três indivíduos concluem o isolamento a 8 e a 10 de Abril, respectivamente, o pessoal médico providenciará os testes correspondentes. Se o resultado for negativo, o isolamento também será concluído.
Para aqueles que realizaram observações médicas e disseram que ainda não podem concluir o isolamento após completar o período de 14 dias de isolamento, a Dr.ª Leong Iek Hou esclareceu que o tempo para observação médica é calculado em unidades de 24 horas, por exemplo, o indivíduo sujeito ao isolamento chegou a Macau às 19 horas e começou a realizar o isolamento, somente às 19 horas após 14 dias é que pode concluir o isolamento; Se o isolamento for concluído à uma hora de madrugada, a sua conclusão pode ser necessário adiar para a manhã do dia seguinte. Em alguns casos individuais, por exemplo, como a pessoa de isolamento se recusou a apresentação da amostra, ou mudou de casa para o hotel para isolamento, ou o tempo para o teste da amostra é adiado, também pode ser adiado o tempo de isolamento. Os indivíduos em isolamento apresentam amostras conforme exigido pelas autoridades competentes, eles poderiam sair após concluir o período de isolamento.
Em relação ao 43º caso confirmado a existência de ocultação quanto à declaração de saúde, ela apontou que após investigação e verificação, a paciente chegou a Macau em 30 de Março e o último contacto com a irmã mais velha do marido (foi confirmada com pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus) foi no dia 13 de Março. Portanto, quando ela fez a declaração de saúde, ela realmente não entrou contacto com o doente confirmado nos 14 dias anteriores à chegada a Macau e não houve ocultação intencional.
A Coordenadora do Núcleo de prevenção e doenças infeciosas e vigilância da doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, Dr.ª Leong Iek Hou salientou aos interessados que a actual política de prevenção de epidemias do Governo da RAEM, tem restrições à entrada de trabalhadores não residentes, mas não há restrições para a sua saída de Macau, estes são livres para regressar ao seu país ou voltar para o Interior da China, podem escolher a maneira e o método apropriados de saída.
A Chefe do Departamento dos Serviços de Turismo, Dr.ª Inês Chan, deu informações sobre o número de pessoas em observação médica nos hotéis designados pelo Governo, bem como a organização do regresso de residentes de Macau do exterior ao Território, entre outros assuntos.
O Chefe da Divisão de Ligação entre Polícia e Comunidade e Relações Públicas, Lei Tak Fai, explicou os encaminhamentos dos visitantes provenientes de áreas de alta incidência para os postos de exame médico temporários, a situação da cidade e a situação das entradas e saídas de Macau.
Estiveram presentes na conferência de imprensa o Médico-Adjunto da Direcção do CHCSJ, Dr. Lo Iek Long, a Chefe do Departamento de Licenciamento e Inspecção da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Inês Chan, O Chefe da Divisão de Ligação entre Polícia e Comunidade e Relações Públicas, Lei Tak Fai e a Coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, Dr.ª Leong Iek Hou.