A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu que, na última semana de Abril, seria anualmente assinalada a Semana Internacional de Vacinação, de modo a prevenir doenças e proteger todos os indivíduos, promovendo a protecção da saúde, bem como encorajar os governos, um pouco por todo o mundo, a prestar melhores serviços de vacinação à população, reduzindo as diferenças de imunidade que existem internacionalmente.
No corrente ano, sob o tema da campanha da Organização Mundial da Saúde: "Vacinas resultam para todos" na Região do Pacífico Ocidental onde Macau se insere, dá-se ênfase a que a vacinação pode proteger efectivamente todas as pessoas contra doenças preveníveis e, por conseguinte, produz benefícios para toda a comunidade. Durante a epidemia da pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus, a Organização Mundial da Saúde realçou que os serviços de vacinação devem ser mantidos ou retomados, o mais rápido possível, em condições apropriadas, uma vez que se os mesmos forem interrompidos por um longo período de tempo, pode aumentar o número de grupos específicos de pessoas susceptíveis e aumentar o risco de surtos de doenças, resultando na sobrecarga do sistema médico e de saúde durante o período antiepidémico. Com essa finalidade, o Governo da RAEM garantirá a manutenção dos serviços de vacinação para diferentes grupos de pessoas aquando do combate à epidemia.
O Programa de Vacinação da Região Administrativa Especial de Macau está ao nível dos países mais avançados. Quando estes serviços são comparados com as regiões vizinhas, verifica-se que os tipos de vacina existentes em Macau são em maior número além de que a cobertura, a título gratuito, é também mais abrangente. Actualmente, o programa de vacinação de Macau inclui 13 tipos de vacina. Entre as quais se encontram as vacinas mais comuns fornecidas por diversos países/regiões, nomeadamente as vacinas contra a tuberculose, para hepatite B, a tosse convulsa, tétano, difteria, poliomielite, sarampo, rubéola, papeira e outras doenças contra Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae bacilos (que causa meningite infantil), varicela e a vacinação contra o cancro do cólo do útero. Além disso, também foram administradas as vacinas contra a tosse convulsa destinada a mulheres grávidas e alunos do 6.º ano do ensino primário, com vista ao reforço da protecção.
A vacinação, de forma gratuita, é fornecida pelos Serviços de Saúde aos grupos de alto risco, no sentido de reduzir o risco de doenças graves e de morte aquando de um surto de epidemia.
Com o intuito de facilitar a vacinação de residentes, os Serviços de Saúde promovem o trabalho de vacinação em Macau, além de prestação de serviços gratuitos de vacinação em todos os centros de saúde e postos de saúde, no Posto de Vacinação do Hospital Kiang Wu. Todos os anos também são feitas acções de vacinação nas escolas e nas grandes empresas.
Estas medidas têm permitido que a RAEM mantenha uma taxa de imunidade muito elevada o que tem permitido alcançar resultados muito positivos e significativos.
Em 2000, a RAEM obteve a certificação da erradicação da poliomielite emitida pela Organização Mundial de Saúde; em 2008, foi um dos dois primeiros países/regiões a receber a acreditação de controlo da hepatite B em crianças. Em 2014, tornou-se num dos primeiros países e regiões da Região do Pacífico Ocidental a eliminar o sarampo. E em 2018, Macau passou a ser uma dos primeiros cinco países e regiões da Região do Pacífico Ocidental a ter acreditação para eliminação da Rubéola.
Contudo e de tempos a tempos surgem afirmações falsas sobre a segurança da vacina da gripe. Estas afirmações distorcem a realidade e tentam confundir a sociedade levando à percepção errada de alguns pais. Os Serviços de Saúde sublinham que têm cumprido, de forma científica e rigorosa, a aquisição de vacina, verificando que ela corresponde aos padrões rígidos promovidos pela Organização Mundial de Saúde, Administração de Alimentação e Medicamentos dos Estados Unidos da América ou Administração de Medicamentos da União Europeia. Os serviços de Saúde possuem também um mecanismo de vigilância e acompanhamento para reacções adversas após vacinação, através da notificação dos profissionais de saúde. Os efeitos secundários da vacina da gripe são ligeiros, transitórios e comuns, incluem febre, vermelhidão, inchaço e dor no local da injecção. Em caso de alergia (cuja taxa extremamente baixa: 1/1.000.000), os casos podem ser tratados pelos profissionais de saúde através de medidas próprias. Não administrar uma vacina pode ter mais consequências para a saúde do que a probabilidade de alguma situação grave decorrente dos efeitos secundários da vacina. Por exemplo, a vacinação contra a gripe pode diminuir efectivamente o risco de gripe grave e morte de idosos, crianças, grávidas e pacientes com doenças crónicas, apesar do inchaço ligeiro e cansaço após a vacinação.
A vacinação é o meio mais eficaz para a prevenção e controlo de doenças infeciosas. Os Serviços de Saúde continuarão a fornecer vacinas seguras e confiáveis, apelando a todos os pais que devem vacinar os seus filhos de acordo com o programa de vacinação estabelecido, conforme a idade, de modo a proteger a saúde de todos.
Ao mesmo tempo, os Serviços de Saúde têm acompanhado estreitamente informações sobre as vacinas contra a pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus, tendo conhecimento que algumas empresas farmacêuticas já realizaram a pesquisa e o desenvolvimento das vacinas relevantes. Algumas delas entrarão na fase de testes clínicos e os Serviços de Saúde continuarão a acompanhar de perto os novos desenvolvimentos sobre este assunto.