No dia 6 do corrente mês de Maio, através da “Rede de Comunicação com as Escolas”, a PJ recebeu informações de uma escola do ensino secundário na Zona do Norte, indicando que desde o reinício das aulas no dia 4 de Maio, 38 alunas tinham pedido ajuda. As mesmas queixaram-se que durante esses dias, após a saída da escola à hora de almoço, ao passarem nas zonas periféricas da escola tinham encontrado um indivíduo que se aproximava delas, constrangendo-as com contacto físico de natureza sexual, como tocar nas mãos, pernas e traseiro das alunas.
A PJ está muito atenta sobre o assunto e, de imediato ordenou aos elementos do Núcleo de Acompanhamento de Menores que se deslocassem à respectiva escola para investigação do caso e descobrirem o autor do crime. Das diligências efectuadas, a PJ conseguiu interceptar na zona periférica da escola, à hora de almoço do dia 7 de Maio, um suspeito de meia idade que foi levado para as instalações da PJ para efeitos de melhor apuramento dos factos.
O indivíduo suspeito de apelido Lok, é residente de Macau, de 39 anos de idade, e sem emprego. Após o interrogatório o suspeito negou ter cometido o crime mas, através dos sistemas de videovigilância da escola e dos centros comerciais da periferia da escola, verificou-se que o indivíduo, durante esses dias, tinha passado várias vezes naquele local e no período de tempo mencionado, com o propósito de tocar com as mãos, nas pernas e nos traseiros de várias alunas que aí estavam aglomeradas e em filas. Estas, no processo de identificação do suspeito, identificaram o suspeito como sendo o autor do crime.
Dentro dessas 38 ofendidas 7, com idade entre 15 e 18 anos, declararam desejar que fosse efectivada a responsabilidade do autor do crime. A PJ encaminhou o suspeito ao Ministério Público sob acusação de importunação sexual e, em simultâneo continua a investigar os restantes pedidos de ajuda das alunas.
O desmantelamento do caso contou com a coragem das alunas para fazerem a denúncia à escola; esta imediatamente contactou a PJ através da “Rede de Comunicação com as Escolas” e informou a situação em causa, para que a PJ pudesse intervir e actuar prontamente.
Desde sempre, a PJ está muito atenta aos crimes de abuso sobre os jovens e não vai ficar de braços cruzados no combate. No que diz respeito à prevenção de delinquência juvenil, a PJ tem continuamente realizado palestras temáticas de “Prevenção de abuso sexual e os meios para pedir ajuda”, elevando a consciência de autoprotecção dos jovens.
A PJ apela aos jovens para que permaneçam calmos quando se depararem com incidentes de abuso sexual e para revelarem a situação não permanecendo calados. Caso encontrarem alguém que se aproxime e que os queira tocar fisicamente, tentando cometer actos obscenos ou mesmo pretendendo abusar sexualmente, devem ser tais actos claramente rejeitados de imediato. Os jovens devem tentar encontrar maneira de abandonar o local e pedir ajuda de imediato aos pais, professores, assistentes sociais da escola ou à polícia. Caso necessário, a escola pode entrar em contacto com o Núcleo de Acompanhamento de Menores da PJ através da “Rede de Comunicação com as Escolas”.