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Estimativas do produto interno bruto (PIB) referentes ao 1º trimestre de 2020


No primeiro trimestre de 2020 o Produto Interno Bruto (PIB) registou uma contracção anual de 48,7%, em termos reais. As actividades económicas a nível mundial diminuíram substancialmente devido ao impacto gerado pela epidemia da pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus. Embora não tenha ocorrido qualquer contágio a nível comunitário em Macau, a economia do Território, em que predominam as exportações de serviços, sofreu um grave impacto da queda drástica da procura global. Quanto à procura externa, as exportações de serviços desceram 60,0% em termos anuais, com destaque para as quedas de 61,5% nas exportações de serviços do jogo e de 63,9% nas exportações de outros serviços turísticos. As exportações de bens diminuíram 23,5%. Agravou-se a amplitude descendente da procura interna, com uma queda anual de 17,5%, arrastada principalmente pelas diminuições do investimento em activos fixos e da despesa de consumo privado, não obstante o aumento de 5,0% da despesa de consumo final do governo. Quer as importações de bens, quer as de serviços desceram 30,8% e 30,3%, respectivamente, informam os Serviços de Estatística e Censos.

No trimestre em análise o deflactor implícito do PIB, que mede a variação global de preços, registou um crescimento anual de 2,0%.

A despesa de consumo privado diminuiu no período de combate da epidemia, destacando-se as reduções no consumo fora de casa, assim como nas viagens ao exterior efectuadas pelos residentes. Juntamente com as incertezas das perspectivas económicas, no trimestre de referência a despesa de consumo privado sofreu uma queda de 15,2% em termos anuais. As despesas de consumo final das famílias, realizadas no mercado local e no exterior, diminuíram 11,9% e 44,3%, respectivamente.

Em resposta à epidemia da pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus, o governo da RAEM adquiriu mais equipamentos de protecção e materiais médicos, alugando hotéis para servirem de instalações de isolamento preventivo e lançando medidas de assistência financeira, incrementando assim a amplitude ascendente da despesa de consumo final do governo, passando de 1,9% no trimestre anterior para 5,0% no trimestre em análise. Salientam-se os aumentos homólogos de 10,3% nas compras líquidas de bens e serviços e de 1,7% nas remunerações dos empregados.

Agravou-se a amplitude descendente do investimento em activos fixos, com um decréscimo anual de 37,2%, realçando-se as descidas de 37,0% no investimento em construção e de 37,8% no investimento em equipamento. Por seu turno, o investimento em obras públicas registou uma subida anual de 47,8%, visto que o governo aumentou o investimento em infraestruturas, tendo porém descido 30,4% o investimento em equipamento. Quanto ao sector privado, os investimentos em construção e em equipamento diminuíram 45,3% e 38,1%, respectivamente, devido à conclusão sucessiva das obras dos grandes empreendimentos, assim como ao reduzido número de projectos iniciados recentemente, situação ainda agravada pelo atraso nas obras de construção e pelo decréscimo do número de transacções imobiliárias, dado o impacto da epidemia.

A procura global baixou e o comércio de mercadorias apresentou um comportamento desfavorável. As importações de bens caíram 30,8% em termos anuais, em virtude das diminuições registadas na despesa de consumo privado, no investimento e nas despesas dos visitantes. Entretanto, a descida de 23,5% nas exportações de bens reflectia o abrandamento da procura externa.

Sob a influência das medidas de controlo de viagens adoptadas por diversos países/territórios, os visitantes chegados a Macau diminuíram progressivamente desde o Ano Novo Chinês. No primeiro trimestre as entradas de vistantes desceram 68,9%, em termos anuais, pelo que caíram 61,5% as exportações de serviços do jogo e 63,9% as exportações de outros serviços turísticos. Diminuíram ainda 30,3% as importações de serviços, devido à redução das viagens dos residentes, bem como ao abrandamento de outras actividades económicas.



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