O Médico-Adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ), Dr. Lo Iek Long fez nota, hoje (6 de Julho), na conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus que até ao dia 5 de Julho não é registada qualquer transmissão na comunidade de COVID-19 há noventa e nove (99) dias e há dez (10) dias consecutivos que não é diagnosticado nenhum caso importado.
Macau tem um total de quarenta e seis (46) casos diagnosticados, dos quais, quarenta e quatro (44) são casos importados e só dois (2) são casos relativos a casos importados. Quarenta e cinco (45) casos já tiveram alta. Não há registo de qualquer infecção entre os profissionais de saúde nem casos mortais. Actualmente, na enfermaria de isolamento do CHCSJ, encontra-se apenas um paciente em tratamento médico em condição clínica considerada estável. Todos os doentes recuperados concluíram as medidas de isolamento de convalescença. Neste momento, não há nenhum contacto próximo em observação médica. Entre 3 e 5 de Julho, foram realizados 13.691 testes de ácido nucleico do novo tipo de coronavírus em Macau.
No que diz respeito à expansão das actividades dos residentes de Macau isentos de observação médica por 14 dias que entrem em Zhuhai, para a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau a partir de hoje, o médico adjunto Dr. Lo Iek Long referiu que as medidas de isenção de isolamento para os residentes de Macau já há algum tempo que estão a ser aplicadas e que a partir de segunda-feira o âmbito de actividades é ampliado a nove cidades da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. No entanto, de acordo com as informações actuais sobre a entrada e saída entre Macau e Zhuhai, é difícil definir quantas pessoas estão a deslocar-se às cidades de Zhongshan, Cantão (Guangzhou), ou outras.
Dr. Lo Iek Long referiu que a aplicação inicial das medidas foi muito activa, mas o número de requerentes diminuiu após alguns dias.
Com a implementação das novas medidas ontem, o número de requerentes também aumentou novamente; mas o médico adjunto do CHCSJ enfatizou que Macau e a província de Cantão (Guangdong) mantêm laços estreitos e continuarão a estabelecer acordos, melhorando constantemente o número de quotas e o âmbito de actividades. Por esse motivo, é apela-se aos cidadãos que não fiquem ansiosos e façam o pedido de isenção de acordo com as suas próprias necessidades.
O Dr. Lo Iek Long também explicou que a isenção de isolamento ao entrar em Zhuhai é válida por 7 dias, o que significa que o público pode deslocar-se entre Zhuhai e Macau várias vezes durante o período de validade, e a medida de isenção da observação médica por 14 dias significa que o público pode viajar entre as 9 cidades da Grande Baía, sendo que se os cidadãos que permanecerem dentro do âmbito da actividade dentro de 14 dias, poderão viajar para outras cidades fora da província após este prazo.
Quanto ao caso registado nas Filipinas com uma cidadã daquele país que vários dias após ter saído de Macau diagnosticou positivo o Dr. Lo Iek Long referiu que actualmente há mais de 44.000 casos diagnosticados nas Filipinas, com um aumento de mais de 2.000 casos num único dia, pelo que a situação epidémica é relativamente grave.
Do ponto de vista de doenças transmissíveis, há pouco casos isolados ocorridos na comunidade e sem ocorrência da transmissão comunitária. Além de que o período de incubação da COVID-19 de um modo geral é de 2 a 7 dias, daí que se considere que a possibilidade de infecção desta mulher nas Filipinas é extremamente alta. As autoridades entrarão em contacto com a paciente para analisar o seu percurso das actividades em Macau e investigação epidemiológica, do modo a assegurar mais um nível de protecção.
Por seu turno a Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou salientou que até ao momento, o Governo da RAEM não recebeu nenhuma notificação da Organização Mundial de Saúde ou das autoridades filipinas. Aliás, as autoridades de Macau ao terem tomado conhecimento da situação contactaram imediatamente as autoridades de saúde das Filipinas para compreender a situação e tiveram conhecimento que a paciente foi diagnosticada numa cidade do sul das Filipinas.
No dia 18 de Junho, a grávida filipina viajou de Macau para Manila, Filipinas, e ficou alojada num hotel, situado em Manila (não há certeza se esteve sujeita ao isolamento ou não); no dia 22 de Junho, após a chegada a Davao, Filipinas por avião, ficou em quarentena; no dia 29 de Junho, foi realizado o teste e o resultado foi conhecido no dia 2 de Julho.
De acordo com o trajecto, linha temporal da paciente e o facto de serem registados vários casos importados das Filipinas em Hong Kong e Macau, respectivamente, bem como a actual epidemia nas Filipinas não é leve, daí é possível que a infeccção da paciente tenha ocorrido nas Filipinas. Contudo, de modo a que haja maior controlo, os Serviços de Saúde estão contacto de forma dinâmica com as autoridades filipinas, na esperança de obter todos os percursos e os contactos da paciente em Macau, antes da partida de Macau, acompanhar o estado de saúde e se necessário organizar testes para as pessoas relevantes.
Em termos de observação médica realizada em Macau, a Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou, disse que entre 3 e 5 de Julho, houve um total de 309 indivíduos. No total, foram enviados para a observação médica 7.186 indivíduos. Há, ainda, 1.438 indivíduos em observação médica, dos quais 1.436 indivíduos num hotel designado, dois (2) indivíduos em embarcação.
A Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo Lau Fong Chi relatou o número de pessoas em observação médica em hotéis designados, o número total de pessoas inscritas que regressaram ao Terminal Marítimo Pac On do Aeroporto Internacional de Hong Kong e o número total de bilhetes de barco vendidos do Terminal Marítimo Pac On para o Aeroporto Internacional de Hong Kong. O chefe da Divisão de Ligação entre Polícia e Comunidade e Relações Públicas, Lei Tak Fai relatou a actual situação da cidade e a situação de entradas e saídas de Macau. Eles também deram as respostas aos jornalistas.
Estiveram presentes na conferência de imprensa o Médico-Adjunto da Direcção do CHCSJ, Dr. Lo Iek Long, o chefe da Divisão de Ligação entre Polícia e Comunidade e Relações Públicas do CPSP, Lei Tak Fai, a Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lau Fong Chi, e a Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, Dr.ª Leong Iek Hou.