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Combate às actividades comerciais paralelas salvaguarda prevenção e controlo da epidemia


O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, afirmou, hoje (6 de Agosto), que apesar da situação epidémica em Macau ser estável, a população não deve baixar a guarda, pois a prevenção e o controlo da epidemia continuam a ser uma meta prioritária de trabalho do Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), apelando aos residentes para não praticarem actividades comerciais paralelas, por forma a não sobrecarregar os trabalhos de prevenção epidémica.

Esta manhã, após a reunião de uma comissão permanente da Assembleia Legislativa, o secretário falou à comunicação social e referiu que, desde o início da situação epidemiológica, os Serviços de Alfândega e o seu homólogo do Interior da China têm reforçado, constantemente, a cooperação, no intuito de impedir as actividades comerciais paralelas, de modo a minimizar o risco de transmissão da doença causado, eventualmente, pelas passagens alfandegárias. Entretanto, quanto aos sinais de aumento verificados, ultimamente, nessas actividades, indicou que os serviços alfândegários de Macau e de Zhuhai estão a par da situação e, portanto, vão colaborar em pleno para tomar as devidas medidas de combate. O secretário apelou ainda aos comerciantes que efectuam a venda paralela através da fronteira para não tentarem infringir o regime que regula a exportação de produtos, fazendo votos para que todos, em conjunto, se empenhem na prevenção e controlo da epidemia.

Por sua vez o director geral dos Serviços de Alfândega, Vong Man Chong, disse que as autoridades têm estado sempre muito atentos às actividades comerciais paralelas, contudo o seu combate revela alguma dificuldade. Explicou que embora os produtos transportados correspondam, basicamente, aos requisitos permitidos pela legislação local, o mesmo já não se verifica do ponto de vista das autoridades do Interior da China que consideram haver sinais de infracção. Face a estas actividades paralelas, os Serviços de Alfândega de Macau e o seu homólogo de Gongbei, bem como as autoridades de segurança pública do Interior da China, realizam, frequentemente, operações conjuntas de combate. Recordou que ontem (5 de Agosto) anunciaram a resolução de um caso em que um empregador residente de Hong Kong recrutou vários trabalhadores não residentes de Macau para transportar objectos para o Interior da China, e acrescentou que foi o maior caso de sucesso no combate a este tipo de crime nos últimos tempos.

Por outro lado, as 800 câmaras da quarta fase do sistema de videovigilância, vulgo conhecido por “olhos do céu”, entraram em funcionamento a partir de hoje. Wong Sio Chak referiu que quanto às 300 câmaras da quinta fase e às 680 da sexta fase, as autoridades irão elaborar planos aprofundados, no próximo ano, prevendo que sejam executados em 2022. O secretário adiantou que os “olhos do céu” ajudam os polícias na investigação de crimes como roubo, furto, burla e mesmo até de homicídios, bem como crimes de apropriação ilegítima em caso de acessão ou de coisa achada.

Por sua vez, o comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários (SPU), Leong Man Cheong, referiu que para a quinta e a sexta fases serão escolhidos locais onde agora ainda não estão instalados qualquer equipamento de videovigilância, tais como Novas Zonas A e C, bem como adicionar câmaras nos postos fronteiriços e em outras zonas. Explicou que a quinta fase inclui também o aperfeiçoamento e a colocação de novas câmaras nos postes de “olhos do céu” existentes, no sentido de complementar as insuficiências no funcionamento actual do sistema. Quanto ao sistema de reconhecimento facial sob o modo “background” do sistema “olhos do céu”, revelou que o SPU está a efectuar testes ao sistema, tendo sido escolhidos, de entre as câmaras das primeiras quatro fases, 50 aparelhos adequados para identificação de chapas de matrícula e outros 50 para reconhecimento facial, transformando as imagens recolhidas em dados para efectuar uma busca rápida no “background” de alvos suspeitos. Esta técnica poupa imenso o tempo que os polícias utilizam com os olhos humanos na consulta das imagens recolhidas. Concluiu afirmando que o SPU irá divulgar o relatório, o mais rápido possível, após terminar os testes ao sistema.

Ao ser questionado sobre o ponto de situação da recuperação do funcionamento normal de passagens alfandegárias entre Macau e o Interior da China, Wong Sio Chak sublinhou que o Governo da RAEM é responsável pela coordenação das pastas de tutela de cada secretário e tem mantido uma comunicação estreita com as autoridades competentes do Interior da China, cujos trabalhos têm decorrido de forma positiva. Reiterou que os princípios de debate entre Macau e o Governo Central e o Interior da China são a recuperação gradual das antigas medidas de passagem alfandegária, contudo a premissa será sempre a prevenção epidémica. Revelou que actualmente o Governo Central está a coordenar as várias províncias para, o mais rápido possível, reforçar o estudo e ponderar o programa de recuperação das passagens alfandegárias com Macau. Terminou afirmando que o ponto de situação mais actualizado será divulgado pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, mas espera haver boas notícias.

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