Os Serviços de Estatística e Censos divulgam os resultados referentes ao segundo trimestre de 2020 do Inquérito às Necessidades de Mão-de-Obra e às Remunerações do Sector das Lotarias e Outros Jogos de Aposta. O âmbito do inquérito exclui os promotores e colaboradores de jogos.
No fim do segundo trimestre de 2020 o sector das lotarias e outros jogos de aposta tinha 57.459 trabalhadores a tempo completo (-381, em termos anuais), dos quais 25.344 eram “croupiers”, tendo-se registado variações de +131, em termos anuais e -115, face ao fim do quarto trimestre de 2019.
Em Junho de 2020 a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) dos trabalhadores a tempo completo no sector das lotarias e outros jogos de aposta cifrou-se em 23.200 Patacas, menos 5,5%, em termos anuais. Salienta-se que a remuneração média dos “croupiers” se situou em 19.270 Patacas, menos 7,6%.
No fim do trimestre em análise existiam apenas 25 postos vagos no sector das lotarias e outros jogos de aposta, correspondendo a uma descida homóloga significativa de 879, como consequência da epidemia da pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus.
Em relação aos requisitos de recrutamento, 68,0% das vagas requeriam experiência profissional, 76,0% exigiam habilitações académicas do ensino superior e 88,0% requeriam tanto o domínio do mandarim como o do inglês.
Durante o segundo trimestre de 2020 foram recrutados somente 129 trabalhadores, tendo-se observado uma queda acentuada de 93,4%, em relação ao mesmo trimestre de 2019 (1.942 trabalhadores). A taxa de recrutamento de trabalhadores (0,2%) e a taxa de rotatividade de trabalhadores (0,6%) baixaram 3,2 e 1,7 pontos percentuais, respectivamente, em termos anuais e a taxa de vagas desceu para um nível próximo de zero. Estes indicadores reflectem uma redução substancial da procura de mão-de-obra no sector das lotarias e outros jogos de aposta.
Quanto à formação profissional, no sector das lotarias e outros jogos de aposta 299.921 participantes frequentaram cursos de formação profissional fornecidos pelas empresas do jogo (nomeadamente, cursos organizados pelas empresas ou realizados em conjunto com outras instituições, ou subsidiados pelas empresas), correspondendo a um aumento significativo de 180,4%, em termos anuais. Realça-se que a maioria dos formandos participou nos cursos de “comércio e gestão” (45,8%), seguindo-se os formandos dos cursos de “lotarias e entretenimento” (23,4%). A maior parte dos cursos de formação profissional foi organizada pelas empresas do jogo e o número de participantes nestes cursos representou 99,9% do total.