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Resultados do inquérito às necessidades de mão-de-obra e às remunerações referentes ao 2º trimestre de 2020


A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) disponibiliza os resultados do Inquérito às Necessidades de Mão-de-Obra e às Remunerações referentes ao segundo trimestre de 2020, efectuado junto dos estabelecimentos do “comércio por grosso e a retalho”, dos “transportes, armazenagem e comunicações”, das “actividades de segurança” e das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos”. Excluíram-se do objecto estatístico deste inquérito os trabalhadores por conta própria.

No fim do segundo trimestre de 2020 encontravam-se ao serviço 64.628 trabalhadores no “comércio por grosso e a retalho”, mais 1,8%, face ao fim do trimestre homólogo de 2019, realçando-se que 40.189 trabalhavam no “comércio a retalho”, menos 2,2%. Em Junho de 2020 a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) dos trabalhadores a tempo completo do “comércio por grosso e a retalho” cifrou-se em 12.290 Patacas, correspondendo a um decréscimo de 11,8%, em termos anuais.

Os “transportes, armazenagem e comunicações” tinham ao seu serviço 13.265 trabalhadores, ou seja, menos 5,7%, em termos anuais. Em Junho de 2020 a remuneração média dos trabalhadores a tempo completo fixou-se em 20.030 Patacas, tendo descido 11,5%, em termos anuais.

Nas “actividades de segurança” existiam 13.530 trabalhadores ao serviço, tendo-se registado uma subida de 9,7%, em termos anuais. A remuneração média dos trabalhadores a tempo completo em Junho de 2020 foi de 12.420 Patacas, menos 4,8%, em termos anuais.

As “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” empregavam 926 trabalhadores, ou seja, mais 2,4%, em termos anuais. Os trabalhadores a tempo completo tiveram uma remuneração média de 18.450 Patacas em Junho de 2020, equivalendo a uma descida de 1,7%, em termos anuais.

Havia 1.513 postos vagos no “comércio a retalho” e 1.030 nas “actividades de segurança”, tendo caído significativamente 1.525 e 226, respectivamente, em termos anuais. Contudo, o número de postos vagos nos “transportes, armazenagem e comunicações” (678) aumentou 15.

Em relação aos requisitos de recrutamento, apenas o nível académico inferior ou equivalente ao ensino secundário geral era exigido na maioria das vagas das “actividades de segurança” (91,8%) e do “comércio por grosso e a retalho” (43,4%). O ensino superior era requerido em 34,7% das vagas dos “transportes, armazenagem e comunicações”. Quanto aos conhecimentos linguísticos, o domínio do mandarim e o do inglês eram exigidos em 83,9% e 62,0% dos postos vagos do “comércio a retalho”, respectivamente. Os domínios destes idiomas eram exigidos em 55,3% e 43,2% dos postos vagos das “actividades de segurança”, respectivamente.

No “comércio a retalho” a taxa de vagas (4,3%) e a taxa de recrutamento de empregados (3,4%) caíram 4,0 e 4,3 pontos percentuais, respectivamente, face ao segundo trimestre de 2019, reflectindo um declínio da procura de mão-de-obra neste ramo de actividade económica. Nos “transportes, armazenagem e comunicações” a taxa de rotatividade de empregados (7,0%) cresceu 3,2 pontos percentuais, em termos anuais, a taxa de recrutamento de empregados (3,1%) desceu 2,2 pontos percentuais e a taxa de vagas (5,1%) foi idêntica à do segundo trimestre do ano anterior, indicando que as vagas deste ramo de actividade económica ainda não foram preenchidas.

Quanto à formação profissional, nos ramos de actividade económica inquiridos no trimestre em análise, 30.626 participantes frequentaram 935 cursos de formação fornecidos pelos estabelecimentos (isto é, cursos organizados pelos estabelecimentos ou realizados em conjunto com outras instituições, ou subsidiados pelos estabelecimentos). Destaca-se que 52,6% dos estabelecimentos das “actividades de segurança” e 50,0% dos estabelecimentos das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” forneceram formação profissional aos seus trabalhadores. O número de formandos das “actividades de segurança” foi o mais elevado, isto é, 15.081, os quais assistiram a 126 cursos de formação profissional. Analisando por tipo de curso, observou-se que no ramo das “actividades de segurança” os cursos de “comércio e gestão” tiveram o maior número de formandos (65,6%), seguindo-se os formandos dos cursos de “técnicas de apresentação e comunicação” (18,1%). No que concerne ao pagamento dos cursos, os encargos de mais de 70% dos formandos dos ramos de actividade económica inquiridos foram pagos pelos estabelecimentos, com excepção do ramo das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos”.