O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, disse, hoje (15 de Setembro), que o governo propõe a suspensão do projecto de aterro da Zona D, passando a construir uma zona entre a Zona A dos novos aterros urbanos e a península de Macau, esperando, através desta ideia, relocalizar recursos, no âmbito dos aterros, com o objectivo de criar espaços verdes para as 96.700 pessoas que irão habitar a Zona A, dotando a população de melhores espaços e ambiente para viver.
O Chefe do Executivo, ao falar com a comunicação social, esta tarde, à margem duma ocasião pública, respondeu a questões sobre o Projecto do Plano Director da Região Administrativa Especial de Macau (2020-2040) (adiante designado por Plano Director). Indicou ser o projecto do primeiro plano director de Macau, que está actualmente na fase de consulta pública, e garantiu que, durante este processo, o governo irá certamente auscultar a opinião da população, a qual servirá de referência para a próxima etapa, que consiste na revisão e decisão sobre o planeamento urbanístico.
O Chefe do Executivo questionou se os aterros das Zonas C e D seriam efectivamente apropriados para Macau e se são planeamentos ideais, especialmente quando estão à vista os actuais resultados do aterro da Zona C. Também disse que a população pode, em conjunto, avaliar a questão racionalmente, uma vez que o governo ainda não tem uma proposta definitiva.
O mesmo responsável explicou que a área da Zona A é de 1,38 Km2, onde está planeada a construção de fracções que alberguem 32 mil agregados familiares, com uma população prevista de 96.700 habitantes, sendo uma área residencial com elevada densidade, e, apesar de ser uma área de grande dimensão, não estão previstos espaços verdes para lazer. Deste modo, tendo em conta a actual situação dos aterros da Zona C, a possibilidade de transferir os recursos de solos da Zona D para um local junto à Zona A merece ponderação. O Chefe do Executivo referiu que o Poder Central fiscaliza rigorosamente o plano de aterros de Macau, não sendo fácil reunir os padrões para apresentação deste tipo de pedido. Assim, acredita que se deve ponderar um melhor aproveitamento dos recursos em termos de aterros, transferindo os padrões da Zona D, por forma a permitir aos habitantes da Zona A usufruir de espaços verdes e, ao mesmo tempo, oferecer um ambiente mais agradável para a vida da população de Macau.
Ao ser questionado sobre o impacto de uma revisão do plano da Zona D dos novos aterros urbanos na oferta de habitação em Macau, o Chefe do Executivo disse que o governo tem calculado a capacidade geral dos terrenos, sendo que existem, para os próximos 20 anos, áreas suficientes para construção de habitação. E acrescentou que actualmente há ainda a Zona E dos novos aterros urbanos, a Avenida Wai Long, entre outros terrenos que poderão ser desenvolvidos.
Sobre o Projecto do Plano Director definir a colina do Alto de Coloane e arredores como zona habitacional, o Chefe do Executivo disse que a directora dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, Chan Pou Ha, já tinha afirmado que esta classificação reflecte o planeamento para aquela zona inteira, e não apenas o sopé da colina. O mesmo responsável garantiu que o governo irá fazer os possíveis para efectuar o planeamento urbanístico de Macau sob a premissa de protecção ambiental.
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