A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) divulga os resultados do “Inquérito à Participação dos Cidadãos em Actividades Culturais”, realizado no segundo trimestre de 2020. O objectivo deste inquérito é recolher as informações, durante um período de seis meses anterior à entrevista, sobre a participação em actividades culturais de indivíduos, com idade igual ou superior a 16 anos, como por exemplo: ir ao cinema; ir à biblioteca; visitar museus ou locais do património mundial; assistir a espectáculos e visitar exposições de arte.
No segundo trimestre deste ano 229.100 indivíduos participaram em actividades culturais, registando-se uma descida significativa de 24,7%, em termos anuais, devido ao facto de alguns espectáculos, exposições e filmes terem sido cancelados ou adiados, aliado ao facto de a intenção dos cidadãos saírem de casa se ter reduzido, como consequência da pandemia da pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus. A taxa de participação (percentagem de participantes em actividades culturais face à população com idade igual ou superior a 16 anos) nas actividades em análise foi de 39,4%, menos 15,0 pontos percentuais em relação ao trimestre homólogo do ano anterior. Realça-se que 196.900 residentes participaram em actividades culturais e a taxa de participação nestas actividades foi de 43,3%, diminuindo 13,7 pontos percentuais, em termos anuais.
Analisando por tipo de actividade cultural, “ir à biblioteca” foi a actividade em que mais residentes participaram, isto é, 108.200 residentes, menos 21,4% em termos anuais. A taxa de participação nesta actividade foi de 23,8%, caindo 6,7 pontos percentuais. Salienta-se que a taxa de participação dos estudantes nesta actividade se fixou em 66,1% (-15,3 pontos percentuais, em termos anuais), sendo de cerca de 2,3 vezes superior à taxa de participação dos que não eram estudantes (20,1%). A diferença entre as duas taxas estreitou-se, passando de 55,1 pontos percentuais no segundo trimestre de 2019, para 46,0 pontos percentuais no trimestre em análise.
O número de residentes que foram ao cinema (96.000) diminuiu notavelmente 42,4%, em relação ao segundo trimestre de 2019 e a taxa de participação nesta actividade (21,1%) caiu 15,8 pontos percentuais, devido à pandemia. Destaca-se que 38.700 residentes assistiram a filmes/vídeos produzidos em Macau, mais 20,0%. Refira-se ainda que 280.300 residentes assistiram a filmes através da internet/discos de vídeo, menos 8,5%, em termos anuais.
Os museus ou locais do património mundial foram visitados por um número de residentes (76.700) que desceu 11,0%, em termos anuais e cada um deles efectuou uma média de 3,1 visitas, esta média baixou ligeiramente 0,1 visitas. Destaca-se que 64.000 residentes (+9,9%, em termos anuais) visitaram os locais do património mundial e que 43.900 foram aos museus (-28,0%). Os motivos alegados pelos residentes para não participarem nestas actividades foram sobretudo sem interesse (54,2% do total) e sem tempo (42,3%).
O número de residentes que assistiram a espectáculos foi de 40.700, desceu consideravelmente 47,9%, em termos anuais. Cada participante assistiu em média a 2,4 espectáculos, a qual subiu tenuemente 0,1, em termos anuais. Realça-se que nos espectáculos musicais ou de dança participaram mais residentes, isto é, 27.100 residentes e que aos teatros foram 22.900 residentes.
Nas exposições de arte estiveram presentes 23.900 residentes, menos 29,7%, em termos anuais. Cada participante visitou em média 2,0 exposições, esta média desceu 0,4, em termos anuais. Salienta-se que 90,2% destes residentes também assistiram a outras actividades culturais e 75,3% participaram em três ou mais tipos de actividades culturais.