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Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador referente ao 2.º Trimestre de 2020


De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) referente ao 2.º trimestre de 2020, a duração média mensal da carteira de encomendas das empresas inquiridas foi de 3,1 meses, sendo superior aos 1,9 meses registados no 1.º trimestre de 2020.

A carteira de encomendas detida pelos sectores de “produtos farmacêuticos”, “vestuário e confecções”, “equipamentos electrónicos/eléctricos”, e por “outros sectores” foi de 5,0, 4,3, 2,7 e 2,1 meses, respectivamente.

No que concerne aos mercados de destino das exportações, segundo o “Índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados”, as empresas inquiridas consideraram, em geral, que a União Europeia foi o mercado de destino com performance relativamente melhor, apresentando um índice de 30%.

No que respeita às perspectivas das exportações para os próximos seis meses, as empresas inquiridas que anteciparam uma perspectiva optimista subiram para 35,3% no trimestre em análise, representando um aumento de 10,3 pontos percentuais face ao 1.º trimestre de 2020 (25%) e uma subida de 9,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado (25,7%). Destas referidas, apenas 0,2% previram um “aumento acentuado” e 35,1% previram um “ligeiro crescimento” nas exportações. As empresas que anteciparam uma evolução menos favorável foram de 64%, descendo 5,9 pontos percentuais em relação ao 1.º trimestre de 2020, mas aumentando 54,2 pontos percentuais relativamente ao mesmo período do ano passado. De entre estas, 23,5% apontaram para um “ligeiro decréscimo” e 40,5% para um “forte declínio”. As empresas que previram uma situação “semelhante” desceram de 5,1% no 1.º trimestre de 2020, para 0,7% no 2.º trimestre de 2020, correspondendo a uma diminuição de 4,4 pontos percentuais. Os empresários industriais locais, em particular, nos sectores de produtos farmacêuticos, de vestuário e confecções e de produtos alimentares, tiveram uma maior confiança quanto às perspectivas de exportações para os próximos seis meses em relação ao trimestre anterior, mas outros acharam que as exportações são difíceis de serem recuperadas num curto prazo. Tudo isto traduz que as empresas consideraram que, face à continuidade da actual epidemia da pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus, é lento o passo da recuperação da economia internacional e as necessidades comerciais são difíceis de voltar a subir num curto prazo.

No tocante ao mercado de emprego, o número de trabalhadores da indústria transformadora para exportação registou uma ligeira redução de 2,6% e 0,2% face ao trimestre anterior e ao período homólogo do ano passado. Por outro lado, 7,6% das empresas inquiridas afirmaram ter enfrentado a situação da insuficiência de trabalhadores, sendo esta percentagem inferior à verificada no trimestre anterior (15,3%) e no período idêntico do ano passado (49,2%). Além disso, 74,2% das empresas inquiridas do sector de “produtos farmacêuticos” manifestaram uma procura relativamente notável de trabalhadores, o que significou que a procura de mão-de-obra neste sector era relativamente forte.

De acordo com os resultados deste Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 30,7% das empresas exportadoras consideraram o “insuficiente volume de encomendas” como o maior problema que estavam a encarar, enquanto 16,7% apontaram para a “insuficiência de trabalhadores” e 13,5% para os “salários elevados”.

Quanto às perspectivas para os próximos três meses, de entre as empresas inquiridas, 65,4% preocupam-se principalmente com o “insuficiente volume de encomendas”, 33% com a “insuficiência de trabalhadores”, 16,8% com os “salários elevados” e 6,9% com os “preços mais competitivos praticados no estrangeiro”.

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