As autoridades de saúde da Coreia do Sul iniciaram uma investigação aprofundada às causas de morte de diversas pessoas, alegadamente relacionadas com a administração da vacina antigripal, de acordo com informações veiculadas pelos órgãos de informação.
A investigação irá verificar se há alguma relação com as vacinas contra a gripe produzidas por várias empresas farmacêuticas coreanas.
As últimas informações fornecidas pelas autoridades coreanas, até às 14: 00 horas do dia 21, registaram-se nove (9) casos mortais ocorridos após a vacinação contra a gripe, oito (8) destes casos foram submetidos a uma investigação epidemiológica e autópsia para determinar a causa da morte. Em seis (6) casos foi excluída da relação com a vacina em outros dois (2) casos há suspeitas de ter ocorrido um choque anafilático, mas é ainda necessário aguardar os resultados da investigação.
Os Serviços de Saúde de Macau estão a prestar a máxima atenção a esta situação e já contactaram com o fornecedor da vacina que é administrada no território e foi verificado que não há relação com vacina fornecida em Macau e a situação ocorrida na Coreia do Sul.
Os Serviços de Saúde asseguram que Macau não importou a vacina contra a gripe em causa da Coreia do Sul.
As vacinas contra gripe quadrivalentes adquiridas pelos Serviços de Saúde, para esta época, é a Taxirip tetra, produzida pela empresa farmacêutica Sanofi em França, e o Influvac Tetra, produzido pela empresa farmacêutica Abbott na Holanda.
Os Serviços de Saúde criaram um mecanismo que monitoriza de perto os casos adversos ocorridos após a vacinação. Desde a criação desse mecanismo, em 2000, os trabalhadores de saúde são obrigados a relatar os casos adversos após vacinação. Estes casos são registados, pesquisados e analisados, de forma pormenorizada, para determinar se estão relacionados com as vacinas administradas ou se foram causados por outras doenças ou motivos.
O programa de vacinação contra a gripe sazonal dos Serviços de Saúde teve início no passado dia 28 de Setembro e até às 16:00 horas do dia 21 de Outubro, foram vacinadas mais de 59.000 pessoas. Em nenhum destas situações foi registada qualquer reacção adversas graves após a vacinação. Os efeitos secundários registados têm sido comuns às vacinas, principalmente vermelhidão e dor no local da injecção, erupções cutâneas ligeiras localizadas e transitórias que, em geral, desaparecem ao fim de 1 a 2 dias.
A vacina contra a gripe é uma vacina inactivada, com excelentes registos de segurança, mas como qualquer medicamento, a vacina contra a gripe também tem efeitos colaterais. Existem casos extremamente raros, que se manifestam através de uma severa reacção alérgica e que podem ocorrer em pessoas com alergia aos ingredientes da vacina, mas a probabilidade de isso ocorrer é inferior a um milionésimo.
Para reduzir a ocorrência de reacções alérgicas graves, os profissionais de saúde avaliam as condições de saúde das pessoas antes da vacinação e após a administração da vacina podem descansar no local por 30 minutos para observar se ocorrem reações alérgicas.
O posto de vacinação também dispõe de medicamentos e equipamentos para tratamento imediato em caso de reacção adversa. Estas medidas podem reduzir, de forma eficaz, as graves consequências de alergia após a vacinação, reduzindo assim a ocorrência de acidentes de vacinação.
Os Serviços de Saúde salientam que as vacinas actualmente usadas pelo governo são seguras e eficazes e a vacinação traz mais benefícios do que riscos.
Se não for vacinado, a probabilidade de danos graves em caso de infecção é muito maior do que a probabilidade dos eventuais riscos da vacinação. Os Serviços de Saúde vão continuar a acompanhar de perto a evolução do caso em causa.
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