O médico adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde São Januário (CHCSJ), Dr. Lo Iek Long, fez nota que, até ao dia 26 de Outubro, nunca houve uma transmissão comunitária da COVID-19 em Macau e por 211 dias consecutivos não são registados casos locais de transmissão da COVID-19 (incluindo indivíduos infectados assintomáticos). Já passaram 122 dias sem diagnóstico de casos importados. Macau diagnosticou, até à data, quarenta e seis (46) casos, dos quais, quarenta e quatro (44) são casos importados e só dois (2) são relativos a casos importados. Quarenta e seis (46) pessoas tiveram alta. Não há registo de qualquer infecção entre os profissionais de saúde. Todos os doentes recuperados já concluíram o isolamento do período de convalescença, não há nenhum caso de contacto próximo em observação médica. Na semana de 19 a 25 de Outubro foram testadas em Macau 82.404 pessoas.
O Dr. Lo Iek Long ainda anunciou o 23º plano de fornecimento de máscaras aos residentes de Macau (veroutro comunicado:https://news.gov.mo/detail/pt/N20JZo23ON?1)
Relativamente à questão colocada pelos jornalistas sobre um eventual ajustamento das medidas, o Dr. Lo Iek Long informou que em resposta à ocorrência de epidemia na sub-região de Kashgar, da Região Autônoma Uigur de Xinjiang, o Governo da RAEM imediatamente ajustou as medidas de prevenção de epidemia e irá continuar a acompanhar de perto e fazer ajustamentos, se necessário. O médico adjunto do centro hospitalar referiu, ainda, que embora seja mais difícil o trabalho de prevenção e controlo de epidemia dos indivíduos infectados assintomáticos, os assintomáticos podem, ainda, ser encontrados através da implementação de medidas de teste de ácido nucleico aos indivíduos que entram em Macau.
Relativamente à situação de verificação dos 136 casos de indivíduos infectados assintomáticos na sub-região de Kashgar, da Região Autônoma Uigur de Xinjiang, o Dr. Lo Iek Long afirmou que alguns doentes ainda estão no início da infecção, e é preciso alguma atenção porque os infectados podem tornar-se sintomáticos após o período de incubação. Nos últimos dias, devido à evolução parcial em níveis diferentes nas cidades de Qingdao, cidade de Guangzhou e na Região Autónoma Uigur de Xinjiang, o Dr. Lo Iek Long adiantou que as orientações sobre o uso de máscara não serão ajustadas, daí que seja pedida a compreensão dos cidadãos.
Sobre eventuais alterações às medidas de isolamento actuais, a autoridade de as´ºude mantem a opção pela observação médica no hotel. O Dr. Lo Iek Long explicou que, no início de epidemia de Macau, ainda foi implementada a observação domiciliar, mas essa situação causou preocupação na comunidade sendo que, após avaliação, as medidas de isolamento foram concentradas em unidades hoteleiras, que possuem mais condições de segurança e mais quartos.
Relativamente à alegada violação de medidas de prevenção de epidemia de dois residentes locais, o Dr. Lo Iek Long referiu que as situações são distintas.
Numa situação um residente local ocultou a sua deslocação à cidade de Qingdao quando entrou a Macau, no dia 14 de Outubro, para evitar a sujeição à observação medica de Macau, violando as medidas de declaração de entrada em Macau. Este caso foi entregue ao Corpo de Polícia de Segurança Pública para os progressivos acompanhamentos.
Na outra situação, que envolve um trabalhador do hospital, este declarou, no dia 5 de Outubro, quando entrou em Macau, que tinha estado em Qingdao (recorde-se que as medidas só tiveram início no dia 13 de Outubro). Mas este trabalhador, quando regressou ao serviço, não declarou ao seu superior onde tinha estado, violando as orientações de prevenção de epidemia internas dos Serviços de Saúde. Actualmente, decorre um processo de averiguações.
Às 00H00 do dia 13 de Outubro, as autoridades de Saúde, devido à epidemia da cidade de Qingdao, implementaram as medidas de isolamento a indivíduos que tenham visitado a cidade de Qingdao nos últimos 14 dias antes de entrada em Macau.
Os Serviços de Saúde relativamente a esta situação implementaram imediatamente medidas de contingência, realizaram exames a 222 indivíduos que tiveram o contacto com o trabalhador, incluindo, os colegas, doentes e seus acompanhantes. Após conclusão dos exames todos testaram negativo resultado. Os Serviços de Saúde estão a executar medidas de prevenção epidémica de forma rigorosa nas entradas do hospital, incluindo a medição de temperatura corporal e verificação de código de saúde.
Relativamente à observação médica, a Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou indicou que 591 indivíduos foram submetidos a observação médica entre o dia 19 de Outubro e o dia 25 de Outubro. No total, até as 14h00 do dia 25 de Outubro, foram enviados para a observação médica 16.693 indivíduos. Há, ainda, 1.210 indivíduos em observação médica, dos quais um (1) está nas instalações dos Serviços de Saúde e os restantes em hotéis designados.
A Dr.ª Leong Iek Hou afirmou, ainda, que em resposta à epidemia na sub-região de Kashgar da Região Autónoma Uigur de Xinjiang e com base em considerações de saúde pública, a partir das 12h00 do dia 26 de Outubro, o Centro de Coordenação de Contingência passou a exigir que todas as pessoas que estiveram na sub-região de Kashgar da Região Autónoma Uigur de Xinjiang nos 14 dias anterioresà entrada emMacau, serão sujeitos a observação médica por um período de 14 dias em locais designados, conforme exigências da autoridade sanitária.
Localmente os Serviços de Saúde acompanharam o estado de saúde das pessoas que declararam ter estado nos últimos 14 dias na sub-região de Kashgar da Região Autónoma Uigur de Xinjiang. Das quinze pessoas identificadas 13 pessoas provenientes do Interior da China já regressaram ao Interior da China, um (1) residente de Macau está actualmente no Interior da China e outro turista, proveniente do Interior da China apesar de ainda estar em Macau já saiu da sub-região de Kashgar da Região Autónoma Uigur de Xinjiang há mais de 14 dias. Amanhã terça-feira é suposto que saia do território. As autoridades aconselharam-no a fazer auto-gestão de saúde.
Neste contexto, a Dr.ª Leong Iek Hou apela aos residentes que estiveram nos últimos 14 dias na sub-região de Kashgar da Região Autónoma Uigur de Xinjiang devem entrar em contacto com a linha aberta do Centro de Coordenação de Contingência n.o 2870 0800.
Os residentes de Macau que ainda estão na sub-região de Kashgar da Região Autónoma Uigur de Xinjiang, devem tomar medidas preventivas e podem entrar em contacto com a Gabinete de Gestão de Crises do Turismo ou com o Centro de Coordenação de Contingência, caso necessitem de ajuda. Considerando que a epidemia global é muito grave, mesmo que a epidemia no Interior da China seja estável, haverá casos. Portanto, todos os residentes de Macau devem tomar medidas preventivas contra a epidemia. Os Serviços de Saúde vão fortalecer os testes obrigatórios para determinados grupos, em particular para aqueles que participem em eventos de grande escala e pessoal da cadeia de frio alimentar, em ambas situações, esta medida, vai fortalecer a gestão de saúde e teste de ácido nucleico.
Ao mesmo tempo, a Dr.ª Leong Iek Hou citou o relatório do Centro para Controle e Prevenção de Doenças de Coreia dos Sul sobre o incidente relacionado comas vacinas da gripe. Até ao dia 26 de Outubro, na Coreia do Sul, tinham sido vacinadas cerca de 14 milhoes de pessoas, das quais 59 morreram. De acordo com a análise das autoridades sul-coreanas, foi detectado, que estes casos estavam relacionados com 37 lotes de 7 fabricantes. As vacinas utilizadas nas situações que envolveram casos mortais não foram administradas em instituições médicas nem envolveram o mesmo lote de vacinas. Portanto, os especialistas coreanos concluíram que a possibilidade de morte devido à qualidade anormal da vacina ou procedimentos de vacinação incorretos é baixa.
As Autoridades sul-coreanas analisaram, ainda, a situação das 46 mortes e descobriram que essas pessoas sofrem de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e outras doenças básicas. As indicações preliminares da causa da morte envolvem arritmia, doença pulmonar crónica, cirrose hepática ou tumores, ou seja, a causa da morte não está directamente relacionada com a vacinação, então, as Autoridades sul-coreanas também não considera interromper o programa de vacinação contra influenza.
Sobre esta situação os Serviços de Saúde de Macau informam que irão continuar a monitorizar de perto a situação na Coreia do Sul e apelam os residentes locais para serem sujeitas à vacinação contra gripe para prevenir complicações e riscos de morte caso sejam inefectados pela gripe. Recomenda-se que as pessoas de alto risco sejam submetidas à vacina o mais rápido possível. Ao responder à pergunta apresentada por um jornalista, a Dr.ª Leong Iek Hou acrescentou que uma das vacinas contra gripe em Macau é produzida em França e que a quantidade da vacina produzida por este fabricante de vacina representa mais de 50% do mercado global. Muitos países desenvolvidos usam essa vacina. Devido ao surto do incidente da vacina na Coreia do Sul, as Autoridades de Macau entraram em contacto imediatamente com o fornecedor para verificar se o lote usado em Macau é o mesmo do usado na Coreia do Sul mas as respostas obtidas constatam que os lotes são diferentes. Até agora, a vacinação contra gripe em Macau não aumenta o risco de morte. Desde 2000, em Macau existem medidas de monitorização para eventos adversos após a vacinação. Caso ocorrerem eventos adversos, qualquer instituição precisa informar às autoridades. Até agora, em Macau, já foram vacinadas com 67.000 pessoas e não foi reportado nenhum evento adverso.
Sobre este mesmo assunto o Dr. Alvis Lo Iek Long informou que as situações adversas causadas pelas vacinas podem incluir diversos factores. De acordo com o relatório de analise o mais actualizado do Centro de Controlo e Prevenção da Doença da Coreia do Sul, quer os indivíduos com doenças crónicas tomemou não avacina, podem acontecer mortes. Os indivíduos com doenças crónicas, possuindo um sistema imunológico mais fraco, podem ter um risco mais elevado de acontecerem complicações e até a morte após a infecção de gripe, daí que seja mais seguro a administração da vacina contra a gripe. Em Macau, não há provas suficientes para suspeitar da segurança das vacinas e suspender, de forma precipitada a administração da vacina contra a gripe, evitando a criação de problemas maiores.
Sobre a data do levantamento das restrições existentes com Hong Kong a Dr.ª Leong Iek Hou frisou que ainda existem casos em Hong Kong em que a origem é ainda desconhecida. No caso de alteração das medidas elas serão anunciadas imediatamente. No que diz respeito à questão da troca de códigos de saúde entre os dois locais, a Dr.ª Leong Iek Hou disse que o pessoal técnico dos dois territórios continua a acompanhar a situação e a intercomunicação dos códigos só poder ser concretizada após o levantamento das restrições entre ambas as regiões.
A Chefe da divisão da Direcção dos Serviços de Turismo, Dra. Lau Fong Chi reportou o número de pessoas em observação médica em hotéis designados.
Por sua vez, o Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Ma Chio Hong relatou a actual situação da cidade e a situação de entradas e saídas de Macau, entre outros.
Estiveram presentes na conferência de imprensa o médico adjunto da Direcção do CHCSJ, Dr. Lo Iek Long, o Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Ma Chio Hong e a Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lau Fong Chi e a coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, Leong Iek Hou.