No terceiro trimestre de 2020 o volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho cifrou-se em 8,92 mil milhões de Patacas, registando-se variações de -50,7%, em termos anuais e +29,4%, em termos trimestrais. Depois de eliminados os factores que influenciam os preços,o índice do volume de vendas desceu 50,1%, em termos homólogos, informam os Serviços de Estatística e Censos.
De entre os principais tipos de comércio a retalho, os volumes de negócios de relógios e joalharia (-70,0%), de vestuário para adultos (-65,4%) e de produtos cosméticos e de higiene (-62,0%) tiveram os maiores decréscimos, face ao terceiro trimestre de 2019. Quanto ao volume de vendas, registaram-se quedas homólogas nos índices do volume de vendas de relógios e joalharia (-72,5%), de vestuário para adultos (-62,3%) e de produtos cosméticos e de higiene (-61,2%). Nos três primeiros trimestres de 2020 o volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho totalizou 26,99 mil milhões de Patacas, menos 52,2%, face ao mesmo período de 2019 e o índice do volume de vendas desceu 51,9%.
No terceiro trimestre de 2020 o volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho subiu 29,4%, em relação ao montante revisto do segundo trimestre (6,90 mil milhões de Patacas). Salienta-se que os volumes de negócios de alimentos/doces chineses (+142,4%) e de relógios e joalharia (+135,8%) registaram acréscimos significativos. Os volumes de negócios de artigos de couro e de mercadorias de armazéns e quinquilharias subiram 65,4% e 57,9%, respectivamente, todavia, o volume de negócios de supermercados desceu 2,2%. Por seu turno, o índice do volume de vendas dos estabelecimentos do comércio a retalho aumentou 31,8%, em termos trimestrais. Realçam-se as subidas acentuadas nos índices do volume de vendas de alimentos/doces chineses (+173,1%), de relógios e joalharia (+142,3%), de artigos de couro (+67,4%) e de mercadorias de armazéns e quinquilharias (+60,6%). Contudo, o índice do volume de vendas de supermercados diminuiu 1,7%.
Nos comentários dos responsáveis pelos estabelecimentos do comércio a retalho sobre previsões para o quarto trimestre de 2020, 73,3% dos retalhistas prevêem a diminuição do volume de vendas, em termos anuais, 24,7% antecipam a estabilização e 2,0% projectam o aumento. Paralelamente, para o quarto trimestre, 69,1% dos retalhistas antevêem a estabilização dos preços de vendas, em termos anuais, 28,9% a diminuição e 2,0% o aumento. Além disso, para o quarto trimestre, a previsão de cerca de 53,9% dos retalhistas é de que a situação de exploração dos estabelecimentos seja insatisfatória, em relação ao terceiro trimestre, e os retalhistas que pressupõem uma situação de exploração estável (26,7%), bem como uma situação de exploração satisfatória (19,4%) representaram em conjunto 46,1%.