O aumento do número de pessoas a chegar a Macau provenientes de zonas de alto risco epidémico levou, segunda, 30 de Novembro, o médio adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde São Januário (CHCSJ), Dr. Alvis Lo Iek Long, a alertar a população para a possibilidade de nos próximos tempos poderem ser diagnosticados, durante o período de observação, novos casos de COVID-19.
“Há um aumento do número de indivíduos que regressam a Macau, provenientes do exterior, de zonas de alto risco epidémico. Em média, por dia, entram no território cerca de 50 a 100 pessoas por dia, mas domingo houve um para um aumento aproximado de para cerca de 200 pessoas pelo que não se afasta a hipótese de serem diagnosticadas infecções durante os períodos de observação médica, sendo que esses casos serão casos importados. O Governo da RAEM está a preparar-se para cenários de acordo com o desenrolar da situação, mas está preparado para o pior cenário, estando o Centro de Contingência em alerta máximo de modo a evitar um eventual surto epidémico, para proteger a segurança comunitária em Macau.
O médico adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde São Januário (CHCSJ), Dr. Alvis Lo Iek Long, fez nota que, até ao dia 30 de Novembro, nunca houve uma transmissão comunitária da COVID-19 em Macau e por 246 dias consecutivos não são registados casos locais de transmissão da COVID-19 (incluindo indivíduos infectados assintomáticos). Já passaram 157 dias sem diagnóstico de casos importados. Macau diagnosticou, até à data, quarenta e seis (46) casos, dos quais, quarenta e quatro (44) são casos importados e só dois (2) são relativos a casos importados. Quarenta e seis (46) pessoas tiveram alta. Não há registo de qualquer infecção entre os profissionais de saúde nem casos mortais. Não há nenhum caso de contacto próximo em observação médica. Nos últimos sete (7) dias – 23 a 29 de Novembro - foram testadas em Macau 86.974 pessoas.
Relativamente à questão levantada pelos jornalistas sobre a precisão de medição de temperatura corporal, o Dr. Alvis Lo disse que, a precisão deste procedimento depende da análise concreta do aparelho que for usado, sendo que os indicadores técnicos como a precisão e repetibilidade de diferentes aparelhos usados na mesma parte corporal também são diferentes, não podendo este critério ser definido somente com base na medição da parte corporal. Neste momento, Macau encontra-se numa fase de normalização dos trabalhos contra a epidemia, sendo que as medidas antiepidémicas são abrangentes, deve ser equilibrada, quer da precisão, quer da conveniência, de todas as medidas de detecção. È preciso notar que, de acordo com a actual situação epidémica em Macau, além da medição de temperatura corporal, o código de saúde e o nível do cumprimento de cidadãos sobre as medidas contra a epidemia também são muito importantes. As medidas adoptadas são eficazes.
Em relação à questão sobre a entrada de pessoas que pretendam regressar a Macau, mas não podem obter um visto de entrada na China, o Dr. Alvis Lo explicou que grave situação pandémica, deve ser vista de acordo com as diferentes regiões que, elas próprias estabelecem políticas de entrada com base na evolução epidémica local. O Governo da RAEM não tem competência para influenciar as medidas de entrada, efectuadas por outras regiões.
Relativamente às questões de observação médica, a Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou indicou que entre o dia 23 de Novembro e o dia 29 de Novembro foram submetidos a observação médica 685 indivíduos. No total, até ao dia 28 de Novembro, foram enviados para a observação médica 19.569 indivíduos. Há, ainda 1.286 indivíduos em observação médica em hotéis designados.
Relativamente à questão colocada pelos jornalistas sobre o aumento do número de pessoas que regressaram para Macau, provenientes das regiões de alto risco. A Dra. Leong manifestou que, isto provavelmente se deve ao início das férias das escolas locais. Domingo, 29 de Novembro, foi registado um total de 190 pessoas que regressaram a Macau, principalmente provenientes de Austrália, Reino Unido e dos Estados Unidos, em vôos com escala em Taiwan, mas no passado recente, as pessoas que chegavam a Macau tinham como proveniência Hong Kong e Taiwan. Tendo em conta que a situação epidémica no exterior é relativamente grave e o risco de algum dos indivíduos que viajou estar infectado é mais elevado do que nos últimos dias, foi necessário alertar o pessoal que exerce funções nas áreas transfronteiriças para aumentar o nível de atenção dos trabalhos antiepidémicos. Houve também um reforço do controlo e rigor dos procedimentos nos locais de observação médica.
No que diz respeito às medidas especiais para os estudantes que regressam do exterior, a Dra. Leong respondeu que, o Centro de Coordenação de Contingência sempre ajustou as medidas de prevenção epidémica de acordo com a evolução epidémica. As medidas aplicadas a todos os indivíduos que regressam de áreas de médio e alto risco, sejam estudantes, sejam turistas ou residentes de Macau, são as mesmas e incluem a observação médica de 14 dias, durante a qual são efectuados dois (2) testes de ácido nucleico, no sentido de garantir que estes indivíduos, não estão infectados, antes de poderem regressar à vida normal na comunidade.
Sobre a medida que entra em vigor amanhã, da entrada de estrangeiros que se encontram no Interior da China, a Dra. Leong divulgou que foram recebidos 84 pedidos, que abrangem 102 indivíduos, incluindo 26 cônjuges e filhos de residentes de Macau, 56 trabalhadores estrangeiros e seus familiares, e 20 estudantes que pretendem estudar em Macau entre outras situações.
Até ao momento foram aprovados seis requerimentos que incluem dois (2) cônjuges e filhos de residentes de Macau e um total de quatro (4) trabalhadores estrangeiros e seus familiares. Os demais pedidos estão a ser apreciados ou se encontram numa situação de complementar os documentos.
A Chefe da divisão da Direcção dos Serviços de Turismo, Dra. Lau Fong Chi reportou o número de pessoas em observação médica em hotéis designados. o Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Ma Chio Hong, relatou a actual situação da cidade e a situação de entradas e saídas de Macau, entre outros.
Estiveram presentes na conferência de imprensa o médico adjunto da Direcção do CHCSJ, Dr. Lo Iek Long, o Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Ma Chio Hong, a Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lau Fong Chi, e a coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infeciosas do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, Dr.ª Leong Iek Hou.