O 11.º Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas (IIICF), co-organizado pela Associação dos Construtores Civis Internacionais da China e pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, inaugurou-se hoje (dia 2) no Venetian Macao. Contando com a presença de mais de 1.000 elementos da elite política, empresarial e académica, provenientes de cerca de 400 entidades, o presente evento constituiu uma boa ocasião para os participantes abordarem os tópicos em torno das oportunidades existentes e dos desafios a enfrentar no que respeita à cooperação em infra-estruturas no contexto internacional, assim como outros temas relevantes, incluindo as tendências de desenvolvimento do mercado internacional de infra-estruturas na era pós-epidemia, e as medidas de promoção de cooperação nessa matéria, em prol da superação de dificuldades de mãos dadas e do impulsionamento do desenvolvimento global sustentável de infra-estruturas.
No decorrer da cerimónia de abertura do evento, o Dr. Ho Iat Seng, Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau, elogiou, no seu discurso de boas-vindas, o contributo excepcional da presente edição do Fórum, sendo que a sua realização injectará um forte impulso à recuperação da economia de Macau. De facto, graças ao apoio pleno do Governo Central e em virtude da cooperação dinâmica do Governo da RAEM, o IIICF já se tornou, nos tempos de hoje, num dos eventos de exposições e convenções mais influentes à escala internacional a ter lugar em Macau, disponibilizando, além disso, uma plataforma fundamental para a participação de Macau na implementação da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” e na cooperação no âmbito da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. Sobretudo neste ano, com o tema “Enfrentar os desafios em conjunto e promover o desenvolvimento das infra-estruturas a nível global”, o Fórum desempenha ainda um efeito positivo no que toca ao aumento da confiança e do consenso entre os profissionais internacionais do sector, para que estes trabalhem em conjunto a fim de dar resposta aos desafios, em prol da promoção do desenvolvimento sustentável e de alta qualidade da indústria em causa.
Por sua vez, o Dr. Wang Bingnan, Vice-Ministro do Comércio da China, sublinhou no seu discurso que, apesar dos obstáculos surtidos pela epidemia da Covid-19, o que se apresenta, sobretudo, no abrandamento do processo da globalização económica, no aumento contínuo da aversão ao risco do capital e no impacto grave no investimento e construção de infra-estruturas a nível internacional, a tendência global de aceleração do desenvolvimento de infra-estruturas por meio da cooperação internacional persistirá. Aliás, com o intuito de impulsionar esta cooperação para um patamar de alta qualidade e de desenvolvimento estável, o Vice-Ministro apresentou quatro sugestões, nomeadamente: (1) fortalecer a parceria internacional no âmbito de infra-estruturas, com uma atitude mais dinâmica e aberta; (2) aprofundar a construção de projectos de interconectividade, em prol do crescimento integrado económico regional; (3) promover a inovação dos modelos de investimento e financiamento, com o objectivo de resolver a falta de capital existente no mercado de infra-estruturas; e (4) reforçar a integração de infra-estruturas “novas” e tradicionais ao longo do processo de desenvolvimento, com a atribuição de uma maior atenção ao poder de inovação potencial.
Por outro lado, o Dr. Sun Chanthol, Ministro de Estado e de Obras Públicas e Transportes do Camboja, enfatizou no seu discurso a importância do investimento e construção de infra-estruturas, caracterizando-os como a chave para o desenvolvimento socioeconómico, cujas vantagens se traduzem na criação de oportunidades de emprego, no impulsionamento do crescimento da economia nacional, bem como no fortalecimento de ligações geográficas. No entanto, para a maioria dos países em vias de desenvolvimento, a grande quantidade de capital da qual o desenvolvimento de infra-estruturas depende apresenta-se como um enorme desafio, pelo que a iniciativa da China “Uma Faixa, Uma Rota”, ou seja, a Faixa Económica da Rota da Seda e a Rota da Seda Marítima no Século XXI, e os projectos e organizações relevantes como o Banco Asiático de Investimento em Infra-estrutura, entre outros, desempenham um papel vital para a construção de infra-estruturas destes países.
Na intervenção do Dr. Asim Saleem Bajwa, Presidente da Autoridade do Corredor Económico China–Paquistão, foi salientada, por seu turno, a relevância do Corredor Económico China–Paquistão – um projecto piloto e de grande importância da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”. Segundo as informações partilhadas pelo Presidente, ao longo dos últimos cinco anos, têm-se conquistado resultados notáveis no âmbito do corredor supracitado, o que se revela nos 22 projectos de construção, abarcando diversas áreas como a construção de estradas, ferrovias e aeroportos, projectos termoeléctricos, hidroeléctricos, de energias renováveis e do Porto de Gwadar, o estabelecimento de zonas económicas especiais, etc. É de realçar que, não obstante o impacto do surto global da Covid-19, todos os projectos nessa matéria estão a conseguir manter o seu ritmo de progressão, trazendo assim uma grande esperança para a criação de um futuro pacífico e de crescimento económico.
Durante este primeiro dia do evento, realizou-se ainda uma série de actividades, de entre as quais se destacam os dois fóruns principais, subordinados, respectivamente, aos temas “Desafios e Oportunidades: Perspectiva do Desenvolvimento Internacional de Infra-estruturas na Era pós-Covid-19” e “Solidariedade e Cooperação: Promoção Conjunta do Desenvolvimento de Infra-estruturas Internacional num Progresso Contínuo”, o 6.º Fórum para a Cooperação em Infra-estruturas entre a China e a América Latina, assim como a Recepção de Networking do Conselho de Negócios e de Serviços Profissionais de “Uma Faixa, Uma Rota” entre o Interior da China e Macau, tendo sido lançados, ao mesmo tempo, o “Índice do Desenvolvimento de Infra-estruturas dos Países Abrangidos pela Iniciativa Faixa e Rota (2020)” e o “Relatório da Análise do Índice do Desenvolvimento de Infra-estruturas dos Países Abrangidos pela Iniciativa Faixa e Rota (2020)”.