O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus realizou hoje (dia 21) uma conferência de imprensa urgente para anunciar as últimas medidas de prevenção da epidemia.
O médico adjunto da Direcção do CHCSJ, Dr. Lo Iek Long, salientou, em primeiro lugar, que não se tratava do aparecimento de um novo caso em Macau, mas em resposta à evolução da epidemia a nível mundial, tendo em conta a nova estirpe do vírus detectada no Reino Unido mais contagiosa e os casos confirmados em diversos locais depois de cumpridos 14 dias de observação médica, foi anunciado o reforço das medidas de observação médica de isolamento em Macau. A partir das 22:00 horas do dia 21 de Dezembro, serão tomadas medidas correspondentes para os indivíduos que entram em Macau provenientes dos seguintes países ou regiões:
- Regiões do Interior da China e de Taiwan: as medidas de observação médica para os indivíduos que estiveram apenas nas regiões de risco médio do Interior da China e de Taiwan dentro de 14 dias anteriores à entrada em Macau permanecem inalteradas.
- Outros países ou regiões à excepção do Interior da China e de Taiwan: os indivíduos que tenham visitado outros países ou regiões, com excepção do Interior da China e de Taiwan, nos 14 dias anteriores à entrada em Macau, incluindo aqueles que entram em Macau após a entrada em vigor da presente medida ou que não tenham completado a observação médica de isolamento, serão submetidos a 21 dias de observação médica de isolamento centralizado. Aqueles que já completaram 14 dias de observação médica e deixaram o hotel, e permanecem em Macau há menos de 21 dias, devem realizar a auto-gestão de saúde por 7 dias, cujo Código de Saúde será convertido em amarelo, até realização do novo teste de ácido nucleico no 20.º dia ter resultado negativo, e, por conseguinte, o Código de Saúde será convertido em verde no 21.º dia após a sua entrada em Macau.
Além disso, o Médico-Adjunto da Direcção do CHCSJ, Dr. Lo Iek Long, acrescentou que mesmo depois da saída do isolamento após ter completado a observação médica em isolamento de 14 dias, o código de saúde de 7 dias ainda será assinalado a amarelo. Por outro lado, considerando que algumas pessoas tinham planeado uma viagem e precisam de sair de Macau, mas estão impossibilitadas de deixar Macau por motivo do código de saúde amarelo, as autoridades permitem-lhes a realização um teste de ácido nucleico durante o período de auto-gestão de saúde de 7 dias. Caso o resultado seja negativo, poderão sair de Macau dentro de 48 horas. De acordo com a actual medida de prevenção de epidemia, as pessoas de Hong Kong que tenham permanecido no Interior da China nos 14 dias anteriores à entrada de Macau não precisam ser sujeitas a 14 dias de observação médica em isolamento. No entanto, para evitar a possibilidade de contornar a lei, as autoridades discutiram com a entidade competente em Zhuhai, e determinaram que para as pessoas de Hong Kong que entrem em Zhuhai e permaneçam menos de 21 dias, não lhes será atribuído o código de saúde verde, pelo que não poderão entrar em Macau.
A Coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infeciosas e Vigilância da Doença do CDC, Dra. Leong Iek Hou, afirmou que, uma vez que algumas áreas vizinhas como Pequim, Chengdu e Taiwan confirmaram casos diagnosticados após o período de incubação de 14 dias, acredita que as medidas preventivas contra a COVID-19 devem ser adoptadas de acordo com o princípio da prudência, pelo que a medida de quarentena obrigatória é aumentada de 14 para 21 dias. De acordo com a estatística preliminar, há cerca de 500 a 600 pessoas que completaram 14 dias de observação médica em isolamento, mas que permanecem em Macau há menos de 21 dias, pelo que precisam de cumprir 7 dias de auto-gestão de saúde. As autoridades converteram os códigos de saúde dessas pessoas na cor amarela e irão notificá-las de acordo com as informações de contacto preenchidas aquando da sua entrada em Macau.
A Dr.ª Leong Iek Hou salientou que, tinha solicitado aos indivíduos que estavam sujeitos à observação médica de 14 dias para realizarem a auto-gestão da saúde por 7 dias após a conclusão da quarentena, e evitarem sair de Macau ou deslocar a lugares com aglomeração de pessoas. Em suma, nas medidas de prevenção da epidemia mais actualizadas, só se altera a observação médica por 14 dias acrescida da auto-gestão da saúde por 7 dias para a observação médica em locais designados por 21 dias. O objectivo dessas medidas é minimizar o risco ao máximo possível, de modo a que os familiares dos indivíduos em isolamento e a comunidade não fiquem preocupados, pelo que, espera-se que todos os indivíduos oriundos de diferentes regiões colaborem com o trabalho de prevenção da epidemia do Governo.
O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus,referiu que até ao dia 21 de Dezembro, nunca houve uma transmissão comunitária da COVID-19 em Macau e por 267 dias consecutivos não são registados casos locais de transmissão da COVID-19 (incluindo indivíduos infectados assintomáticos). Já passaram 178 dias sem diagnóstico de casos importados.
Macau diagnosticou, até à data, quarenta e seis (46) casos, dos quais, quarenta e quatro (44) são casos importados e dois (2) são relacionados com casos importados. Quarenta e seis (46) pessoas tiveram alta. Não há registo de qualquer infecção entre os profissionais de saúde nem casos mortais. Todos os doentes recuperados já concluíram o isolamento do período de convalescença, não há nenhum caso de contacto próximo em observação médica. Nos últimos sete (7) dias - 14 de Dezembro a 20 de Dezembro - foram testadas em Macau140.119pessoas.
Em termos de observação médica, entre o dia 14 de Dezembro e o dia 20 de Dezembro foram submetidos a observação médica 652 indivíduos. No total, até ao dia 20 de Dezembro, foram enviados para a observação médica21,926 indivíduos,Há, ainda 1.550 indivíduos em observação médica, 1.549 dos quais em hotéis designados e 1 em instalações sanitárias.
A Chefe do Departamento de Comunicação e Relações Externas, substituta, Dra. Iu Man Cheng, anunciou as novas tarifas dos hotéis de observação médica em consonância com as medidas de prevenção da epidemia mais actualizadas.
O Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Ma Chio Hong, relatou a actual situação da cidade e a situação de entradas e saídas de Macau, entre outros. Ambos deram respostas às perguntas de jornalistas.
Estiveram presentes na conferência de imprensa, o médico adjunto da Direcção do CHCSJ, Dr. Lo Iek Long, o Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Ma Chio Hong, a Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, substituta, Dr.ª Iu Man Cheng, e a coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infeciosas do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, Dr.ª Leong Iek Hou.