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Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador referente ao 3.º Trimestre de 2020


De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) referente ao 3.º trimestre de 2020, a duração média mensal da carteira de encomendas das empresas inquiridas foi de 2,8 meses, inferiores aos 3,1 meses registados no 2.º trimestre de 2020.

A carteira de encomendas detida pelos sectores de “produtos farmacêuticos”, “vestuário e confecções”, “outros sectores” e “equipamentos electrónicos/eléctricos” foi de 5,2, 2,9, 2,2 e 1,8 meses, respectivamente.

No que concerne aos mercados de destino das exportações, da análise ao “Índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados”, as empresas inquiridas consideraram, em geral, que outros países da região Ásia-Pacífico e os Estados Unidos foram os mercados de destino com performance relativamente melhor, apresentando um índice de 38,7% e 10,9%, respectivamente.

No que respeita às perspectivas das exportações para os próximos seis meses, as empresas inquiridas que anteciparam uma perspectiva optimista subiram para 51,6% no trimestre em análise, representando um aumento de 16,3 e 41,5 pontos percentuais, respectivamente, face ao 2.º trimestre de 2020 (35,3%) e ao mesmo período do ano passado (10,1%). Destas referidas, apenas 0,7% previram um “aumento acentuado” e 50,9% um “ligeiro crescimento” nas exportações. As empresas que anteciparam uma evolução menos favorável foram de 6,3%, descendo, respectivamente, 57,7 e 8,9 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado. De entre estas, apenas 1% apontou para um “ligeiro decréscimo” e 5,3% indicaram um “forte declínio”. As empresas que previram uma situação “semelhante” subiram de 0,7% no trimestre anterior, para 42,1% no trimestre em análise, correspondendo a uma subida de 41,4 pontos percentuais. Os empresários industriais locais, em particular, dos sectores de vestuário e confecções e de produtos alimentares, tiveram a maior confiança quanto às perspectivas de exportações para os próximos seis meses, face ao trimestre anterior. Os dados traduzem uma gradual estabilidade emocional dos empresários que enfrentam o impacto na economia global provocado pela epidemia da pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus e uma atitude prudente e optimista adoptada pelas empresas em relação às exportações no futuro, contudo a recuperação prevista é ligeira.

No tocante ao mercado de emprego, o número de trabalhadores da indústria transformadora para exportação registou uma redução de 6,3% e 6,8% face ao trimestre anterior e em comparação com o período homólogo do ano passado. Por outro lado, 34,4% das empresas inquiridas afirmaram ter enfrentado a falta de trabalhadores, um nível superior ao 7,6% verificado no trimestre anterior mas inferior ao 57,3% registado no idêntico período do ano passado. Além disso, 80,6% das empresas inquiridas do sector de “produtos farmacêuticos” manifestaram uma procura relativamente notável de trabalhadores, o que significa que a procura de mão-de-obra neste sector foi relativamente forte.

De acordo com os resultados deste Inquérito, são vários os problemas que afectam as actividades de exportação, sendo que 35,3% das empresas exportadoras consideraram o “insuficiente volume de encomendas” como o maior problema, enquanto que 18,3% apontaram para a “insuficiência de trabalhadores” e 0,7% para os “preços elevados das matérias-primas”.

Em matéria de perspectivas para os próximos três meses, de entre as empresas inquiridas, 55,6% preocupam-se principalmente com o “insuficiente volume de encomendas”, 34,9% com a “preços elevados das matérias-primas”, 32,7% com os “salários elevados” e 19,2% com a “insuficiência de trabalhadores”.



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