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Serviços de Saúde: Três casos de infecção colectiva de gastroenterite


Os Serviços de Saúde foram notificados esta sexta-feira (22 de Janeiro) para a detecção de três (3) casos de infecção colectiva de gastroenterite.

O primeiro caso foi detectado na turma A1 da Creche Caritas, localizada na Rua Marginal do Canal das Hortas do Bairro Artur Tamagnini Barbosa, tendo sido infectadas doze (12) crianças, sete (7) do sexo masculino, cinco (5) do sexo feminino, com 2 e 3 anos de idade. No dia 18 de Janeiro, o primeiro paciente manifestou sintomas de vómitos, dores abdominais e diarreia, e os restantes pacientes apresentaram, sucessivamente, entre os dias 19 e 22 de Janeiro, vómitos, dores abdominais e febre, entre outros.

O segundo caso foi detectado na turma Grande B da Creche III da Associação Geral das Mulheres de Macau, situada na Estrada Marginal da Areia Preta, tendo sido infectadas três (3) crianças e um docente, dois (2) do sexo masculino e dois (2) do sexo feminino, com idades compreendidas entre 2 e 53 anos. Desde 20 de Janeiro, os pacientes apresentaram, sucessivamente, sintomas de vómitos e diarreia.

O terceiro caso foi detectado na turma B da Creche S. João de Obra das Mães (Universidade de Macau), situada na Avenida da Universidade da Taipa, tendo sido infectados quatro (4) crianças, dois (2) do sexo masculino e dois (2) do sexo feminino, todos com 1 ano de idade. Desde o dia 21 de Janeiro, os pacientes começaram a apresentar, sucessivamente, sintomas de vómitos e diarreias.

A maioria dos doentes destes três casos foram diagnosticados e tratados em instituições médicas, com a situação clínica considerada ligeira. Não há qualquer caso grave, nem de internamento. De acordo com as situações de refeições de pacientes, foi excluída a possibilidade de gastroenterite alimentar. Conforme a hora de ocorrência da doença, os sintomas e o período de incubação, é provável que o agente patogénico esteja relacionado com uma infecção viral.

Os Serviços de Saúde estão a acompanhar e a investigar os casos, procedendo à recolha de amostras de fezes para análises laboratoriais e reforço das indicações aos estabelecimentos para implementação de medidas, em especial a forma correcta de tratamento de vómitos e de excrementos, de limpeza profunda do ambiente e manutenção da ventilação do ar no interior das instalações.

O norovírus e o rotavírus são doenças frequentes da gastroenterite viral e ocorrem principalmente no Outono e no Inverno, propagando-se muito facilmente. A infecção por norovírus é fácil de ocorrer em equipamentos colectivos, nomeadamente em lares de idosos e escolas, bem como junto de vários grupos etários. A via de transmissão inclui: o consumo de alimentos ou água eventualmente contaminados por esse vírus; o contacto com vómitos ou dejetos de pessoas doentes; o contacto com objectos contaminados; ou transmissão por gotículas de saliva. A incubação da infecção ocorre normalmente entre 24 a 48 horas.

A infecção por rotavírus é frequente ocorrer em lactentes e crianças de idade compreendida entre os 6 meses e os 2 anos, sendo a sua principal via de transmissão o contacto com secreções ou dejetos de pacientes. Os sintomas de ambas as doenças contagiosas são idênticos, designadamente, náuseas, vómitos, diarreia com fezes aquosas, dores abdominais e febre ligeira. De um modo geral, os sintomas são ligeiros, e tratam-se de doenças autolimitadas, com a duração de 1 a 5 dias, sem complicações. Os dois vírus necessitam de ser confirmados através de análises laboratoriais.

Os Serviços de Saúde recomendam à população que preste atenção à higiene pessoal, ambiental e alimentar. Acresce que caso os profissionais do sector da restauração ou o pessoal de enfermagem manifestem sintomas como vómitos ou diarreia para não se apresentarem ao local de trabalho e recorram a assistência médica, adoptando medidas rigorosas de higiene pessoal, de modo a evitar a propagação da doença.

Caso haja a detecção de doentes suspeitos, o pessoal prestador de cuidados de saúde deve ter a máxima cautela aquando da limpeza quer das fezes quer dos vómitos dos doentes, devendo substituir luvas e lavar as mãos imediatamente após cuidar de cada paciente.

Recomenda-se a todos as creches, escolas, lares e outras instituições similares que na ocorrência ou identificação de uma situação de infecção colectiva para contactarem, de imediato, o Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde através do número de telefone 2870 0800, para pronto acompanhamento.



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