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A Comissão de Desenvolvimento de Talentos está atenta aos relatórios dos estudos sobre a procura de talentos nos sectores financeiro e da construção

A Comissão de Desenvolvimento de Talentos está atenta aos relatórios dos estudos sobre a procura de talentos nos sectores financeiro e da construção

O Grupo Especializado de Planeamento e Avaliação da Comissão de Desenvolvimento de Talentos realizou, recentemente, a 1.ª reunião de trabalho do corrente ano, a qual foi convocada e presidida por Lao Pun Lap. Na ocasião, duas equipas de estudo, uma oriunda da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau e outra da Universidade da Cidade de Macau, apresentaram, respectivamente, o relatório do Estudo sobre a Procura de Talentos no Sector Financeiro de Macau 2020-2022 e o do Estudo sobre a Procura de Talentos no Sector da Construção de Macau 2020-2022. Sobre os respectivos conteúdos, os restantes participantes adiantaram algumas propostas.

De acordo com o relatório do Estudo sobre a Procura de Talentos no Sector Financeiro de Macau 2020-2022, prevê-se, para os próximos três a seis anos, um ligeiro aumento da procura de talentos nos sectores bancário e de seguros. Segundo as orientações para o futuro desenvolvimento do sector financeiro definidas pelo Governo da RAEM, alguns ramos da actividade possuem consideráveis potencialidades de desenvolvimento. Neles se incluem postos de trabalho que se dedicam às liquidações em RMB para os Países de Língua Portuguesa, à locação financeira e à gestão de património, considerados como inerentes ao desenvolvimento, no futuro, das finanças modernas e que, com o apoio dado pelas políticas do Governo da RAEM, serão significativamente procurados. A indústria financeira moderna exige profissionais com elevado grau de habilitações e profissionalismo, requisito que se atinge quer por maior aquisição de conhecimento das actividades económicas, financeiras e bancárias, quer por meio de capacitantes experiências práticas e de investigação nessas áreas. Um dos presentes referiu que, para o desenvolvimento do sector financeiro de Macau, deve-se atentar não só nas finanças modernas, como nas finanças digitais, propondo uma cooperação entre a Comissão e os serviços responsáveis pela administração financeira de vários sectores económicos que estimule a realização e partilha de análises sobre os dados mais relevantes para estudo. Outro participante afirmou que a digitalização dos serviços prestados pelas entidades financeiras condiciona a procura de quadros qualificados e, concordando com as conclusões do estudo realizado, acrescentou que este permite facultar fundamentados dados, mais científicos e ponderados, ao Governo da RAEM, dados que devem ser considerados na elaboração das políticas orientadas para os quadros qualificados. Houve, ainda, quem considerasse que o relatório do estudo deveria evidenciar uma clara distinção entre a procura de quadros qualificados e a de recursos humanos de base, devendo esta classificação ser acompanhada e aplicada na elaboração da lista de procura de talentos da segunda fase.

Quanto à apresentação do relatório do Estudo sobre a Procura de Talentos no Sector da Construção de Macau 2020-2022, foi destacado que os postos de operador técnico nas áreas da construção civil e obras públicas serão os mais procurados nos próximos três a seis anos. Dado que à medida que os profissionais do sector da construção se vão aposentando tem havido poucos jovens a nele ingressarem, prevê-se uma procura significativa, de mão-de-obra, por parte do sector. Donde, no relatório, propor-se que, sempre que haja escassez de talentos para as correspondentes vagas, sejam recrutados, em primeiro lugar, trabalhadores locais, devendo, pois, a realização das obras públicas impulsionar o emprego da mão-de-obra local. Em simultâneo, o Governo deve, em colaboração com o sector da construção, apoiar a ascensão profissional dos trabalhadores especializados e experientes, e permitir-lhes a orientação e acompanhamento de estagiários, para, assim, se elevar a capacitação do sector da construção de Macau. Na reunião também houve quem aludisse à necessidade de se conhecer, com rigor, a relação entre a procura e a oferta de quadros qualificados do sector da construção e de se promover o reconhecimento profissional dos talentos. Um participante sugeriu que o Governo da RAEM adopte medidas administrativas que incentivem o sector da construção, nos domínios da importação de novas tecnologias e materiais, da divulgação de dados sobre os quadros qualificados, vagas ou escassez de postos de emprego e das demais informações necessárias ao sector e ao mercado. Em seu entender, o Governo deve igualmente estimular a realização de acções de formação que motivem mais profissionais a participarem em exames de credenciação, designadamente nos de níveis mais elevados - para compensarem, desse modo, a escassez de quadros qualificados - e, além disso, promover a imagem e atractividade do sector, incentivando os jovens a nele ingressarem. Também propôs que as instituições de ensino superior integrem estágios no seu sistema de créditos e desafiem as empresas a proporcionarem mais vagas para estágios, de modo a permitirem aos estudantes de ensino superior na área da construção um antecipado conhecimento do ambiente profissional do sector.

A reunião contou com a presença de Lao Pun Lap, Yeung Tsun Man Eric, Chang Kun Hong, Ye Yixin, Wong Chi Hong, Fong Ka Fai, Ho Teng Iat, Ian Man Cheng, Zhang Shuguang, Chao Chong Hang, Kou Chon Fai, Kou Ngon Seng, Lam Chi Yin, Loi Man Keong, Sio Chi Wai, Tong Kai Chung, U Seng Pan, Casimiro de Jesus Pinto, Song Yonghua (em representação de Lao Chi Ngai), Lau Wai Meng (em representação de Tang Pek Ieng), e, ainda, Se Chun Weng, Bu Hui Mei, Ng Chi Kuan, os três pertencentes à equipa de estudo da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau e Khong Yueng Wah e Lam Tak Iam, da equipa de estudo da Universidade da Cidade de Macau.

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