Dado o facto da zona húmida das Casas-Museu da Taipa apresentar um baixo nível de água devido ao período de baixa pluviosidade, o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) aproveitou o momento para eliminar os peixes de grande dimensão que invadiam a zona, de modo a equilibrar o ecossistema. A par disso, de modo a ajudar os seres vivos autóctones que ali habitam a passarem este período de baixa pluviosidade, o IAM escavou um sulco para proporcionar aos seres vivos da zona um habitat no qual efectivamente possam residir, o que está a cumprir o objectivo para o qual foi criado.
O nível da água da zona húmida das Casas-Museu da Taipa varia de acordo com as estações do ano e consequentes precipitações sazonais, algo que é um fenómeno normal. Com base nos dados publicados pela Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos, a precipitação total do período compreendido entre Outubro e Dezembro de 2020 atingiu os 52.8 milímetros, enquanto a precipitação anual foi de 1700 milímetros, a qual representa uma diminuição em comparação com a do ano 2019, que foi de 2248 milímetros. Como a água da zona húmida das Casas-Museu da Taipa vem da precipitação sazonal, uma diminuição desta teve como consequência uma redução do volume de água da zona e a subsequente exposição do solo.
No sentido de reduzir o impacto negativo do pouco volume de água existente resultante da precipitação diminuta devido ao período de baixa pluviosidade sofrido pelos seres vivos autóctones que habitavam a zona húmida, em 2014, o IAM escavou um sulco com 400 metros de cumprimento na zona húmida das Casas-Museu da Taipa junto à Estrada da Baía de Nossa Senhora da Esperança, que está a cumprir o objectivo para o qual foi criado; ou seja, proporcionar aos seres vivos autóctones ali habitam um habitat no qual efectivamente possam residir, ajudando-os a sobreviver durante o Inverno. O IAM também aproveitou a oportunidade de descida do nível da água na zona para eliminar os peixes de grande dimensão como a tilápia que invadiam a zona, procurando equilibrar o ecossistema da zona, bem como dotar plantas e animais autóctones de um espaço com maiores probabilidades de sobrevivência.
O solo exposto durante o período de baixa pluviosidade na zona é propício às aves migratórias que passam o Inverno em Macau para encontrar comida, dada a abundância de organismos que residem no fundo desse tipo de terrenos. A raiz da flor de lótus que sobrevive abaixo do caule está a aguardar o momento de desabrochar, o qual vem com a chuva da Primavera, ocorrendo então um fenómeno em que as folhas de lótus cobrem completamente a zona. O fim do Inverno e a chegada da Primavera representa o fim de um ciclo da vida e o início de outro. O IAM continuará a reforçar a protecção dada à zona húmida e a administrar os assuntos objectivamente e caso a caso, assim como a enriquecer e a diversificar os conhecimentos científicos do público acerca da conservação deste ecossistema, com ele protegendo o meio ambiente.
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