O médico adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde São Januário (CHCSJ), Dr. Alvis Lo Iek Long, fez nota na conferência de imprensa do Centro de Coordenação que até ao dia 22 de Fevereiro de 2021, nunca houve uma transmissão comunitária da COVID-19 em Macau e por 330 dias consecutivos não são registados casos locais de transmissão da COVID-19. Já passaram 16 dias sem detecção de novos casos.
Macau diagnosticou, até à data, quarenta e oito (48) casos, dos quais, quarenta e seis (46) são casos importados e dois (2) são relacionados com casos importados. Quarenta e sete (47) pessoas tiveram alta. Não há registo de qualquer infecção entre os profissionais de saúde nem casos mortais.
Neste momento, 3 pessoas estão sujeitas a observação médica no Centro Clínico de Saúde Pública em Coloane, incluindo um (1) caso diagnósticado, uma (1) pessoa isolada com anticorpo positivo e uma pessoa (1) considerada contacto próximo. Nenhuma destas pessoas manifesta febre ou sintomas relacionados com problemas do tracto respiratório.
Todos os doentes recuperados concluíram o isolamento do período de convalescença.
Entre 15 e 21 de Fevereiro de 2021 (7 dias) foram testadas em Macau 65.103 pessoas.
O Dr. Alvis Lo Iek Long apresentou a situação clínica do doente identificado como o 47.º caso confirmado em Macau, que o teste de ácido nucleico viral de zaragatoa nasofaríngea deu resultado negativo no dia 17 de Fevereiro; mas o teste realizado no dia 19 de Fevereiro foi positivo, daí ter sido necessário manter o internamento hospitalar.
O doente identificado como o 48.º caso confirmado, os testes realizados nos dias 17 e 19 de Fevereiro foram negativos e não apresentou sintomas respiratórios. A condição clínica está estável e satisfaz os padrões de alta hospitalar. Teve alta em 20 de Fevereiro e está sujeito a observação médica no Centro Clínico de Saúde Pública em Coloane para o isolamento do período de convalescença por 14 dias.
Por outro lado, o indivíduo detectado com análise positiva para anticorpos IgM já foi submetido a nove (9) testes de ácido nucleico viral e os resultados foram todos negativos. Não apresentou sintomas clínicos e completou 28 dias de observação médica. Teve alta hospitalar em 18 de Fevereiro e continua,agora, a autogestão de saúde por 7 dias.
Relativamente às queixas colocadas pelo público sobre o longo tempo de espera para vacinação contra a COVID-19, nos postos de vacinação, no primeiro dia, o médico explicou que para prevenir eventuais reacções alérgicas graves após a vacinação, embora a probabilidade seja infíma, as autoridades decidiram tomar medidas preventivas.
Apesar do público considerar que o tempo de espera é longo, incluindo o tempo de observação após a vacinação, as autoridades não podem reduzir o tempo de observação. A situação visa salvaguardar a vida das pessoas, não criar situações de risco e espera-se que os residentes possam compreender a situação. Futuramente, as autoridades irão proceder ao ajuste adequado do número de postos consoante a situação de vacinação.
Em resposta à pergunta levantada por jornalista sobre a possibilidade de substituição do teste de ácido nucleico por vacinação contra COVID-19 no momento de passagem transfronteiriça, o médico-adjunto referiu que, segundo dados científicos, a vacinação pode reduzir a incidência de doenças, a proporção de doenças graves e o risco de morte. Se a cobertura vacinal for suficiente, terá um efeito protector tanto sobre os vacinados como sobre as demais pessoas, formando uma barreira imunitária de comunidade. Mas não há dados científicos que sustentem que a vacinação possa substituir os testes de ácido nucleico.
Para abolir o teste de ácido nucleico é necessário que o Interior da China e Macau implementem a medida, ao mesmo tempo, o que envolve discussões com diferentes locais e departamentos. As autoridades estão abertas a essa situação e tomam, como referência as políticas de quarentena de outras regiões e se estas alteram as medidas após vacinação em grande escala. O Governo da RAEM ainda não entrou na fase de discussões com as áreas vizinhas sobre esta matéria, tendo o Dr. Alvis pedindo aos cidadãos que administrem a vacina com o objectivo de se protegerem, proteger as pessoas ao seu redor e construir uma barreira social imunitária.
Relativamente a quantas pessoas da sociedade, após a vacinação, é que são necessárias para poder atingir a barreira imunitária, o médico-adjunto do CHCSJ afirmou que existem números diferentes para as diferentes doenças transmissíveis, dependendo principalmente de diversos factores como a infecciosidade da doença, o risco de reinfecção e a sustentabilidade da imunidade após vacinação. Actualmente, não há uma vacina no mundo que possa produzir uma protecção imunitária absoluta, mas é certo que quanto maior for a taxa de vacinação, maior será a protecção de grupo e menor será o risco de surtos na comunidade.
No que diz respeito à pergunta de jornalista sobre a situação de disponibilidade da vacinação para os cidadãos, no primeiro dia em eu ela foi disponibilizada à população, o Dr. Alvis Lo mencionou que o Governo da RAEM iniciou a segunda fase do plano de vacinação e que todos os locais de vacinação funcionaram bem.
Segunda-feira, 22 de Fevereiro, 2.600 residentes tinham marcado a administração da vacina. Até ao meio-dia, 1.200 pessoas tinham completado o processo sem efeitos secundários específicos ou graves. Algumas reações estão dentro do previsível, tal como fadiga e dor no local da injecção. O dr. Alvis Lo prevê que o segundo tipo de vacina esteja disponível em Macau em Março e isso será atempadamente divulgado.
O Plano de vacinação contra a COVID-19 da RAEM prevê três fases, sendo que a terceira consiste em alargar os destinatários de vacinação a trabalhadores não-residentes e a não residentes da RAEM legalmente autorizados a permanecer na RAEM.
A Dr.ª Leong Iek Hou, Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, relatou que entre 17 e 21 de Fevereiro de 2021, foram submetidos a observação médica 1.737 indivíduos, dos quais, 96 residentes de Macau e 1.641 não residentes de Macau.
No total, até ao dia 21 de Fevereiro de 2021, foram enviados para a observação médica 26.907 indivíduos. Há, ainda 2135 indivíduos em observação médica, dos quais, 1 (um) indivíduo alojado em instalações dos Serviços de Saúde e 2.134 indivíduos em hotéis designados.
Na conferencia de imprensa foi, ainda, anunciado que na próxima sexta-feira, terá inicio o 27.º plano de fornecimento de máscaras aos residentes de Macau (ver outro comunicado: https://news.gov.mo/detail/pt/N21BVU5sDQ?2), . No 26º plano forma vendidas, no total, 6,43 milhões de máscaras, sendo que atá à data e desde o primeiro plano foram vendidas 180 milhões de máscaras.
A Chefe da divisão da Direcção dos Serviços de Turismo, Dra. Lau Fong Chi reportou o número de pessoas em observação médica em hotéis designados.
O Chefe da Divisão de Relações Públicas da PSP, Dr. Lei Tak Fai relatou a actual situação da cidade e a situação de entradas e saídas de Macau.
Estiveram presentes na conferência de imprensa: o Médico-Adjunto da Direcção do CHCSJ, Dr. Alvis Lo Iek Long, a chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dra. Lau Fong Chi, o chefe da Divisão de Ligações Públicas, Lei Tak Fai, a Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou.