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Resultados do inquérito ao volume de negócios no comércio a retalho referente ao 4º trimestre de 2020


No quarto trimestre de 2020 verificou-se que o mercado do comércio a retalho continuou a melhorar. O volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho cifrou-se em 18,16 mil milhões de Patacas no trimestre em análise, mais 102,5%, face ao terceiro trimestre de 2020. Depois de eliminados os factores que influenciam os preços,o índice do volume de vendas cresceu 109,8%, em termos trimestrais. No quarto trimestre de 2020 o volume de negócios baixou 12,5%, relativamente ao trimestre homólogo de 2019, este decréscimo estreitou-se face ao do terceiro trimestre de 2020 (-50,4%). O índice do volume de vendas desceu 8,6%, em termos anuais, informam os Serviços de Estatística e Censos.

De entre os principais tipos de comércio a retalho, os volumes de negócios de produtos cosméticos e de higiene (-38,5%), de combustíveis para veículos a motor (-33,8%) e de vestuário para adultos (-29,7%) tiveram os decréscimos mais significativos, face ao quarto trimestre de 2019, contudo, os volumes de negócios de artigos de couro (+19,7%) e de automóveis (+5,1%) subiram. Quanto ao volume de vendas, registaram-se quedas homólogas nos índices do volume de vendas de produtos cosméticos e de higiene (-35,8%), de farmácias (-24,2%) e de vestuário para adultos (-22,2%), porém, os índices do volume de vendas de artigos de couro (+26,5%) e de artigos de comunicação (+9,6%) aumentaram.

No quarto trimestre de 2020 o volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho ascendeu acentuadamente mais de 100% (+102,5%), em relação ao montante revisto do volume de negócios do terceiro trimestre de 2020 (8,97 mil milhões de Patacas). Realça-se que os volumes de negócios de artigos de comunicação (+293,0%), de relógios e joalharia (+248,4%) e de artigos de couro (+214,8%) subiram substancialmente, em termos trimestrais. Contudo, os volumes de negócios de supermercados (-8,1%) e de combustíveis para veículos a motor (-5,5%) decresceram. Os índices do volume de vendas de artigos de comunicação, de relógios e joalharia e de artigos de couro também tiveram subidas acentuadas, isto é, +299,3%, +252,9% e +218,8%, respectivamente, em termos trimestrais. Todavia, os índices do volume de vendas de supermercados e de combustíveis para veículos a motor desceram 8,1% e 6,5%, respectivamente.

Durante o ano de 2020 o volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho foi de 45,19 mil milhões de Patacas, menos 41,5%, em termos anuais. De entre os principais tipos de comércio a retalho, os volumes de negócios de relógios e joalharia (7,27 mil milhões de Patacas), de vestuário para adultos (4,16 mil milhões de Patacas) e de produtos cosméticos e de higiene (1,69 mil milhões de Patacas) em 2020 diminuíram 54,1%, 53,3% e 52,5%, respectivamente, em termos anuais, porém, o volume de negócios de supermercados (5,15 mil milhões de Patacas) cresceu 4,1%. No ano de 2020 o índice do volume de vendas dos estabelecimentos do comércio a retalho desceu 40,2%, em termos anuais, realçando-se que os índices do volume de vendas de relógios e joalharia (-58,0%), de produtos cosméticos e de higiene (-50,9%), bem como de vestuário para adultos (-48,3%) registaram os maiores decréscimos, contudo, o índice do volume de vendas de supermercados (+3,1%) subiu.

Nos comentários dos responsáveis pelos estabelecimentos do comércio a retalho sobre previsões para o primeiro trimestre de 2021, 55,3% dos retalhistas prevêem a diminuição do volume de vendas, em termos anuais, 37,2% antecipam a estabilização e 7,5% projectam o aumento. Paralelamente, para o primeiro trimestre de 2021, 66,2% dos retalhistas antevêem a estabilização dos preços de vendas, em termos anuais, 26,8% a diminuição e 7,0% o aumento. Além disso, para o primeiro trimestre de 2021, a previsão de cerca de 49,6% dos retalhistas é de que a situação de exploração dos estabelecimentos seja insatisfatória, comparativamente com o quarto trimestre de 2020, e os retalhistas que pressupõem uma situação de exploração estável (42,4%), bem como uma situação de exploração satisfatória (8,0%) representaram em conjunto 50,4%.