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IPM organizou uma palestra para promover a cooperação académica entre a China e os Países de Língua Portuguesa

IPM organizou a “Palestra sobre a Área da Grande Baía e a cooperação académica entre a China e os Países de Língua Portuguesa”

Para analisar, estudar e impulsionar as novas oportunidades oriundas do desenvolvimento na Área da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong e Macau, por ocasião do 2.º aniversário da promulgação das «Linhas Gerais para o Planeamento e Desenvolvimento da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong e Macau», o Instituto Politécnico de Macau (IPM), através do Centro Internacional Português de Formação (CIPF), realizou, no dia 25 de Fevereiro, uma palestra sobre a Área da Grande Baía e a cooperação académica entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Foi orador o Prof. Doutor Joaquim Ramos de Carvalho, sendo o presente Coordenador do CIPF e o antigo Vice-Reitor da Universidade de Coimbra. Esta palestra atraiu uma grande participação dos estudantes e docentes das instituições do ensino superior de Macau, bem como académicos e personalidades da sociedade, formando uma cena muito dinâmica.

Na palestra, o Prof. Doutor Joaquim Ramos de Carvalho recordou o contexto do documento «Linhas Gerais para o Planeamento e Desenvolvimento da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong e Macau», de 2018, e assinalou as múltiplas referências que contém aos Países de Língua Portuguesa, salientando que constituem a mais significativa referência geográfica exterior à Grande Baía no documento. Essas referências atribuem a Macau, que é uma plataforma sino-lusófona, uma missão muito importante no relacionamento externo da região. O Plano de Desenvolvimento da Grande Baía inclui profundas apostas na inovação, na transferência de conhecimento avançado para o tecido produtivo, na criação de infraestruturas de incubação de negócios e na atracção de talentos internacionais. Irá por isso atrair cada vez mais a atenção de instituições académicas em todo o mundo. As instituições dos Países de Língua Portuguesa, têm, segundo o orador, caminhos bem definidos e facilidades acrescidas, decorrentes do detalhe com o que o Plano enumera as áreas em que Macau deverá inovar e acrescentar conhecimento avançado ao seu papel de plataforma Sino-Lusófona. As relações entre os Países de Língua Portuguesa e a área da Grande Baía vão assim ter um crescente impacto global, pela sua inserção numa das áreas geográficas mais dinâmicas do mundo dos próximos anos.

O palestrante recordou que há vários exemplos históricos da cooperação académica se intensificar em paralelo com importantes processos de integração regional. Assim aconteceu com o processo de integração europeia e com a criação da zona Mercosul, que deram origem novas formas de cooperação académica e a processos de integração e harmonização a nível de ensino, investigação e inovação, com especial foco nas oportunidades concedidas a jovens. Para o Coordenador do CIPF um processo semelhante tenderá a ocorrer na Grande Baía, porque naturalmente as instituições académicas vão focar a sua atenção numa região que vai reforçar grandemente o seu estatuto de centro de inovação de importância mundial. O orador recordou que a intensificação do papel da cooperação académica e das trocas culturais no futuro do desenvolvimento do papel de Macau como Plataforma Sino-Lusófona foi também referido nas recomendações do recente relatório da Academia Chinesa de Ciências Sociais sobre o Fórum Macau, publicado em 2020.

O Instituto Politécnico de Macau vai desenrolar certas iniciativas dirigidas a contribuir de forma activa e consequente para o desenvolvimento da cooperação académica entre a China e os Países de Língua Portuguesa dentro do quadro de desenvolvimento da Grande Baía.

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