O Grupo de Trabalho de Avaliação de Eventos Adversos após a Inoculação da Vacinas contra a COVID-19 dos Serviços de Saúde (adiante designado por Grupo de trabalho) realizou hoje (11 de Março) a reunião, a fim de discutir e analisar o evento adverso grave após a inoculação da vacina contra COVID-19 ocorrido ontem. De acordo com o resultado obtido após discussão e análise, o paciente deste caso não apresentou de imediato qualquer sintoma de indisposição após a inoculação, tinha histórico familiar clínico de hiperlipidemia, fumador e doenças cardíacas coronárias. Através da angiografia coronária, podemos observar que as artérias coronárias do paciente manifestam alteração de patologia crónica, que tende a ser de longa duração. Em simultâneo, o paciente após a prática de exercício físico manifesta dor no peito do lado esquerdo. Do ponto de vista clínico, podemos identificar que o paciente tem vários factores de risco que causam a síndrome coronariana aguda. De acordo com a classificação do caso após a inoculação da Organização Mundial de Saúde (OMS), embora tenha decorrido um lapso de tempo após a administração da vacina, a doença manifestada pelo vacinado, quer a nível colectivo, quer a nível biológico, não tem nexo de causalidade com a inoculação da vacina. E a doença desta pessoa pode ser explicada por outros factores de risco. Em síntese, o Grupo de Trabalho concluiu que o evento adverso do paciente não está relacionado com a vacinação e trata-se de um incidente ocasional.
Todos os casos de doença ou morte após a vacinação são definidos pela OMS como “eventos adversos após a vacinação”. A ocorrência de eventos adversos após a vacinação, contudo, não significa que o evento tenha sido causado pela vacina. “Eventos adversos após a vacinação” podem ser divididos em reacções vacinais, ou seja, reacções causadas por vacinas (como inchaço, calor e dor após a vacinação, reacções alérgicas, etc.) e reacções relacionadas com a imunização de forma errada, ou seja, causados por erros no processo de produção ou no processo de injecção, reacções relacionadas à ansiedade da imunização (não relacionadas à própria vacina) e eventos ocasionais, ou seja, doenças que acontecem após a vacinação mas que podem ocorrer mesmo que a vacinação não seja realizada. A causa dos eventos adversos após a vacinação deve ser analisada e confirmada por especialistas.Os Serviços de Saúde vão continuar a monitorizar de perto os casos adversos após a inoculação da vacina contra COVID-19, e em relação aos incidentes adversos caberá ao Grupo de trabalho proceder à análise individual dos casos e avaliar o seu nexo de causalidade, com vista a esclarecer as preocupações do público e reforçar a sua confiança na vacinação.