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351 dias consecutivos sem casos de COVID-19 em Macau |  29.833 vacinas administradas contra COVID-19

Conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus

O Coordenador do Plano de Vacinação contra a COVID-19, Dr. Tai Wa Hou, fez nota na conferência de imprensa do Centro de Coordenação que até ao dia 15 de Março de 2021, nunca houve uma transmissão comunitária da COVID-19 em Macau e por 351 dias consecutivos não são registados casos locais de transmissão da COVID-19 (incluindo os casos de infecção assintomática). Já passaram 37 dias sem detecção de novos casos. Macau diagnosticou, até à data, quarenta e oito (48) casos, dos quais, quarenta e seis (46) são casos importados e dois (2) são relacionados com casos importados. Quarenta e sete (47) pessoas tiveram alta. Não há registo de qualquer infecção entre os profissionais de saúde nem casos mortais.

Neste momento, um (1) caso diagnosticado está sujeito a observação médica no Centro Clínico de Saúde Pública em Coloane, mas não apresenta febre ou sintomas.

Entre 8 e 14 de Março de 2021 (nos últimos 7 dias) foram testadas em Macau 95.436 pessoas.

Até às 16h00 de 15 de Março, 65.609 pessoas agendaram a vacinação, 56.272 dos quais são os residentes de Macau, 9.337 são trabalhadores não residentes. Cumulativamente, já foram administradas 29.833 vacinas, 28.551 referentes à primeira dose e 1.282 da segunda dose.

Nas últimas 24 horas, foi registada uma (1) notificação de eventos adversos (1 evento adverso menor, zero situações graves). Desde o início da vacinação até ao presente momento, houve 63 notificações de eventos adversos (62 eventos adversos menores; um evento adverso grave).

Apesar de Macau ser considerado um local de baixo risco e a vontade das pessoas se vacinarem não ser muito elevada, o actual ritmo de vacinação é satisfatórioe nos últimos dias, além da marcação individual de vacinação foipromovido o agendamento a grupos e a associações. Está a ser avaliada a possibilidade de serem enviados profissionais de saúde para procederem à vacinação de grupos em instituições.

O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus apela a todos os residentes para administrar a vacina de modo a se protegerem, proteger os membros da sua família até criar uma barreira imunológica para proteger a sociedade de Macau.

Sobre o plano de vacinação e as questões associadas à vacina AstraSeneca, o Dr. Tai Wa Hou divulgou que existe um plano para a introdução destas vacinas – vacinas de um vírus vector (adenovírus) não replicante, e a sua chegada em Macau está prevista para o terceiro trimestre. O Coordenador do Plano de Vacinação contra a COVID-19 explicou, que na Europa, cerca de 5 milhões de pessoas na Europa já foram vacinadas com AstraZeneca e apenas 30 pessoas forma diagnosticados com sintomas tromboembólicos. A Agência Europeia de medicamentos também fez uma avaliação do assunto e indicou que não há indícios que haja uma relação clara entre a vacina e a situação. Em conclusão, os benefícios da vacinação com AstraZeneca ainda superam os riscos, e os ensaios clínicos generalizados também acreditam que a vacina é segura e não há evidências de que causará trombose.

Os Serviços de Saúde estão a acompanhar de modo muito minucioso os dados científicos e, por enquanto, não vão alterar o plano de introdução das vacinas de AstraZeneca.

No que diz respeito ao agendamento de administração da segunda dose da vacina, os Serviços de Saúde Têm programado o envio de uma SMS a relembrar os residentes que devem marcar a segunda dose após a conclusão do período da primeira dose, mesmo que não tenha sido efectuada a respectiva marcação, o sistema ainda enviará de novo a SMS.

Os indivíduos que completaram as duas doses de vacina vão receber um cartão de vacinação em língua chinesa, portuguesa e inglesa, registando, de forma pormenorizada, as datas de vacinação, o tipo das vacinas, entre outras situações de vacinação. O Código de Saúde de Macau também revela a conclusão da administração das duas doses de vacinas.

Sobre os eventos adversos que ocorrem após a vacinação, o Dr. Tai Wa Hou indicou que o Grupo de Trabalho de Avaliação de Evento Adverso após a Inoculação da Vacinas contra a COVID-19 tem um conjunto de critérios e procedimentos para a avaliação de eventos adversos graves. Há alguns nexos de causalidade dos eventos adversos óbvios, por exemplo, vermelhidão no local da inoculação, etc.. Algumas razões são relacionadas com o transporte e armazenamento de vacinas, etc., estes podem ser conhecidos através de investigação, mas algumas reações psicológicas, tais como, insónia, ansiedade talvez não tenham a relação com as vacinas.

Os eventos ocasionais encontram-se com mais disputas. Estes eventos podem ocorrer mesmo que não haja vacinação e é necessária a incidência de ensaios clínicos em larga escala para ter a determinação, mas nesta situação também é difícil avaliar os eventos adversos raros, portanto, o uso de vacinas no mercado, irá criar um sistema de vigilância para a observação de vacinação possuiu, ou não, efeitos secundários. Nestas situações a Organização Mundial de Saúde também tem um conjunto de procedimentos e critérios rigorosos, incluindo a uniformidade, intensidade relativa, especificidade, correlação de tempo de evento, características e fundamentos biológicas, etc.. O Grupo de Trabalho de Avaliação desenvolve a avaliação de acordo com estes métodos e procedimentos.

Relativamente ao evento adverso grave ocorrido na semana passada, no nível clínico, o Grupo de Trabalho de Avaliação determinou que houve Síndrome Coronária Aguda (SCA), e após da consulta no processo clínico do paciente, foram identificados vários factores de risco. Embora o evento ocorra após a vacinação e seja relatado no tempo, as doenças sofridas pelo individuo vacinado podem ser explicadas por outros factores de risco, por isso, através de análise sintéticos deste caso, o Grupo de Trabalho de Avaliação entendeu que este evento adverso não tem a relação com a vacinação de paciente, é um evento ocasional.

Dr.ª Leong Iek Hou, Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, relatou, ainda, que entre 8 e 14 de Março de 2021 (7 dias), foram submetidos a observação médica 785 indivíduos, dos quais,116 residentes de Macau e 669 não residentes de Macau. No total, até ao dia 14 de Março de 2021, foram enviados para a observação médica 30.429 indivíduos. Há, ainda, 2.274 indivíduos em observação médica, dos quais, 4 indivíduos alojado em instalações dos Serviços de Saúde e 2.270 indivíduos em hotéis designados.

A Dra. Leong anunciou, ainda , a publicação do despacho do Chefe do Executivo n.º 43/2021, que permite a entrada na Região Administrativa Especial de Macau de não residentes que não tenham a qualidade de residente do Interior da China, da Região Administrativa Especial de Hong Kong e da região de Taiwan, desde que reúnam, cumulativamente, as respectivas condições, a partir das 00H00 do dia 16 de Março de 2021. (Para mais informações, pode-se consultar o website https://bo.io.gov.mo/bo/i/2021/11/despce_cn.asp#43)

Sobre as vacinas da COVID-19, a Dr.ª Leong Iek Hou referiu que, o Governo da RAEM tem planeada a aquisição de 400.000 doses de Vacinas AstraZeneca, mas não é adequada a divulgação dos preços das vacinas devido a sigilo. A médica salientou que, o evento adverso acontecido após a vacinação não é igual aos efeitos secundários. O Governo da RAEM irá dar atenção de perto às opiniões e julgamento dos peritos da União Européia, do Food and Drug Administration ou da Organização Mundial da Saúde, para verificar se existe relação entre o evento adverso acontecido após a vacinação e as vacinas, e irá decidir as subsequentes estratégias de vacinas de acordo com as opiniões dos peritos.

Sobre a eficácia e duração da imunidade das vacinas, a Dr.ª Leong Iek Hou apontou que, devido ao curto tempo entre o desenvolvimento da vacina e o seu uso, até o momento, a observação é de cerca de 6 a 8 meses, mas não se significa que a eficácia seja só de 6 a 8 meses, ainda é necessário continuar a observar, e acredita-se que esses dados serão ajustados à medida que o tempo de observação for maior e haja mais dados. A médica ainda referiu devido à dimensão da população de Macau, os dados só podem ser tomados em referência, não podendo ser usados como indicadores. A observação de dados necessita de ter um bastante grande base para revelar as diferenças e devem ser estatisticamente significativos.

Actualmente, a produção de vacinas global está a encontrar nos testes clínicos da 3.ª fase, e continua-se a rastrear à duração de eficácia de vacinas de pessoas que participam nos testes, o Governo da RAEM irá manter a estreita comunicação com os laboratórios e continuará a supervisionar os dados tais como o nível de anticorpo das pessoas que participam nos testes e a eficácia de vacinas , etc.

A Chefe da divisão da Direcção dos Serviços de Turismo, Dra. Lau Fong Chi reportou o número de pessoas em observação médica em hotéis designados.

O Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do CPSP, Dr. Ma Chio Hong, relatou a actual situação da cidade e a situação de entradas e saídas de Macau.

Estiveram presentes na conferência de imprensa: o Coordenador da Vacinação, Dr. Tai Wa Hou, o Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Ma Chio Hong, a Chefe da Divisão de Relações Públicas da DST, Dra. Lau Fong Chi, a Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou.

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