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Resultados do inquérito às necessidades de mão-de-obra e às remunerações referentes ao 4º trimestre de 2020


A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) disponibiliza os resultados do Inquérito às Necessidades de Mão-de-Obra e às Remunerações referentes ao quarto trimestre de 2020, efectuado junto dos estabelecimentos do “comércio por grosso e a retalho”, dos “transportes, armazenagem e comunicações”, das “actividades de segurança” e das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos”. Excluíram-se do objecto estatístico deste inquérito os trabalhadores por conta própria.

No fim do quarto trimestre de 2020 encontravam-se ao serviço 63.737 trabalhadores no “comércio por grosso e a retalho”, menos 2,6%, face ao fim do trimestre homólogo de 2019, realçando-se que 39.554 trabalhavam no “comércio a retalho”, menos 5,7%. Em Dezembro de 2020 a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) dos trabalhadores a tempo completo do “comércio por grosso e a retalho” cifrou-se em 13.450 Patacas, correspondendo a um aumento de 9,4% em comparação com Junho de 2020 e a um decréscimo de 6,5%, em termos anuais.

Os “transportes, armazenagem e comunicações” tinham ao seu serviço 13.786 trabalhadores, ou seja, registou-se um decréscimo ligeiro de 0,4%, em termos anuais. Em Dezembro de 2020 a remuneração média dos trabalhadores a tempo completo fixou-se em 21.830 Patacas, tendo descido 6,3%, em termos anuais.

Nas “actividades de segurança” existiam 13.520 trabalhadores ao serviço, tendo-se registado uma subida ligeira de 0,6%, em termos anuais. A remuneração média dos trabalhadores a tempo completo em Dezembro de 2020 foi de 13.290 Patacas, menos 2,9%, em termos anuais.

As “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” empregavam 940 trabalhadores, ou seja, mais 2,6%, em termos anuais. Os trabalhadores a tempo completo tiveram uma remuneração média de 18.690 Patacas em Dezembro de 2020, equivalendo a uma descida de 5,3%, em termos anuais.

Havia 2.256 postos vagos no “comércio por grosso e a retalho” e 1.054 nas “actividades de segurança”, tendo caído 1.095 e 371, respectivamente, em termos anuais.

Em relação aos requisitos de recrutamento, apenas o nível académico inferior ou equivalente ao ensino secundário geral era exigido na maioria das vagas das “actividades de segurança” (95,5%) e do “comércio por grosso e a retalho” (48,0%). O ensino superior era requerido em 24,6% das vagas dos “transportes, armazenagem e comunicações”. Quanto aos conhecimentos linguísticos, o domínio do mandarim e o do inglês eram exigidos em 81,0% e 50,7% das vagas do “comércio a retalho”, respectivamente. Os domínios destes idiomas eram exigidos em 57,3% e 45,4% dos postos vagos das “actividades de segurança”, respectivamente.

No “comércio a retalho” a taxa de recrutamento de empregados (4,5%) e a taxa de vagas (4,9%) caíram 1,0 e 0,8 pontos percentuais, respectivamente, em relação ao quarto trimestre de 2019, reflectindo um declínio da procura de mão-de-obra neste ramo de actividade económica. Nos “transportes, armazenagem e comunicações” a taxa de rotatividade (5,8%) cresceu 1,7 pontos percentuais, em termos anuais, enquanto a taxa de recrutamento de empregados (3,9%) e a taxa de vagas (3,9%) desceram 2,0 e 1,9 pontos percentuais, respectivamente, indicando uma contracção da procura de mão-de-obra neste ramo de actividade económica.

Quanto à formação profissional, nos ramos de actividade económica inquiridos no trimestre em análise, 42.880 participantes frequentaram 1.161 cursos de formação fornecidos pelos estabelecimentos (isto é, cursos organizados pelos estabelecimentos ou realizados em conjunto com outras instituições, ou subsidiados pelos estabelecimentos). Destaca-se que 54,2% dos estabelecimentos das “actividades de segurança” e 25,0% dos estabelecimentos das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” forneceram formação profissional aos seus trabalhadores. O número de formandos das “actividades de segurança” foi o mais elevado, isto é, 25.902, os quais assistiram a 159 cursos de formação profissional. Analisando por tipo de curso, observou-se que no ramo das “actividades de segurança” os cursos de “comércio e gestão” tiveram o maior número de formandos (67,9%), seguindo-se os formandos dos cursos de “serviços” (24,9%). No que concerne ao pagamento dos cursos, os encargos de mais de 80% dos formandos dos ramos de actividade económica inquiridos foram pagos pelos estabelecimentos.