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374 dias consecutivos sem casos de COVID-19 em Macau | A 9 de Abril será aberta a vacinação para os restantes grupos da terceira fase

Conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus

O Dr. Tai Wa Hou, fez nota na conferência de imprensa do Centro de Coordenação que até ao dia 7 de Abril de 2021, nunca houve uma transmissão comunitária da COVID-19 em Macau e por 374 dias consecutivos não são registados casos locais de transmissão da COVID-19 (incluindo os casos de infecção assintomática). Já passaram 60 dias sem detecção de novos casos.

Macau diagnosticou, até à data, quarenta e oito (48) casos, dos quais, quarenta e seis (46) são casos importados e dois (2) são relacionados com casos importados. Quarenta e oito (48) pessoas tiveram alta. Não há registo de qualquer infecção entre os profissionais de saúde nem casos mortais.

Neste momento, três (3) casos diagnosticados estão sujeitos a observação médica no Centro Clínico de Saúde Pública em Coloane (dois indivíduos de recaída confirmados no exterior e um indivíduo de isolamento durante o período de convalescença), mas não apresenta febre ou outros sintomas.

Entre 29 de Março e 6 de Abril de 2021 (nos últimos 7 dias) foram testadas em Macau 183.606 pessoas.

Até às 16h00 de 7 de Abril, 108.009 pessoas agendaram a vacinação. Cumulativamente, já foram administradas 58.676 vacinas, entre as quais, 41.117 pessoas administraram a primeira dose da vacina, e 17.559 pessoas completaram a segunda dose da vacina. Entre as pessoas que completaram a segunda dose da vacina, 16.442 pessoas administraram a vacina inactivada de Sinopharm, e 1.117 pessoas administraram a vacina de mRNA.

A taxa geral de faltas à vacinação foi de 8,8%. Há 4,4% das pessoas avaliadas que foram consideradas como inadequadas no momento da vacinação.

Nas últimas 24 horas, foram registados dez (10) eventos adversos (10 evento adverso ligeiros, zero situações graves). Desde o início da vacinação até ao presente momento, houve 232 notificações de eventos adversos (231 eventos adversos menores; um evento adverso grave).

O Dr. Tai Wa Hou anunciou que a partir das 10h00 do dia 9 de Abril serão abertas as inscrições para vacinação dos restantes grupos da 3ªa fase, nomeadamente estudantes do ensino superior que estudam em Macau e outros não residentes legalmente autorizados a permanecer em Macau (ou seja, aqueles que permaneceram em Macau mais de metade do tempo nos últimos 6 meses). Os estudantes do ensino superior que estudam em Macau são vacinados gratuitamente, os demais indivíduos - não residentes legalmente autorizados a permanecer em Macau – devem pagar 250 patacas por vacina.

Estas pessoas podem marcar a administração da vacina inactivada Sinopharm já para o dia 10 de abril, e a vacina de mRNA no dia 12.

Os Serviços de Saúde dispõem de 12 postos de vacinação com um total de 5.000 vagas diárias para vacinação. Actualmente, há cerca de 1000 pessoas a serem diariamente vacinadas. O número de vagas para a vacinação é suficiente para as necessidades actuais.

O coordenador do Plano de vacinação explicou ainda que as autoridades estão, ainda, a analisar, as questões relativas à emissão de certificado de vacinação de vacinas de COVID-19 administradas fora de Macau. Devido à existência de diferentes tipos de vacina e locais é necessário analisar com cautela a metodologia para emitir o certificado para que este reflita a situação real de vacinação.

No que diz respeito ao passaporte de vacinação, o Dr. Tai Wa Hou explicou que a implementação do passaporte de vacinação envolve políticas de entrada e saída, e não pode ser implementada de forma unilateral. Aliás a taxa de vacinação de COVID-19 pode afectar a implementação do passaporte de vacinação. A situação epidémica em Macau é estável, a actual taxa de vacinação ronda os 6% porque os residentes podem não ter urgência para administrar a vacina contra a COVID-19, mas estes números estão de acordo com as expectativas.

Os Serviços de Saúde estão a ponderar como aumentar a taxa de vacinação, incluindo a comunicação com associações e a abertura de vagas para marcação colectiva, ​para que as associações e organizações façam mais marcações. Ao mesmo tempo, está a abordar em aumentar os postos de vacinação, como o Hospital Kiang Wu. No que diz respeito à implementação do serviço de envio de profissionais de saúde para procederem à vacinação, isto envolve prós e contras e a decisão requer uma avaliação detalhada dos riscos.

Sobre as passagens de fronteira sem realização de teste de ácido nucleico para quem esteja vacinado o Dr. Tai Wa Hou afirmou que, neste momento, só existem condições para abordar ests situação com o Interior da China, podendo apenas ser efectuadas observações dinâmicas da evolução epidémica em diversos locais, com vista a discutir questões relevantes no tempo oportuno. Os Serviços de Saúde já realizaram preparativos preliminares sobre as diligências relativas. Por exemplo, o cartão de registo de vacinação para a vacina contra a COVID-19 já inclui informações detalhadas relacionadas com a vacinação. Além disso, quer a vacinação, quer o teste de ácido nucleico, são diferentes medidas de prevenção epidémica. Com a vacinação, poderá baixar-se, o nível máximo, de incidência de doenças graves e mortalidade, mas não pode com total certeza garantir de que o individuo não possa ser infectado pelo vírus. Ou seja, por enquanto, o teste de ácido nucleico não pode ser completamente substituído pela vacinação.

Sobre eventuais problemas com a inoculação da vacina “AstraZeneca”. O Dr. Tai Wa Hou anunciou que, recentemente, alguns especialistas e indivíduos expressaram que a vacina “AstraZeneca” está relacionada tromboses. Os Serviços de Saúde estão a acompanhar, de perto, os estudos mais actualizados e os anúncios das diversas entidades, um pouco por todo o mundo. Até ao momento, Macau não vai alterar os planos previstos para a chegada da vacina “AstraZeneca”.

Sobre a possibilidade de vacinação de pessoas com mais de 60 anos com a vacina inactivada da Sinopharm, o Dr. Tai Wa Hou salientou que, os Serviços de Saúde nunca proibiram as pessoas com mais de 60 de serem vacinados com a vacina inactivada da Sinopharm. Quem pretenda administrar a vacina inactivada deve ser previamente aprovado numa avaliação de saúde.

A Dr.ª Leong Iek Hou, Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, relatou, ainda, que entre29 de Março e 6 de Abril de 2021 (9 dias), foram submetidos a observação médica 724 indivíduos, dos quais,132 residentes de Macau e 592 não residentes de Macau. No total, até ao dia 6 de Abril de 2021, foram enviados para a observação médica 32.457 indivíduos. Há, ainda, 1.174 indivíduos em observação médica, dos quais, 5 indivíduos alojados em instalações dos Serviços de Saúde e 1.169 indivíduos em hotéis designados.

Em relação aos problemas detectados na embalagem da vacina de mRNA, a Dr.ª Leong Iek Hou explicou que o relatório de investigação provisório apresentada pela BioNtech, revela que a segurança e a eficácia da vacina não foi afectada pelos defeitos de embalagem. No entanto, de acordo com o princípio da prudência, toda a investigação deve ser efectuada e concluída pela farmacêutica. Até que isso aconteça o lote de vacinas será temporariamente selado até que a farmacêutica decida se este pode ou não ser usado.

A vacina de mRNA que voltou a ser disponibilizada em Macau é proveniente de um outro laboratório na Alemanha, tendo sido testada, antes de ser enviada para Macau, para comprovar que não há defeitos semelhantes. Após a chegada, a vacina também foi verificada e foi encontrado nenhum tipo de problema. Contudo, antes da vacinação, os trabalhadores farão uma Inspecção detalhada sobre a aparência e embalagem de cada vacina, se forem encontradas quaisquer condições incomuns, a vacina não será utilizada.

Sobre a questão de marcação de vacinação para os não-residentes de Macau, a Dr.ª Leong Iek Hou manifestou que, os Serviços de Saúde serão ajustar o sistema de marcação da Vacina contra a COVID-19, a marcação só poderá ser efectuada após verificação, em função dos dados exigidos, tendo em conta com identidade dos requerentes.

Os não-residentes de Macau, aos quais foi legalmente concedida a permanência em Macau, incluem: familiares dos trabalhadores não-residentes de Macau, funcionários consulares e indivíduos retidos em Macau na sequência de ser cancelados o seu título de identificação de trabalhador não-residente (cartão azul). Estes, no momento da vacinação, devem ter um certificado de permanência em Macau, emitido pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública. Os profissionais de saúde julgarão se estes cumprem ou não os requisitos de residência permanente em Macau, conforme os dados. Posteriormente, serão anunciadas as orientações pormenorizadas para enunciar claramente os certificados necessários exibidos pelos diferentes tipos de indivíduos, para efeitos de vacinação.

A Chefe da divisão da Direcção dos Serviços de Turismo, Dra. Lau Fong Chi reportou o número de pessoas em observação médica em hotéis designados.

O chefe da Divisão de Ligação entre Polícia e Comunidade e Relações Públicas, Dr. Lei Tak Fai, relatou a actual situação da cidade e a situação de entradas e saídas de Macau, ambos responderam as perguntadas levantadas pelos jornalistas.

Estiveram presentes na conferência de imprensa: o Coordenador da Vacinação, Dr. Tai Wa Hou, Chefe da Divisão de Ligação entre Polícia e Comunidade e Relações Públicas, Lei Tak Fai, a Chefe da Divisão de Relações Públicas da DST, Dra. Lau Fong Chi, a Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou.

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