Em Fevereiro de 2021 o desempenho dos negócios dos ramos de actividade económica da restauração e do comércio a retalho voltou a crescer, devido aos efeitos do Ano Novo Lunar e à base de comparação relativamente baixa do mês de Fevereiro de 2020. Quanto ao ramo da restauração, no mês em análise o volume de negócios de 93% dos proprietários entrevistados aumentou ou estabilizou em termos anuais, esta proporção cresceu significativamente 68 pontos percentuais, em relação à de Janeiro. Destaca-se que as proporções dos proprietários dos restaurantes japoneses e coreanos, bem como dos proprietários dos restaurantes chineses, que manifestaram aumentos homólogos ou estabilizações homólogas no volume de negócios, atingiram 100% e 98%, respectivamente. Em relação ao comércio a retalho, a proporção dos retalhistas entrevistados que declararam acréscimos homólogos ou estabilizações homólogas no volume de negócios foi de 88%, mais 56 pontos percentuais, face à do mês precedente. Salienta-se que todos os retalhistas entrevistados: de produtos cosméticos e de higiene; de relógios e joalharia, assim como de artigos de couro manifestaram aumentos homólogos ou estabilizações homólogas no volume de negócios. Quanto ao índice de desempenho de negócios, que reflecte a tendência da variação homóloga do volume de negócios, observou-se que o índice do ramo de actividade económica da restauração (90,0) e o índice do ramo do comércio a retalho (85,4) foram superiores a 50, tal significa que o desempenho dos negócios de ambos os ramos no mês em análise foi melhor do que o de Fevereiro do ano anterior, informam os Serviços de Estatística e Censos.
Em relação às expectativas sobre o volume de negócios para o mês de Março do corrente ano, cerca de 56% dos proprietários entrevistados da restauração previram que o volume de negócios aumentasse ou estabilizasse em termos mensais, tendo esta proporção descido 12 pontos percentuais, face à prevista para Fevereiro. Refira-se que a proporção dos proprietários dos restaurantes chineses (30%), que projectaram crescimentos mensais ou estabilizações mensais no volume de negócios, diminuiu 53 pontos percentuais, contudo, a proporção dos proprietários dos estabelecimentos de comidas e lojas de sopas de fitas e canjas (76%) aumentou 40 pontos percentuais. Relativamente ao comércio a retalho, a proporção dos retalhistas entrevistados que anteviram acréscimos mensais ou estabilizações mensais no volume de negócios para Março fixou-se em 82%, mais 21 pontos percentuais, face à prevista para Fevereiro, realçando-se que a dos vendedores de automóveis (73%) e a dos retalhistas de relógios e joalharia (91%) subiram 33 e 28 pontos percentuais, respectivamente. Quanto ao índice de perspectivas de negócios, que reflecte a previsão dos proprietários e retalhistas entrevistados sobre a tendência da variação mensal do volume de negócios, verificou-se que o índice do ramo de actividade económica da restauração (42,0) foi inferior a 50, isto é, os proprietários entrevistados previram que o comportamento do mercado para Março seria mais fraco do que o do mês de Fevereiro e que o índice do ramo do comércio a retalho (57,9) foi superior a 50, tal significa que os retalhistas entrevistados anteviram que o desempenho dos negócios para Março seria melhor do que o do mês em análise.
Os destinatários entrevistados do “Inquérito de Conjuntura à Restauração e ao Comércio a Retalho” foram 229 amostras do ramo de actividade económica da restauração e 159 do ramo do comércio a retalho, correspondentes a cerca de 53,5% e 70,6% das respectivas receitas dos ramos em 2019. O valor do “índice de desempenho de negócios” e do “índice de perspectivas de negócios” varia entre 0 e 100. Se o valor do índice for superior a 50, significa que o desempenho dos negócios do ramo de actividade económica no mês em análise ou que a expectativa dos negócios do ramo para o mês seguinte, melhorou ou iria melhorar, face ao respectivo mês de comparação. Se o valor do índice for inferior a 50, o desempenho ou a expectativa dos negócios enfraqueceu ou iria enfraquecer. Os resultados do inquérito reflectem apenas a estimativa sobre a situação da conjuntura dos proprietários e retalhistas entrevistados, já que não foi realizada uma inferência global.