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Diagnosticado evento adverso após inoculação de vacina contra COVID-19


O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus foi notificado, domingo, 9 de Maio, para o diagnóstico de um evento adverso num homem de 62 anos, que administrou duas doses da vacina inactivada contra a COVID-19 num Posto de Vacinação filiado dos Serviços de Saúde no dia 23 de Fevereiro e 25 de Março.

No dia 21 de Abril, este homem apresentou hemorragia da mucosa oral e pontos de sangramento sistémico. Deslocou-se ao interior da China para tratamento médico. No dia 30 de Abril, regressou a Macau e recorreu ao Serviço de Emergência do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ). Após exames, verificou-se existir uma redução de trombócito tendo sido diagnosticado preliminarmente com púrpura trombocitopénica idiopática.

Este homem está em estável, com sintomas ligeiros e não apresenta indícios de trombose.

A púrpura trombocitopênica idiopática é uma doença sanguínea comum, a maioria das vezes ocorre por causas desconhecidas. Actualmente, não há evidências de que a doença esteja relacionada com a vacina contra a COVID-19.

Após a compreensão do historial de inoculação, o hospital classificou esta situação como evento adverso ligeiro após vacinação. Para aprofundar a relação entre os sintomas do doente e a vacinação, o caso foi remetido ao Grupo de Trabalho de Avaliação de Eventos Adversos após a Inoculação da Vacinas contra a COVID-19.

De acordo com a definição da Organização Mundial de Saúde, entende-se que evento adverso após vacinação são todos os eventos que após a vacinação provoquem uma influência negativa à saúde, esses eventos têm a ver com o tempo (ocorrência após a vacinação), mas não há necessariamente uma conexão causal.

Os eventos adversos após a vacinação são causados ​​pela vacina (como vermelhidão, calor e dor após a vacinação, reações alérgicas, etc.), pelos factores psicológicos, como ansiedade (não relacionados com a natureza da própria vacina) e eventos de coincidência (outras doenças ocorreram logo após a vacinação, mesmo que a vacina não seja administrada), erros nos procedimentos de produção ou uso da vacina, como erros na produção, transporte, armazenamento ou processo de inoculação da vacina (não relacionados com a natureza da própria vacina), incerteza ou casos que requerem análise de especialistas para encontrar a causa.

O Centro de Coordenação de Contingência reiterou que, a ocorrência de eventos adversos após a vacinação não equivale aos efeitos secundários da vacina. As duas situações são diferentes. Até que os especialistas consigam determinar a relação causal entre o evento e a vacina, não é possível julgar precipitadamente que o evento foi causado pela vacina. Desde que as vacinas foram introduzidas em Macau que há um permanente sistema de monitorização.

Nestas situações a Organização Mundial de Saúde também tem um conjunto de procedimentos e critérios rigorosos, incluindo a uniformidade, intensidade relativa, especificidade, correlação de tempo de evento, racionalidades biológicas, etc..

Com o avanço da vacinação contra a COVID-19, os Serviços de Saúde criaram o Grupo de Trabalho de Avaliação de Evento Adverso após a Inoculação da Vacinas contra a COVID-19, composto por representantes provenientes de várias áreas profissionais médicas. Caso ocorram eventos adversos graves da pessoa vacinada, este grupo irá analisar e avaliar o seu nexo de causalidade, de modo a reforçar o trabalho de monitorização e acompanhamento da vacinação contra a COVID-19 em Macau.



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