O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus foi notificado de um caso adverso após a inoculação de uma vacina contra a COVID-19 registado numa mulher de 33 anos.
Após a inoculação da 2.ª dose de vacinas contra a COVID-19 num centro de saúde, no passado dia 13 de Maio, esta doente manifestou a 14 de Maio entre outros sintomas, tonturas, vómitos, dificuldade em fechar a pálpebra direita, assimetria dos músculos faciais esquerdo e direito e perda da sensibilidade labial.
Depois de recorrer ao Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário a 15 de Maio, a doente foi diagnosticada com Paralisia de Bell, conhecido como “Paralisia do nervo facial”.
Após tratamento sintomático, a doente deixou o hospital e não precisa ser hospitalizada. Actualmente, os sintomas da doente diminuíram.
Este evento adverso ligeiro já foi entregue ao Grupo de Trabalho de Avaliação de Eventos Adversos após a Inoculação da Vacinas contra a COVID-19 para análise.
Paralisia de Bell é a inabilidade repentina ou paralisia dos músculos em um lado da face devido à disfunção do 7º nervo craniano (nervo facial). A causa desta doença é desconhecida. A maioria de doentes começa a recuperar o nervo facial dentro de 2 semanas a partir de início de sintomas e recupera a normalidade entre três e seis meses. O tratamento do esteroide pode melhorar o prognóstico da doença. A Paralisia de Bell é uma doença comum, de acordo com as estatísticas, nos últimos cincos anos, nos três hospitais (Centro Hospitalar Conde de São Januário, Hospital Kiang Wu, Hospital da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau), a proporção anual da incidência de doentes da Paralisia de Bell e a população é de 55 a 61 em 100.000, em média a proporção mensal é de 4.5 a 5.1 em 100.000.
De acordo com a definição da Organização Mundial de Saúde, entende-se que evento adverso após vacinação são todos os eventos que após a vacinação provoquem infecção negativa à saúde, esses eventos têm a ver com o tempo (ocorrência após a vacinação), mas não há necessariamente uma conexão causal.
O Centro de Coordenação de Contingência reitera que, a ocorrência de eventos adversos após a vacinação não equivale aos efeitos secundários da vacina. As duas situações são diferentes. Até que os especialistas consigam determinar a relação causal entre o evento e a vacina, não é possível julgar precipitadamente que o evento foi causado pela vacina. Por outro lado, na introdução da vacina no mercado, será criado um sistema de monitorização para efeitos de observação.
Nestas situações a Organização Mundial de Saúde também tem um conjunto de procedimentos e critérios rigorosos, incluindo a uniformidade, intensidade relativa, especificidade, correlação de tempo de evento, racionalidades biológicas, etc..
Com o avanço da vacinação contra a COVID-19, os Serviços de Saúde criaram o Grupo de Trabalho de Avaliação de Evento Adverso após a Inoculação da Vacinas contra a COVID-19, composto pelos representantes provenientes de várias áreas profissionais médicas. Ao decorrer eventos adversos graves da pessoa vacinada, este grupo irá analisar e avaliar o seu nexo de causalidade, de modo a reforçar o trabalho de monitorização e acompanhamento na vacinação da vacina contra a COVID-19 em Macau.