O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, afirmou, hoje (24 de Maio), que a cibersegurança tem uma relação estreita com a segurança nacional, sendo um dos factores importantes para a manutenção da estabilidade social. O Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) pretende, através da elaboração da Lei da cibersegurança e da criação do Centro de Alerta e Resposta a Incidentes de Cibersegurança, reforçar a capacidade de prevenção e de protecção da cibersegurança, diminuindo o risco de ataques cibernéticos, no sentido de garantir a segurança e interesses de Macau e igualmente do País.
Wong Sio Chak, que participou numa reunião de uma comissão permanente da Assembleia Legislativa, ao ser questionado, à saída, pela comunicação social, revelou que, durante a epidemia, aumentaram os crimes relacionados com a Internet e não excluiu a possibilidade de essa subida estar relacionada com a evolução do modo de vida e do padrão de consumo da população, durante este período, sem que tenha havido uma grande consciencialização e adopção de medidas de segurança suficientes. Acrescentou que este tipo de casos, dada a sua natureza de ausência de contacto e o facto de envolver uma recolha de provas a nível transfronteiriço, são mais difíceis de combater. Assim sendo, as autoridades policiais continuarão a reforçar a sensibilização e educação, apelando ao público para solicitar imediatamente a ajuda da polícia ao se deparar com casos de burla ou extorsão.
Entretanto, Wong Sio Chak indicou que a Internet está intrinsecamente ligada à vida dos cidadãos, e quando há incidentes normalmente estão relacionados com ataques cibernéticos, tendo-se mesmo verificado uma diversificação nas formas de ataque. Para o secretário, a chave da questão é, de facto, a aplicação adequada de medidas de cibersegurança, bem como a sua actualização e reforço oportunos. Relativamente ao facto de o sistema informático dos Serviços de Saúde ter sido atacado por “hackers”, o que afectou o normal funcionamento do sistema do Código de Saúde e de outros, Wong Sio Chak referiu que a Polícia Judiciária, o Centro de Alerta e Resposta a Incidentes de Cibersegurança e os Serviços de Saúde têm mantido a comunicação e cooperação e adoptaram métodos de intercepção, tendo entretanto sido já instaurado um processo de inquérito.
Já em relação aos três agentes policiais suspeitos de violar a lei, mencionados no Relatório de Actividades de 2020 do Comissariado contra a Corrupção de Macau, Wong Sio Chak reiterou que os serviços da tutela da Segurança têm exigências rigorosas no que diz respeito à conduta disciplinar do seu pessoal. Assim, qualquer agente que pratique actos que violem a lei e a disciplina será tratado em estrita conformidade com a lei e apuradas as devidas responsabilidades, sendo que as autoridades terão tolerância zero para com estas situações.
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